Eu estou cansado e com
sono. Meus olhos estão vermelhos. Mas eu estou tão feliz, tão
feliz, tão feliz que não conseguiria dormir, se não compartilhasse
minha alegria com vocês.
Estou chegando agora de
uma sessão pipoca no salão de festas do prédio de uma irmã que
cedeu o espaço para exibição do filme CORAJOSOS – A HONRA COMEÇA
EM CASA. O filme é muito bom e recomendo, mas o que se deve destacar
é o clima de amor que envolve a igreja onde quer que ela esteja. A
amizade, o amor que existe entre os membros lembra muito meus tempos
de faculdade.
Muitas vezes, nossa
motivação para ir à faculdade, após um dia cansativo no trabalho
era exatamente dar risada com os amigos. Só que na igreja é melhor,
pois não tem provas nem média para passar.
No primeiro semestre
deste ano – não me lembro do mês infelizmente – almocei na casa
de outra irmã juntamente com outra família de irmãos da igreja.
Não tem como não sair de um lugar assim renovado espiritualmente.
Estou cansado. Fisicamente. Espiritualmente estou leve feito uma
pena.
A igreja é uma segunda
família: tem o irmão mais levado, que fica jogando pipoca nos
outros; tem o irmão irônico, que fica fazendo piadinhas durante o
filme; tem o irmão sábio, a quem você sempre recorre para tirar
dúvidas bíblicas; e tem os irmãos chatos, que já assistiram ao
filme e ficam falando as cenas. Mas como toda família (deveria ser),
há muito amor e respeito.
Lembrei de alguns bons
amigos que deixei em São Paulo, porque fui um dos primeiros a
chegar. Certa vez fui ao aniversário de um desses amigos e a
aniversariante nem estava pronta ainda. Falaram que a festa – e o
filme – começaria às 18h. Eu não queria perder nada. Até que
não cheguei muito adiantado. Menos de 10 minutos. O diretor do
ministério da família cumprimentou-me e já me envolveu na
conversa. Essa é a diferença dessa igreja para as demais: o amor.
Geralmente, quando você é novo num grupo, a tendência é que você
fique isolado. Na IASD-Aldeota não é assim. Hoje, por exemplo, é
dia dos pais e haverá programação especial em homenagem aos
papais. Como eu não sou pai, não pretendia ir. Mas domingo passado,
uma das irmãs do coral já me disse: “você não é pai, mas pode
vir, viu”. Depois de sentir o que eu senti nessa noite, fica
difícil pensar duas vezes.
A exibição e
discussão do filme hoje era só para pessoas casadas. Eu sou casado.
Minha mulher não está comigo e não pôde ir. De sorte que, depois
de algum tempo, vi-me novamente só num lugar onde havia casais.
Muitas vezes na minha vida, senti-me sozinho num ambiente desses: em
viagens com amigos, em festas de aniversário ou em simples
churrascos para reunir os amigos. Meus amigos e amigas sempre iam
acompanhados por namorados e namoradas e eu não. Mas, desta vez, me
senti extremamente bem e feliz, mesmo sem a companhia da minha
esposa. Certamente porque, em Cristo, somos membros de um mesmo
corpo, de modo que um depende do outro, um complementa o outro e, na
falta de um membro, o corpo se adapta a fim de realizar aquela
atividade específica.
E é por isso que eu
vou à igreja todo domingo, quarta-feira e sábado. Se tivesse culto
todos os dias, eu iria todos os dias. Na verdade, tem. Mas só quando
organizam semanas de oração. Já participei de três, graças a
Deus.
Muitos falam: “vou à
casa de Deus para falar com Ele”. Não é o meu caso. Falo com Ele
na minha casa, no ônibus, no trabalho, enquanto ando na rua... não
preciso ir ao templo encontrá-Lo. Ele me encontra onde quer que eu
esteja. Vou ao templo, porque parece que, quando essas pessoas se
reúnem, a presença do Espírito Santo – que faz morada no corpo
de cada uma delas – gera um enorme poder para o bem. O poder do
Amor.
"Eu li, Rafael, muito lindo o que você escreveu, realmente precisamos cada vez mais estar na presença de Deus e das pessoas que buscam Ele, e claro, levarmos Jesus as pessoas que ainda não experimentaram viver ao lado Dele e certamente no futuro estarão conosco nesse grupo chamado IGREJA DE DEUS!
ResponderExcluirAmém.