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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Guerra na Terra e nas estrelas

Você já parou para pensar que está numa guerra onde o seu inimigo o segue invisivelmente a cada passo? Que usa de toda astúcia e estratégia do engano para derrotá-lo? Que neste conflito está em jogo a salvação diária? Nossa única salvaguarda contra esse inimigo é a compreensão da importância de se entender a plenitude da Palavra de Deus.
Onde começou e qual foi o desfecho desse grande conflito em sua fase inicial? Para onde foi transferido? Como o inimigo voltou a agir nesse novo ambiente? Como foi derrotado e como podemos sair vitoriosos nesse conflito?

Onde começou o conflito

"Houve peleja no Céu. Miguel e Seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram os seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no Céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim foi atirado para a terra e com ele os seus anjos" (Apocalipse 12:7-9).
É possível que você tenha nesse momento algumas interrogações: Por que Lúcifer pecou? Uma vez que Deus sabia das conseqüências do pecado para o Universo, por que Ele não destruiu o anjo rebelde logo, no início, antes que ele enganasse outros anjos?
Para que possamos estudar esse tema, na perspectiva correta, vamos ouvir a palavra profética: "Satanás decidiu subverter o plano de Deus. Não precisamos tentar compreender os motivos que induziram o ser logo abaixo de Cristo nas cortes celestes a levar a inveja e o ciúme às fileiras dos anjos. Comunicou a muitos o seu descontentamento e houve guerra no Céu, a qual terminou com a expulsão de Satanás e seus simpatizantes. Não precisamos aturdir nossa mente em busca do motivo pelo qual Satanás agiu como o fez. Pudesse encontrar-se uma razão, haveria desculpa para o pecado. Mas não há desculpa. Não há razão para que os seres humanos percorram o mesmo terreno que Satanás percorreu" (Manuscrito 97, 1901; citado em O Cristo Triunfante, Meditações Matinais de 2002, página 19).
O que podemos entender é que "embora o surgimento do pecado seja inexplicável e injustificável, suas raízes podem ser encontradas no orgulho de Lúcifer". Ezequiel 28:17 e Isaías 14:13-14 deixam claro que, por causa do orgulho, Lúcifer se revoltou contra Deus, Seu caráter e Sua lei. Por causa dessa rebelião, Satanás se tornou o pior inimigo de Deus. Depois de ser rejeitado em todos os mundos não caídos, resolveu estabelecer seu reino aqui na Terra.

O Conflito veio para a Terra

"Depois que Satanás foi expulso do Céu, decidiu estabelecer seu reino sobre a Terra. Por meio dele, o pecado entrou no mundo, e pelo pecado, a morte. Dando ouvidos às suas falsas acusações contra Deus, Adão caiu de seu elevado estado e as comportas da miséria se abriram sobre o nosso mundo" (Ibid).
Cristo, que derrotou o inimigo lá no Céu, afirmou: "Eu vi a Satanás caindo do Céu como um relâmpago" (Lucas 10:18).
Vivendo felizes diariamente na presença do Pai, como outrora vivia a terça parte dos anjos que pecaram, inexplicavelmente o casal foi seduzido e enganado. Não havia desculpas para se colocar contra Deus duvidando de Suas palavras e de Seu amor. "Todos os seus desejos eram generosamente supridos. De nada mais necessitava ele. Uma só proibição lhe fora imposta. [...] Satanás usou essa proibição como forma de insinuar suas malignas sugestões" (Manuscrito 97, 1901; citado em O Cristo Triunfante, Meditações Matinais de 2002, página 19).
Com a  queda do casal, o novo planeta estaria para sempre arruinado pelo pecado e o ser humano se degradaria e se perverteria de tal forma que se tornaria igual ao próprio Satanás. Estaria eternamente perdido.
Só havia uma saída para Deus ser justo e amoroso ao mesmo tempo: cumprir o plano da redenção (Apocalipse 13:8), por meio de Seu Filho, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29). Sem hesitar, o Pai fez a Adão e Eva a primeira promessa de salvação, dizendo à serpente, instrumento de Satanás: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o Seu Descendente. Este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirá o calcanhar" (Gênesis 3:15).
Transformado à imagem do diabo
Da mesma forma que inexplicavelmente ocorreu o "mistério da iniqüidade", também seria necessário o mistério inexplicável do amor: a vinda do Servo Sofredor, mencionado em Isaías 53 (Leia esse capítulo, medite nele e considere o contraste entre essas forças antagônicas).
Por meio do pecado, era plano do diabo fazer de cada criatura um ser igual a ele próprio. Quando vejo pessoas com o corpo todo tatuado, com a pele furada por piercings e alargadores de orelhas, narizes e até chifres de metal colocado por dentro da pele, temo que ele tenha conseguido.
Como deve ter se alegrado ao ver seu primeiro seguidor, Caim, fazer o que ele faria a Cristo! Como deve ter vibrado ao perceber as multidões antediluvianas fazendo exatamente o que ele queria! Como deve se regozijar hoje quando vê aquelas bandeiras coloridas desafiando a Deus nas passeatas do "orgulho" gay. Orgulho? A raça humana foi tão longe que teve que ser destruída pelo dilúvio, devido à sua pecaminosidade e depravação. Mas o inimigo não desistiu. Ele prosseguiu sua obra maléfica com os descendentes de Noé, continuando-a até nossos dias. Nosso mundo está chegando ao mesmo nível de injustiça dos dias de Noé e Deus virá purificar o nosso mundo com fogo. "Vindo a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho" (Gálatas 4:4), para dar um basta na ação do inimigo. O Cordeiro "morto desde a fundação do mundo" (Apocalipse 13:8) devia Se manifestar, conforme as Escrituras previam.

Como foi derrotado

"Por ocasião da morte de Cristo, Satanás viu que estava derrotado. Viu que seu verdadeiro caráter foi claramente revelado diante de todo o Céu, e que os seres celestiais e os mundos que Deus criara estariam inteiramente ao lado de Deus. Viu ele que suas expectativas de influência futura junto deles seriam completamente eliminadas. A humanidade de Cristo demonstraria, através dos séculos eternos, a questão que liquidou o litígio" (Mensagens Escolhidas, volume 1, página 255).
Mas Satanás não desiste de nenhuma pessoa que crê no Filho de Deus e ataca de dia e de noite. Diz-nos a Palavra de Deus: "Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Efésios 6:12).

Como ser um vencedor

"Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram" (Apocalipse 12:11).
Pare por um momento e medite: o pecado arruína e destrói, torna o homem inimigo de Deus. Mas o sangue de Cristo nos purifica de todo o pecado, ainda que seja como a escarlata. Ore e louve Deus pela dádiva de Seu Filho.
Cristo nos proporciona tudo o que é necessário para vencermos as tentações de Satanás: Sua Palavra, Seu exemplo, Seu sangue, Sua graça, Sua misericórdia, Seu Espírito. Mas devemos nos apropriar de todos esses meios. E é aí que entra a nossa parte. Precisamos decidir usar as armas do Cordeiro. O uso que delas fizermos, determinará nossa vitória ou derrota.
Podemos ser vitoriosos nesse conflito caso decidamos buscar diariamente os recursos divinos já na primeira hora de cada manhã. "Satanás bem sabe que todos quantos ele puder levar a negligenciar a oração e o exame das Escrituras serão vencidos por seus ataques" (O Colportor Evangelista, página 82).

Conclusão

"Temos diante de nós uma peleja, um conflito por toda a vida, com Satanás e suas sedutoras tentações. O inimigo empregará todos os argumentos, todos os enganos, todo tipo de mentira para causar a nossa queda. Sabendo disso, se desejamos ganhar a coroa da vida, temos de empregar esforço fervoroso, perseverante. Não devemos depor a armadura nem abandonar o campo de batalha, antes que tenhamos alcançado a vitória e possamos triunfar em nosso Redentor. Enquanto continuarmos a conservar os olhos fitos no Autor e Consumador de nossa fé, estaremos seguros. Nossas afeições têm de ser postas nas coisas de cima, não nas da Terra. Pela fé devemos erguer-nos e, cada vez mais alto, na realização das graças de Cristo. Contemplando diariamente Seus inefáveis encantos, devemos ir-nos transformando mais e mais à Sua gloriosa imagem. Enquanto assim vivermos, em comunhão com o Céu, será em vão que Satanás nos arme suas ciladas" (Mensagens Escolhidas, volume 3, página 104).

terça-feira, 25 de junho de 2013

A natureza do homem

A afirmação de que Deus criou os céus e a Terra tem causado muita crítica, indiferença e ceticismo. A compreensão dessas discórdias está no conflito entre o bem e o mal. Ao apresentar o evolucionismo como verdade, Satanás procura derrubar muitos dos pilares que fundamentam a fé cristã, como o sábado. Se o ser humano e a Terra vieram à existência por um processo evolutivo, não houve uma semana de criação e, conseqüentemente, o sétimo dia nunca existiu. Na seqüência, os dez mandamentos da lei de Deus perdem toda sua veracidade.
A explicação mais segura para as origens do mundo é a que está na Bíblia: Deus é o Criador (recomendo o site www.criacionismo.com.br para quem quiser comparar evidências científicas). Em Seus planos estava a idealização de um lugar onde os seres humanos pudessem ter o habitat ideal para crescer e se desenvolver. "Pai e Filho empenharam-Se na grandiosa, poderosa obra que tinham planejado - a criação do mundo. A Terra saiu das mãos de seu Criador extraordinariamente bela" (A História da Redenção, página 20).
"Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras de Tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares" (Salmos 8:5-8). O salmista estava se referindo certamente ao homem que saiu das mãos do Criador.
Não havia em toda a natureza alguém a quem Deus tivesse confiado tantos poderes. Ao homem Deus deu vida, poder de escolha, reprodução e autoridade. O ser humano poderia decidir, pensar e refletir. Também poderia gerar novas vidas, teria autoridade, inteligência e domínio sobre tudo o que foi criado na Terra.
Foi uma semana inteira de criação, com tantos elementos criados e conduzidos para um propósito final: a criação do homem e da mulher. Por uma semana, Deus gastou tempo para produzir um mundo que seria a morada desse casal.
"O homem foi originariamente dotado de nobres faculdades e de um espírito bem equilibrado. Era um ser perfeito e estava em harmonia com Deus. Seus pensamentos eram puros, santos os seus intentos. Mas pela desobediência, suas faculdades foram pervertidas e o egoísmo tomou o lugar do amor. Sua natureza tornou-se tão enfraquecida pela transgressão que lhe era impossível, em sua própria força, resistir ao poder do mal. Fez-se cativo de Satanás e assim teria permanecido para sempre se Deus não tivesse intervindo de modo especial. Era desígnio do tentador frustrar o plano divino quanto à criação do homem e encher a Terra de miséria e desolação. E todo este mal, ele apontava como conseqüência da criação do homem por Deus" (Caminho a Cristo, página 17).
Falando da formação do homem, a Bíblia diz que este foi formado do barro e Deus soprou nele o fôlego de vida (Gênesis 2:7). A vida recebida de Deus deveria ser eterna, caso o homem continuasse obediente às ordens de Deus. Se pecasse, morreria e finalmente voltaria ao pó, como diz Eclesiastes 12:7: "E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu".
Procurando levar o primeiro casal à queda, Satanás procurou negar a seriedade e gravidade do pecado, com sua frase mentirosa "é certo que não morrereis" (Gênesis 3:4). Ele fez isso por inveja! "Satanás foi outrora um honrado anjo no Céu, o primeiro depois de Cristo. Seu semblante, como o dos outros anjos, era  suave e exprimia felicidade. Sua testa era alta e larga, demonstrando grande inteligência. Sua forma era perfeita, seu porte nobre e majestoso. Mas quando Deus disse a Seu Filho: "Façamos o homem à nossa imagem" (Gênesis 1:26), Satanás teve ciúmes de Jesus. Ele desejava ser consultado sobre a formação do homem, e porque não o foi, encheu-se de inveja, ciúmes e ódio. Ele desejou receber no Céu a mais alta honra depois de Deus" (Primeiros Escritos, página 145).
Qual era o plano de Deus em colocar Sua imagem no ser humano? A criação do homem à imagem de Deus é uma das melhores maneiras para compreendermos a Deus.
Deus criou o homem como ser integral. Deus é, nesse sentido, também um ser integral, total. Nada acontece em qualquer parte do Universo - a queda de um pardal, o choro de um de Seus filhos - sem o acompanhamento de Deus. Ele não somente criou o Universo, como também o mantém continuamente. Toda a natureza é importante para Deus. Ele considerou tudo muito bom (Gênesis 1:31). E esse tudo incluía o ser humano, comissionado por Deus para cuidar dos demais seres criados, além de cuidar do próprio corpo.
Deus nos criou não somente indivisíveis (não "temos" uma alma; nós "somos" uma alma vivente), mas também livres. Isso também reflete a imagem de Deus no homem. Nossa capacidade de ir além, não apenas de descobrir, mas estar ciente de todo esse processo de descoberta é o que nos dá uma qualidade única entre todas as criaturas da Terra.
Quando Deus desejou miríades de anjos, Ele criou miríades de anjos. Entretanto, quando quis povoar toda a Terra, criou Ele apenas dois - um homem e uma mulher - e fê-los compartilhar do cuidado das coisas e seres criados. Isso significa que, de certa forma, eles seriam responsáveis pelo caráter de todas as futuras gerações. Deus também permitiu que os seres humanos pensassem e agissem - não meramente reagissem -  até mesmo discordando de Suas idéias. E quando os nossos primeiros pais se rebelaram contra Deus e Suas ordens, Ele não os rejeitou ou os abandonou como um pai desapontado. Ele, que havia idealizado o plano da salvação antes de criar o homem, haveria de pô-lo em prática através da encarnação de Seu Filho, Jesus Cristo.
Tudo o que Satanás tirou de nós por meio do pecado, Jesus nos restitui por Seu sacrifício. A imagem e semelhança divinas no ser humano serão completamente restauradas por meio do sacrifício de Jesus Cristo, o "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1:29).

terça-feira, 18 de junho de 2013

Amor distante

Fórum das Turmas Recursais do TRT-CE

 Sinto saudade do seu toque.
Da sua respiração ofegante,
Após um beijo "molotov",
Que deixa o coração saltitante.

Tu és minha amiga,
Tu és minha parceira,
És minha confidente,
Amante e minha companheira.

No dia do juízo,
Vou querer estar contigo.
E também com nosso filho.

Abraçar nosso Jesus,
Agradecer por Sua cruz
E viver eternamente em Sua luz.

domingo, 9 de junho de 2013

Feitos para outro mundo

"Olhe para fora. Olhe para o céu!" Minha esposa repetia a ordem toda vez que nossa filhinha Marcella (na época, com um ano e meio de idade) insistia em brincar olhando para o assoalho do carro. Viajávamos para Lavras (MG), a fim de participar de uma semana de aulas num curso de pós-graduação na Faculdade Adventista de Minas Gerais (Fadminas), onde eu ministraria aulas de Ciência e Religião. A estrada ficou bastante sinuosa, quando faltavam duas horas para chegar ao colégio, e Marcella começou a ficar enjoada, justamente por não dar ouvidos ao conselho da mãe. Tivemos que parar o carro para ela esvaziar o estômago.
Em nossa jornada pela vida, devemos sempre lembrar deste conselho: "Olhe para o Céu; olhe além!" Quando concentramos a atenção apenas nas coisas deste mundo, nas banalidades da mídia, nas conversações frívolas, nas teorias humanas, a vida se torna "enjoada", sem sentido, vazia. Muitos vivem enfastiados, acabam se acostumando ao mal-estar e talvez ignorem o remédio.
No livro Cristianismo Puro e Simples, C.S. Lewis escreve: "As criaturas não nascem com desejos, a menos que exista satisfação para eles. Um bebê sente fome: bem, existe uma coisa chamada comida. Um patinho quer nadar: bem, existe uma coisa chamada água. [...] Se eu encontrar em mim mesmo um desejo que nenhuma experiência neste mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é que fui feito para outro mundo".
Feitos para outro mundo. Por isso é bom estar constantemente olhando para lá, para não esquecer nossa origem e destino. Em Colossenses 3:1,2 o apóstolo Paulo aconselha: "Portanto, se fostes ressuscitados com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da Terra".
Quando experimentamos Jesus como Salvador e Senhor, experimentamos o novo nascimento, nova origem e novo rumo de vida. As coisas "de cima" passam a ter precedência sobre as temporais, passageiras. Ao olhar para o alto, a existência aqui embaixo assume novo sentido e as coisas são colocadas em sua devida posição. A viagem se torna prazerosa e, mesmo que venham curvas e obstáculos no caminho, fica mais fácil transpô-los.
Quando lhe sobrevierem o desânimo e o enjôo que acometem os viajantes da vida, não se esqueça: olhe para o alto; olhe para o Céu; olhe para JESUS. Lembre-se de que você tem nobre origem e um futuro maravilhoso.

Criados em um jardim, não em uma caverna

É justamente essa compreensão da origem e do destino humanos que o inimigo de Deus luta por ofuscar em nossa mente, para que voltemos os olhos para baixo e fiquemos enjoados. É vasto o cardápio de teorias de que ele dispõe. Uma delas é o evolucionismo.
Apocalipese 14:6,7 diz: "Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo em grande voz: Temei a Deus a dai-lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas".
Se João tivesse usado um computador para registrar essa visão, diríamos que ele copiou e colou parte do texto de Êxodo 20:11, o qual diz: "Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia, descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia de sábado, e o santificou". Apocalipse 14 chama atenção para a questão determinante da adoração: devemos temer (respeitar) a Deus. Qual Deus? O Todo-Poderoso e único Deus Criador do Universo; o nosso Criador e Redentor.
Mas o evolucionismo afirma que todos os seres vivos na Terra evoluíram a partir de um ancestral comum que teria surgido no passado remoto, ancestral esse que até hoje não foi encontrado. Para os evolucionistas naturalistas, Deus é desnecessário nesse processo. Somos apenas animais racionais. Nada temos de especial em relação aos outros seres, a não ser a capacidade mental. E mais: a história da Criação, como relatada no livro de Gênesis, seria apenas mito. Pura lenda ou alegoria.
Acontece que, quando desconsideramos o relato bíblico da Criação, ocasionamos um efeito dominó em toda teologia cristã. Se não houve uma árvore do conhecimento do bem e do mal e a transgressão voluntária de nossos primeiros pais, conseqüentemente, a morte, as doenças e a dor são inerentes à criação. Para que teria morrido Jesus, se o pecado faz parte da história mitológica? E a volta de Jesus para resgatar os que aceitaram a redenção? Seria outro mito cristão? Claro que não.
A verdade é que a doutrina da Criação confere sentido à vida justamente porque mostra o tipo de existência que Deus projetou para Suas criaturas. No mundo ideal de Deus, seres dotados de livre-arbítrio viveriam felizes, livres do sofrimento e capazes de desenvolver todas as maravilhosas faculdades com que foram dotados. O pecado estragou tudo, mas o plano da recriação está de pé e é graciosamente oferecido por Jesus a cada ser humano. Enquanto o novo céu e a nova Terra não vêm, Deus nos apresenta em Sua Palavra o guia para a vida plena, mesmo aqui deste lado da eternidade:

  • Alimentação - Gênesis 1:29 nos apresenta a dieta apropriada para o ser humano.
  • Casamento - Gênesis 2:24 mostra o tipo de relacionamento ideal entre homem e mulher: (1) ambos deixam a casa dos pais; (2) casam-se; (3) e se tornam "uma só carne" através do relacionamento sexual. É essa seqüência de eventos que, quando seguida, torna o casamento uma bênção.
  • Mordomia - Gênesis 1:28 mostra que Deus incumbiu homem e mulher de cuidar da natureza, como bons administradores. Isso é compromisso ecológico.
  • Trabalho - o fato de o Criador ter colocado o primeiro casal num jardim, para dele cuidar, revela desde os primórdios da história deste planeta a nobreza e a importância do trabalho. Como diz o antigo ditado: "cabeça vazia é oficina do diabo". Por isso Deus criou o trabalho. O rei Davi é a prova de que a ociosidade leva ao pecado.
Resumido: o relato bíblico da Criação em Gênesis fornece os pilares da vida com propósito. Se não fomos criados como a Bíblia registra, a moral, a santidade do matrimônio, os valores éticos, etc, são relativizados e, por conseqüência, esvaziados de sentido. Se somos apenas animais racionais, por que devemos confiar em nossos padrões de conduta? Afinal, "se Deus não existe, tudo é permitido", como bem expressou Dostoiévski.
Graças a Deus, Jesus veio a este mundo na condição de segundo Adão para mostrar que há esperança para a humanidade. Referindo-se à ressurreição de Cristo, o escritor G.K.Chesterton disse que "[os amigo de Cristo] estavam contemplando [...] o primeiro dia de uma nova criação, com um novo céu e uma nova terra; e sob as aparências de um jardineiro, Deus passeava novamente pelo jardim, não no frescor da noite, mas do amanhecer" (citado por James Stuart Bell e Anthony P. Dawson, em a Biblioteca de C.S.Lewis, página 46).
Lembre-se: fomos feitos para outro mundo e devemos olhar para o alto, para o mundo que virá e que perdemos por algum tempo. Mas que será nosso de novo, se aceitarmos Jesus como Salvador e permitirmos que Ele nos recrie.

Michelson Borges, jornalista e editor na Casa Publicadora Brasileira; mantém o blog www.criacionismo.com.br