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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O juízo final



Estavam todos lá. Era um salão enorme. Só para se ter idéia, todas as 150.000.000.000 (cento e cinqüenta bilhões) de pessoas que se estima que tenham habitado o mundo em toda a história estavam lá.

A “rodinha” dos ditadores parecia estar divertida. Muitas risadas. “Alguém tem dúvida que o Hitler vai pro inferno?” pergunta o debochado Napoleão. “Se liga, Napa,  eu vou dizer pro Pai que a minha intenção era construir uma ‘raça pura’. E outra: se eu for pro inferno, todo mundo aqui vai também. Ninguém aqui é melhor do que eu.” E todos caíam na gargalhada.

Foi quando um cientista genético que passava também começou a rir. Stálin foi o primeiro a ficar sério. Logo os outros também pararam de rir. O cientista, não. E Stálin, muito invocado, perguntou:

- Está rindo de quê, palhaço?

- Estou rindo deste idiota - apontando para Hitler - "Raça pura", mas que bobagem! Uma grande piada da história que acabou provocando a morte de milhões de pessoas, só um idiota mesmo! HAHAHAHAHAHA. Hitler quis partir para cima dele. Mussolini segurou-o e quis esclarecer as coisas:

- Do que você está falando? Por que a "raça pura" foi uma grande piada?

- Simples. Nós, cientistas genéticos, descobrimos que o genótipo dos brancos está muito mais próximo dos negros do que dos próprios brancos. Tem que ser muito burro mesmo! HAHAHAHA. E saiu rindo com dor no diafragma de tanto rir.

- Cientistazinho folgado esse... - disse Geisel.

- Que vontade de estrangular esse cara! - Hitler continuava nervoso.

- Calma, agora não adianta mais nada. Estamos todos mortos. Nem dor ele sentiria. Cê tem que ficar esperto que daqui a pouco chega Deus para nos julgar e se ele perceber que você não se arrependeu das coisas que você fez, um abraço, meu amigo, já era. - aconselhou Castelo Branco.

- Ih, chega desse clima ruim, vamos voltar às gargalhadas de antes. Vamos, digam-me: O que é que vocês acham do povo? Eu já disse quando era vivo e repito agora que estou morto: Eu prefiro o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo. - falou o arrogante general Figueiredo.

O coro foi geral:

- Xiii, o povo... que assunto chato você foi arrumar...

- O povo só serve para nos colocar no poder. - proclamou Fidel Castro que, na altura dos acontecimentos, estava ansioso por falar.

Novamente todos concordaram. Porém, logo o interromperam. Se o cara começasse um daqueles discursos... ninguém agüentaria.

- É só dizer coisas bonitas, com entusiasmo, ser convincentes que eles acreditam. E nisso eu fui fantástico. - gaba-se Mao Tsé Tung.

- Você só, não, todos nós. E, na minha opinião, quanto mais ignorante o povo, mais fácil manipulá-lo. - corrige e opina Getúlio Vargas.

E Getúlio é gozado por todos: "Brilhante dedução, essa ninguém sabia!"

- El pueblo es una mierda! - disse Pinochet.

E, finalmente voltou o clima ameno, suave, gostoso de antes. Todos conversando e rindo muito.

Deixemos os ditadores e suas arrogâncias e passemos à "rodinha" dos intelectuais.

A RODINHA DOS INTELECTUAIS FICARÁ PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO.

2 comentários:

  1. 150 bilhões de pessoas?! hahahaha
    Piada, né? Deve ser muito mais, mas...
    Arrependimento depois de morto? Ai, SENHOR, tem misericórdia do meu desconhecimento.
    "Se o Pai perceber..." Não existe isso. Ele sabe de tudo, Ele percebe tudo! Antes que a palavra chegue a minha boca, Ele já a conhece.

    "Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces".
    Salmos 139:4

    "Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
    Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
    Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
    Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá".
    Salmos 139:7-10

    Por isso clamo pela misericórdia divina. Eu, de nada, sabia. Pobre, tolo e ignorante sou!

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  2. Opa, finalmente o tal texto!
    Obrigado pelo envio dele.
    Sei que quando você o escreveu tinha menos juízo (por incrível que parece) do que tem agora, mas não posso furtar-me a comentá-lo.
    Está escrito que o cientista genético saiu com dor no diafragma de tanto rir e um pouco mais abaixo, Castelo Branco diz que não adiantaria bater nele, pois já estavam todos mortos e ele nem sentiria dor.
    Onde está a bagaça do restante deste texto?

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