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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Ao mestre, com carinho

Em nove anos trabalhando no Banco do Brasil, já passei por quatro unidades, vi muita gente entrando e saindo do banco e obviamente participei de muitas festas de despedida. Mas nenhuma foi tão emocionante quanto a do analista de operações Wilton.
Chamado de "mestre" por alguns, era Iltão para a maioria. Chorararam superiores hierárquicos e inferiores na hierarquia da empresa. Senti naquele dia um espírito de gratidão enchendo a agência Empresarial Fortaleza. Todos se sentiam devedores dele. Isso porque Wilton, dono de um conhecimento invejável - e por isso chamado de mestre - nunca se negou a ensinar alguém. Com humildade e paciência, transmitia seu conhecimento, tanto a quem estava acima dele na hierarquia como a quem estava abaixo. Wilton não olhava para o cargo e sim para a pessoa.
Quase todos da agência fizeram questão de dizer publicamente palavras de agradecimento ao analista de operações. Espontaneamente. Normalmente, o discurso de agradecimento é de apenas uma ou duas pessoas. Mas todos queriam dizer que a agência Empresarial Fortaleza ficaria órfã e a agência Barão do Rio Branco, para onde ele foi, ganharia muito com a presença dele.
Em 2011, a agência passou por muitas dificuldades devido à migração de centenas de contas correntes do Pilar Varejo para o Atacado. A unidade de negócios virou uma bagunça como seria com qualquer lugar que, de uma hora para outra, recebesse um volume tão grande de trabalho. Wilton vestiu a camisa e abraçou o plano de ação montado pela gerência, visando à organização do local de trabalho. Por isso, um homem alto, careca e forte como o gerente que integra o comitê que desenvolveu o plano de ação, agradeceu a Wilton com lágrimas nos olhos e entregou um vinho, que representa festa e alegria de viver.
Pedro Manoel disse que não se lembrava de nenhuma vez que tivesse feito uma pergunta ao "mestre" que ele não tivesse respondido. Elnatã, superior direto de Wilton, era o mais emocionado. Vindo para assumir o lugar que anteriormente era do analista, disse ter aprendido muito com o botafoguense.
Foi um depoimento emocionante! Talvez mais para mim devido às coisas que já vi no Banco do Brasil. Na primeira agência em que trabalhei, por exemplo, aconteceu algo semelhante: alguém foi nomeado gerente no lugar de outro que achava que merecia. Esse outro, magoado, não ajudava em nada a nova gerente. Ela teve que se virar e aprender tudo sozinha. E ainda deve dar graças, pois sei de lugares onde os colegas se dispõem a ajudar só para ensinar errado!
Wilton não. Iltão ensinou muito a muitos. Tudo certinho. Em contrapartida, ganhou respeito, admiração, amor e carinho.
Ah, como é bom sentir-se amado, não é verdade, Wilton? O amor das pessoas é bom, mas é instável, volátil, fugaz. O amor de Deus é perene, eterno e nada pode nos separar desse amor. Então por que as pessoas preferem o amor humano ao divino?
Ah, como é bom sentir-se amado!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Nunca deixe de tentar

Li o capítulo METAS, do livro NUNCA DEIXE DE TENTAR, do Michael Jordan (maior jogador de basquete de todos os tempos) que resumi para compartilhar com vocês, cujo tempo é escasso, mas querem ler uma mensagem motivadora neste início de semana.
O capítulo fala de líderes que tanto podem virar heróis quanto vilões. O que determina um ou outro é a maneira como valorizam a preparação para as batalhas, a importância que dão ao espírito de equipe, o modo como lidam com a derrota e resistem as armadilhas do sucesso.
Esses líderes têm coragem de fazer a coisa certa, não visando à própria conveniência nem cedendo aos mínimos erros. Entendem que  os obstáculos podem ser fontes de motivação, quando vistos como oportunidades e que coragem não é ausência de medo, uma vez que certo nível de medo é até saudável.
Tem uma história extremamente simples que eu poderia ter pulado neste resumo exatamente por ser tão simples. Mas, para ilustrar que para ser um grande líder, basta a simplicidade do respeito e da educação, vou contar:
No ano de 1992, o mundo assistiu boquiaberto ao melhor time de basquetebol já formado na história: o Dream Team, que reunia entre outros talentos, Micheal Jordan e Magic Johnson. Como comparação, poderia se dizer que eles estavam para o basquete assim como Pelé e Garrincha para o futebol.
Naquele ano, após o treino normal, Michael Jordan pediu respeitosamente ao treinador da equipe se poderia ajudá-lo numa seqüência de treinos extras. O treinador o ajudou e no final recebeu um "muito obrigado". Simples, né? Mas tão em desuso hoje em dia que é sempre bom lembrar.
O treinador do craque do Chicago Bulls respondeu da seguinte forma como era trabalhar com alguém com tanta fama e talento: "É muito simples. Ele me auxilia bastante, pois sempre chega para cada treinamento disposto a desafiar seus limites, dando 100%. O difícil é entender como alguém com um talento menor do que o dele poderia se dedicar menos do que ele.” Isso é a liderança pelo exemplo: a busca permanente da evolução e a consciência do valor do aprimoramento contínuo. Ah, se o Romário tivesse essa consciência!!! Ah, se tantos outros anônimos tivessem essa consciência!

"UM PASSO DE CADA VEZ. NÃO CONSIGO IMAGINAR NENHUMA OUTRA MANEIRA DE REALIZAR ALGO". (MICHAEL JORDAN)

Segundo, Michael Jordan, esses passos são várias metas de curto ou curtíssimo prazo. Metas que lhe levarão ao objetivo maior (de longo prazo). Diz ele também que, às vezes, entramos no olho de um furacão, no meio de um incêndio e nessa hora a melhor coisa a se fazer é "return to basics" que pode ser literalmente traduzido como "retorne ao básico" e pode ser entendido como "pare de correr de um lado para o outro igual a uma barata tonta! Lembre-se do objetivo maior e fixe suas energias pra lá".
Por que os objetivos de curto e/ou curtíssimo prazo são importantes? Porque, à medida que você os atinge, sua confiança aumenta. As conquistas somam-se e isso é um indicativo de que o nosso caminho está alinhado ao nosso obejetivo final.
Pesquisas mostram que pessoas vitoriosas em qualquer área de atuação possuem uma surpreendente capacidade de manter o foco no objetivo e perseguirem-no com determinação ferrenha, independentemente de quaisquer percalços no caminho.
Não é preciso ser um Super-Homem para ser um Michael Jordan. Até porque o Super-Homem voa. Bem... pensando bem... o Michael Jordan também.



quinta-feira, 19 de abril de 2012

O pé que esfria o espetáculo

Vocês devem ter lido o meu texto PÉ FRIO (http://jovem-dragao.blogspot.com.br/2011/12/pe-frio.html) no fim do ano passado. E não é que ontem nem o melhor time do mundo resistiu à minha torcida. É incrível! Eu fico besta de perceber essas coisas. Em compensação, o Corinthians, para quem eu não dou mais a mínima e cujos jogos não passam aqui no Ceará, goleou. É claro que se passasse o jogo por aqui e eu assistisse, torceria para eles, mas... acho que na Libertadores estou preferindo o Santos (xiiiiiiiii... coitados!)
Acho que vocês, são-paulinos, devem orar para que eu volte logo. Pelo menos, assistirei a alguns jogos do Corinthians e a possibilidade de eu torcer por eles é maior.
O pior brasileiro na Libertadores já caiu fora. O Flamengo deu vexame e a culpa é do Ronaldinho. Por que ainda não se aposentou? Desde 2006, não joga nada. E ainda tivemos que agüentar a Globo fazendo lobby para ele ir à Copa da África. Pelo menos um acerto do Dunga: não levou o Ronaldinho.
Agora o segundo pior brasileiro é o Internacional, que deve ser o próximo a cair fora. Depois, o ótimo Santos infelizmente será contaminado pelo meu "pé frio" e sobrarão Fluminense e Corinthians para se matarem pelo título inédito.
Quanto ao Barcelona, nas quartas de final, torci pelo Milan, pois aqueles pênaltis foram roubados e achei injusta a classificação. Mas o futebol do Barcelona é tão bonito que não tem como não torcer só para ver mais um jogo. Aliás, o Barcelona não joga; o Barcelona baila. Não é um jogo de futebol ao que se assiste; é um show, um espetáculo artístico!
Contaminado pelo meu pé frio, o melhor time do mundo acertou duas vezes a trave, o jogador da equipe adversária Cole tirou um gol do Fábregas em cima da linha e ainda perderam mais dois gols que, em condições normais de temperatura e pressão (se eu não estivesse torcendo), não perderiam.
Contem: duas na trave, duas ótimas chances perdidas e uma bola tirada de cima da linha. Podia ter sido cinco a um. Fora o que o goleiro defendeu!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Fortaleza rural

No que eu pensei que seria meu último domingo em Fortaleza, descobri uma nova capital cearense: a Fortaleza rural, a Fortaleza do mato e não da praia, a Fortaleza que está mais pra interior do que pra litoral.

Trilha do Rio Cocó

Fiquei pensando também como é fácil enganar as pessoas. Se eu quisesse, poderia escrever um texto descrevendo e mostrando esta Fortaleza, pois como vocês podem ver nas fotos, ainda provo o que digo. Ainda assim, essa seria apenas parte de Fortaleza. Do mesmo jeito que o senso comum não expressa a realidade: por exemplo, imaginar que na capital cearense sempre haja sol e todo dia a população aproveite a praia.
O povo cearense é trabalhador, inteligente, esforçado e nesta cidade também chove. E chove muito! Terça-feira (27/03) caiu a segunda maior chuva da história na capital cearense. Fiquei impressionado! Assustado eu fiquei quando meu chefe disse "você não viu nada ainda". Tranqüilizei-me à noite assistindo ao CETV. Foi quando soube que tinha sido a segunda maior chuva desde 1978 (quando começaram a medir). Para o meu chefe e alguns colegas, não foi nada, pois eles enfrentaram a maior chuva da história da capital há 3 ou 4 anos. Disseram que naquele ano, ao sair na avenida Duque de Caxias (uma das principais do centro de Fortaleza) a água chegava nas canelas.
Mas eu quero falar da Fortaleza rural. Há dois domingos (em 25/03) finalmente conheci o Parque do Cocó. O Parque do Cocó é uma área de conservação, um parque estadual da vida natural e ocupa 1.155,2 alqueires. Mesmo assim, no meio do parque, foi construído o Shopping Iguatemi, de propriedade do Grupo Jereissatti.


Pombinhos na entrada do Shopping Iguatemi

Na praça de alimentação desse shopping, fui lesado na hora do almoço. Infelizmente não lembro mais o nome do restaurante, pois minha vontade era denegrir a imagem deles, já que, na balança, o quilograma da comida estava marcado R$ 34,90 (já é caro, mas domingo e, ainda em shopping, tudo bem). Na hora de pagar, cobraram-me R$ 49,90 o quilograma. R$ 15,00 a mais! Por quê? Porque eu peguei bacalhau e frango grelhado. Aquele preço era só para massas. Paguei e deixei quieto. Não ia estragar o meu almoço por causa disso. Quando liguei para a minha esposa e contei o ocorrido, ela lembrou-me do Código de Defesa do Consumidor, que diz que, se o estabelecimento não informa anteriormente a diferença de preço, prevalece o menor preço anunciado. Deve ter tanta coisa nesse Código de Defesa do Consumidor que a gente esquece e acaba sendo prejudicado por pura desinformação que eu nem sei, viu. Mas a senhora Greghi é advogada e andando com ela é mais fácil de lembrar. Pena que ultimamente tenho andado pouco com ela e esse é outro dos inúmeros motivos pelos quais ela faz falta.
Após ser lesado e almoçar, tive que sair correndo da Saraiva para evitar comprar O SEMEADOR DE IDÉIAS E O VENDEDOR DE SONHOS - REVOLUÇÃO DOS ANÔNIMOS, do Augusto Cury, que estavam muitíssimo baratos!
Saí não só da loja, mas também do shopping e enquanto caminhava em direção a uma das trilhas do parque, passei sobre uma das pontes sob a qual passa o Rio Cocó . O rio é o responsável pelo nome do parque. Na Serra da Aratanha, município de Pacatuba, nasce o rio Pacatuba que, mais adiante, passa a ser denominado de riacho Gavião. Somente na entrada do município fortalezense, no bairro de Ancuri, o riacho recebe a denominação de Rio Cocó.


Rio Cocó

Caminhando um pouco mais, encontrei a entrada para uma das trilhas do Rio Cocó e, agora sim, começa a emoção. Não porque a trilha seja difícil. Que nada! Pelo menos, pela que eu passei, a não ser por muitos trechos escorregadios devido à chuva da noite anterior, até que foi bem tranqüila. Uma caminhada de pouco mais de um quilômetro em que podemos ver o bioma de mangue, às margens, bem pertinho. Em alguns trechos da trilha, as copas das árvores da margem esquerda encontram-se com as da margem direita lá em cima e a trilha fica escura. Até que é interessante pela paisagem que se vê e também pelo contraste, pois toda essa "selva" fica dentro de Fortaleza e, olhando-se mais longe, até conseguimos ver prédios.


Parque Ecológico do Rio Cocó


Agora o verdadeiro motivo da emoção é que, quando eu disse aos meus colegas de trabalho que eu queria ir lá, um dos mais "sem futuro" - expressão cearense para o que, em São Paulo, pode ser traduzido por "zoador" - disse para eu tomar cuidado, porque lá costumam sumir alguns corpos. Claro que não acreditei nele logo de cara e tirei a prova com outros colegas que fizeram expressão facial de dúvida, como quem diz "nem tanto ao céu nem tanto à terra". Perguntei para a colega aqui da pousada e ela disse para eu ver se tivesse gente andando lá, tudo bem, eu poderia seguir em frente; caso contrário, seria melhor voltar. Provavelmente o que me fez entrar foi que logo na entrada tinha um guarda da Polícia Militar Ambiental que me disse que lá na frente tinha mais policial. É verdade. Durante toda a extensão da trilha, encontrei policiais, não só fazendo a ronda, mas também limpanda a trilha. Um deles me disse que uma mulher tinha caído em um dos locais escorregadios.


Praça Adhail Barreto no Parque do Cocó


Essa proteção é necessária, pois no entorno do parque, várias áreas que seriam de proteção, foram invadidas por pessoas de baixa renda que acabam gerando problemas de criminalidade onde, em locais próximos dessas favelas, o parque torna-se área de fuga após ações de criminosos. Esta situação também gera esgoto para o interior do rio.
Essa não é a única trilha. Eu é que não tive coragem de encarar as outras, que se aprofundam mais na floresta. Apesar de andar com Jesus - meu pastor e protetor - lembro que, quando no deserto, Satanás pediu para Ele provar que era Deus, atirando-Se do pináculo do templo, pois Seus anjos viriam acudi-Lo. Jesus respondeu que não deveríamos tentar o SENHOR, nosso Deus. A discussão sobre por que Jesus não pode usar Seu poder infinito para vencer a tentação (benefício próprio) é longa demais. Então... passemos adiante.
Ao completar a trilha, subi em direção à Praça Adhail Barreto, administrada pela Prefeitura Municipal de Fortaleza. Nesta praça, estão o núcleo de conscientização ambiental, playground, pista de cooper, trenzinho e a entrada para outra trilha ecológica. É lá também que se costuma promover eventos culturais, artísticos e religiosos e foi por isso que conheci essa praça, parte do Parque do Cocó. No final do ano passado, houve evento da igreja lá.


Estátua de Iracema na Praia de Iracema. Nada a ver com o texto, mas a foto é linda. rsrsrs


Após a aventura, veio a outra característica pela qual a vida no campo é conhecida: tranqüilidade, paz e harmonia com a natureza. Tomei o ônibus e lá fui eu para a periferia de Fortaleza, um dos bairros mais distantes da praia: Messejana. É impressionante! Já visitei várias capitais do país e algo que todas têm em comum é o preterimento da periferia em preferência das áreas centrais e bairros nobres. Parece até que é normal!
Para chegar em Messejana, por exemplo, o ônibus passa por uma rua (asfaltada, ainda bem, mas suspeito que só tenha sido asfaltada porque é trajeto do ônibus) aberta no meio do mato. Nas margens da rua, só se vê mato. Há uma parada no caminho onde, à noite, não se pode esperar ônibus: o banquinho é de madeira e não há nada por perto. Chegando lá, a vista da lagoa vale à pena! É estranho... senti-me em outra cidade. Há a pracinha no centro, onde os idosos sentam para papear e jogar; havia brinquedos como pula-pula onde as crianças brincavam e, claro, vendedores de pipoca, café, suco, milho. Uma igreja bem em frente à praça e tudo nos levava a nos sentir numa cidadezinha do interior.


Lagoa de Messejana


Na lagoa, um homem pescava. Disse que só estava dando peixe pequeno. É época de chuva e os peixes se reproduzem nessa época. Gostei de saber que a lagoa está viva. Significa que ainda não foi poluída. Mas não significa que dê para nadar. Arrisque-se pular e não mais voltar. A lagoa tem 15 metros de profundidade, podendo chegar a 18 metros em épocas de chuva. Mas a verdade é que, passando de dois metros, quaisquer 3 metros a mais, não faz diferença. Seu espelho d'água ocupa uma extensão de 33,5 hectares, sendo a segunda maior lagoa da cidade, perdendo apenas para a lagoa redonda.
Mas por que eu quis visitar a segunda maior lagoa da cidade, ao invés da primeira? Por causa dela: a maior estátua de Iracema que temos na cidade, pesando 16 toneladas e medindo 12 metros de altura.

Maior estátua de Iracema da cidade

Para quem não sabe, Fortaleza é também conhecida como cidade alencarina, em referência ao maior escritor do Romantismo brasileiro, José de Alencar, natural de Fortaleza, e criador da personagem indígena mais famosa da literatura brasileira: Iracema, a virgem dos lábios de mel. Há cinco estátuas da personagem espalhadas pela cidade, segundo informações da monitora de visitas da exposição do escultor Zenon Barreto, criador de duas estátuas. Além desta, tem também a guardiã da Praia de Iracema, inaugurada em 1996, depredada por vândalos a cerca de um mês. Reparem na posição da guerreira, virada para a praia, pronta para o início da batalha.


Iracema, a guardiã


Para finalizar essa história de um domingo espetacular, não posso deixar de contar como Jesus cuida de nós até nos pequenos detalhes. Claro, se Ele consegue fazer coisas grandiosas, as pequenas são "fichinha". Após essa viagem pelo interior de Fortaleza, é óbvio que eu estava cansado. Quando cheguei ao terminal de Messejana, havia uma imensa fila de gente para entrar no ônibus. Beleza, eu estava passeando. Nem pedi nada nem reclamei. Entrei no ônibus e fiquei espremido entre a multidão. Assim que o ônibus entrou na rua da lagoa, ainda em Messejana, não sei por que eu olhei para trás. E lá estava: um lugar vago para eu sentar. O ônibus ainda estava lotado, mas ninguém quis sentar. Aquele lugar tinha sido reservado para mim. Nada me faz merecedor de tamanha graça. É por amor. Simplesmente por amor.

Estátua de Iracema. Quando depredada por vândalos, perdeu ambas as mãos e o arco. Lamentável!