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terça-feira, 31 de agosto de 2010

A festa da democracia

Passada a grande festa da Copa do Mundo, já começou a grande festa da democracia. É também por isso que eu amo esse país: ele vive em festa!
Mas atenção! Netinho de Paula é candidato ao Senado pelo estado de São Paulo! Neste ano, elegeremos dois senadores para cuidarem dos assuntos do nosso estado no Senado Federal e para quem não se lembra, Netinho de Paula foi vocalista do grupo Negritude Júnior, o que, por si só, já seria motivo para não ser eleito nem síndico de prédio. Mas como se isso não bastasse, ele abandonou o grupo para fazer carreira solo. Essa é uma característica péssima para um político: abrir mão do coletivo em prol do individual.
Nunca se falou tanto em renovação nesse país. Em ética. Não podemos, portanto, eleger alguém com esses antecedentes. Alguém cuja história mostra que tende a pensar somente em si próprio.
Apesar de tudo isso, Chorão (porque ele não cantava; chorava no microfone) já foi eleito vereador da capital paulista. Pois é... lamentavelmente. Mas, por favor, esqueçamos isso, uma vez que ele não fez nada para ser lembrado.
Em 2005, Netinho foi acusado de dar socos na própria mulher. Alô, mulherada paulista, não votem no Netinho de Paula. Alô, roqueiros de plantão, não votem no Netinho de Paula. Ainda em 2005, o nervoso senhor agrediu o Repórter Vesgo, do Pânico na TV. Gente, não podemos eleger alguém tão desequilibrado emocionalmente. É preciso renovar o nosso Congresso. Eleger pessoas que possuam um passado limpo, pessoas que até possam ter sido vocalistas de grupo de pagode – o que é perdoável – mas que nunca tenham agredido alguém, muito menos uma mulher.
Além do Netinho, é candidata ao Senado a ex-prefeita Marta Sempre Chique. Das 4 opções que conheço, é a melhor (para verem como nossas opções estão boas). O problema da sexóloga dos anos 80 que implantou o Bilhete Único na capital, criou os C.E.U.'s (Centros de Educação Unificados) e iniciou a recuperação do Centro com o Embeleza São Paulo, continuado por Kassab com a Lei Cidade Limpa, é que, se eleita, vai querer seguir o exemplo dos argentinos. Hum... como se argentino desse bom exemplo!
As outras 2 opções que conheço são Quércia e Aloysio. Entretanto, não faz nem dois parágrafos que eu disse que é preciso renovar o Congresso. O trio Quércia, Maluf e Tuma representam o que há de mais arcaico na política no estado de São Paulo. Essa gente já teve sua chance. Não citei o Aloysio, mas lembro que nas eleições de 94 eu ainda era uma criança e ganhei um cata-vento do Aloysio. Ganhei também uma camiseta, daquelas que a gente só usa para dormir. Não sei se ele já foi eleito alguma vez, mas uma coisa é certa: se foi, não fez nada notável e se não foi, passou da hora de desistir. Ainda procuro um candidato a senador.
Trabalho com um cara cujo apelido é senador devido a sua popularidade e carisma. Com tanta falta de opção e seguindo a linha de renovação, bem que eu votaria nesse cidadão. Pena que ele não possa mais registrar candidatura e concorrer à eleição.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

VAI, SÃO PAULO!

OH! QUANTA FELICIDADE!
COMO É BOM VER O SÃO PAULO FASHION CLUB EM MÁ FASE!
JÁ NÃO IMPORTA QUEM SERÁ O CAMPEÃO,
DESDE QUE O SÃO PAULO VÁ PARA A SEGUNDA DIVISÃO.

VAI, SÃO PAULO, LADEIRA ABAIXO,
POIS A SÉRIE B TE ESPERA!
VAI, SÃO PAULO, LADEIRA ABAIXO!
FAZ, MAIS UMA VEZ, A ALEGRIA DA GALERA!

VAI QUEBRAR A CARA EM ARAPIRACA.
VAI QUEBRAR A UNHA EM EUCLIDES DA CUNHA.
QUEBRA O SALTO E TAMBÉM O NARIZ EMPINADO.

AH, SÃO PAULO,
MESMO QUE NÃO SEJAS REBAIXADO,
SÓ POR ESTE MOMENTO: OBRIGADO!

domingo, 22 de agosto de 2010

Confiança quebrada

Em 2004, na campanha eleitoral para prefeito de São Paulo, o então candidato José Serra comprometeu-se com o eleitor paulistano em pleno SPTV, em entrevista ao jornalista Carlos Tramontina, que cumpriria seu mandato até o fim.
Naquela época já era notório o fato de que o nome do candidato era dos mais fortes para concorrer às eleições presidenciais e o eleitor precisaria saber se seria usado como “trampolim” ou se o seu voto seria respeitado e o candidato estaria disposto a abraçar o projeto de construir uma São Paulo ainda melhor. José Serra deu a palavra de que cumpriria seu mandato até o fim.
Porém isso não bastou. Como se nem o próprio candidato acreditasse em sua palavra, fez questão de registrar em cartório tal declaração.
Infelizmente a maioria dos paulistanos não percebeu que, quando alguém é confiável e diz alguma coisa, está dito. Quando eu disse na semana passada que Mariana Silva saiu-se bem na entrevista para o Jornal Nacional, não precisei dizer quais foram as respostas dela para o William Bonner. Tenho credibilidade e, quem quer que entre no site do JN para rever a entrevista, comprovará que falei a verdade. Não há necessidade de provas, registro em cartório, etc e tal. Tanto isso é verdade que, quando alguém não é confiável (como José Serra), não é uma declaração com registro em cartório ou uma gravação de TV que o impedirá de mentir.
Em 2006, não deu outra: o então prefeito de São Paulo José Serra deixou o cargo (traiu os eleitores), dois anos depois de eleito – perdoem-me a redundância, mas é preciso frisar que foi antes do encerramento do mandato – para concorrer a cadeira de governador do estado, sempre visando ao Palácio da República.
Eu amo muito esse país e conseqüentemente esse estado e todas as pessoas que aqui vivem (país e estado) para acreditar que elas são tão burras a ponto de eleger quem já as traiu uma vez. Prefiro crer que, José Serra foi eleito governador em 2006, porque o estado de São Paulo é muito maior do que a cidade do mesmo nome e o interior ganhou da capital – que não votou no Serra.
Chegamos a 2010 e à reta final desse projeto de 6 anos que o palmeirense José Serra traçou para comandar este país. Agora algumas perguntinhas básicas para fechar e deixar vocês pensando: banco empresta dinheiro para quem tem o nome “sujo”? Por quê? Se o banco não empresta, você emprestaria? Você faria negócio com alguém que já o “deixou na mão”? E, por fim, você perdoaria uma traição?

Abraços.

domingo, 15 de agosto de 2010

Rede Globo contra São Paulo

Em 2008, quando a Rede Globo de Televisão deixou de transmitir o primeiro jogo da final da Libertadores entre LDU e Fluminense, privilegiando um jogo da série B do Corinthians, escrevi um e-mail revoltado para a própria Rede Globo e espalhei o mesmo e-mail para os meus quase 200 contatos.
Na ocasião, eu pensava que a emissora tinha algum preconceito contra os paulistas por preferir transmitir um ridículo jogo da série B, ao invés DA FINAL do torneio mais importante do continente. Tudo bem que o Corinthians possui a maior torcida do estado e a audiência é grande. Mas não é maior do que a soma de palmeirenses, são-paulinos e santistas (só para citar as maiores).
Agora, em 2010, chego à conclusão de que, sem dúvida nenhuma, a TV Globo não tem um pingo de consideração e deve mesmo odiar a população do maior estado do país. Afinal, a emissora com sede no Rio de Janeiro, mais uma vez preferiu transmitir um jogo de início de competição – que, pelo menos, era a Copa Sul-Americana e não a série B – ao invés da final da Taça Libertadores da América. E, mais uma vez, só para São Paulo. O resto do Brasil assistiu à final da Libertadores.
Bom, não sejamos injustos como a Globo: dessa vez, também impediram que os baianos pudessem acompanhar o Colorado dos Pampas na final da Libertadores. Como se já presumissem a nossa revolta e planejassem uma resposta: “Calma aí, paulista, amamos São Paulo; a Bahia também não viu o jogo do Inter”.
Faz-me rir! Então o racismo não é só contra os paulistas, mas também contra os baianos?
Em 2008, tive meu pedido atentdido e a felicidade de, pelo menos, poder assistir ao segundo jogo da final, quando o Fluminense meteu 3 a 0 e perdeu nos pênaltis. Talvez, se tivéssemos assistido ao primeiro jogo, o Flu tivesse levado a taça.
Dessa vez, não me darei ao trabalho de enviar e-mail nenhum a Globo, pois após uma Copa do Mundo, nenhum outro campeonato, nenhum outro jogo tem tanto brilho. Mas aqueles que ficaram revoltados como eu, estão totalmente autorizados a selecionar o texto, copiar, colar e enviar para a Rede Globo de televisão.
Além do mais, já que estamos criticando a maior e mais poderosa rede de mídia do país, vale à pena perguntar por que um pobre não pode ser Presidente da República. Demorou para aceitarem Lula e o Willian Bonner foi sacana (para não dizer nenhum palavrão) com Marina na entrevista promovida pelo Jornal Nacional. Colocou a candidata na parede pelo menos duas vezes, perguntando por que ela não se manifestou como a Heloísa Helena e outros que saíram do partido e fundaram o PSOL na época do mensalão e perguntou como a candidata pretende construir alianças no Congresso Nacional para governar o Brasil, uma vez que a candidatura dela não está coligada a nenhum outro partido. Posso lhes assegurar que Marina saiu-se muito bem nas respostas, demonstrando experiência e maturidade política.
É para se perguntar: será que uma mulher de origem humilde não seria a pessoa certa para continuar conduzindo esse país no caminho do desenvolvimento sustentável? E, principalmente, por que a Rede Globo, que se agigantou durante o regime militar, teme que outra pessoa de origem humilde comande a nação?
Já derrotamos a Rede Globo tantas vezes e sabemos como é doce o sabor da vitória. Seria excelente derrotá-la mais uma vez!

Abraços.

domingo, 8 de agosto de 2010

Embarque pior

O ex-governador de São Paulo José Serra é um fanfarrão. Sim, porque foi ele quem permitiu que se implantasse um programa com o intuito de melhorar a qualidade do embarque dos usuários do metrô no horário de pico da tarde na estação Sé. Entre às 17h30min e às 19h – quando não chove, ninguém resolve se suicidar, etc e tal – no sentido Corinthians-Itaquera, os metroviários – pobres-coitados – têm tentado organizar o caos que se transforma aquele lugar com milhões de pessoas empurrando-se e acotovelando-se para não perder nenhum minuto da novela das 19h ou chegar na faculdade em tempo – cada um tem os seus compromissos que não nos cabe questionar.
 Até aí, tudo bem. A missão do governante é mesmo tentar melhorar a qualidade de vida da população, ainda que seja dessa forma atabalhoada. Agora batizar o programa de EMBARQUE MELHOR é onde se encontra a fanfarronice do senhor José Serra. Quem nunca teve o desprazer de tentar embarcar nessa estação, nesse sentido, entre esses horários, jamais entenderá o que estamos falando.
E durante o dia, os maquinistas fazem propaganda – porque são obrigados, claro – que nos impele a rir para não chorar: “Embarque melhor na estação Sé. Mais conforto e tranqüilidade, de segunda a sexta-feira, das 17h30min às 19h, sentido Corinthians-Itaquera”. Ora, o ex-governador, atual candidato à presidência da República ri da cara do maior colégio eleitoral do país, pois na verdade, esse é um dos dois piores horários que há para se tomar metrô em São Paulo. E se ele debocha da maior população do país, imaginem o que ele não faz com a menor!
É sarcasmo puro dizer “embarque melhor na estação Sé.” Mais conforto e tranqüilidade? Em qualquer outro lugar. A realidade que o paulistano conhece muito bem é a do embarque pior. Isso SE conseguir embarcar.
Aquilo ali já virou atração turística para quem vem à cidade, pois, se por um lado, São Paulo tem o melhor metrô do mundo (apesar de pouco extenso); por outro, a aglomeração e a dificuldade que se vê para embarcar na volta pra casa também não se vê em lugar nenhum do mundo.
 Portanto, se você é turista, não pode deixar de viver fortes emoções muito além da faixa amarela, que estabelece o limite de segurança para os usuários. Sinta o vento batendo no seu rosto quando o trem passar a 50 km/h quase triscando em você e veja a morte de perto quando as portas do trem fecharem sem que você tenha conseguido embarcar. Ah, e tudo isso sem equipamento de segurança e por míseros R$ 2,65. Você nunca fez um programa tão emocionante pagando tão pouco!


P.S. O Santos Futebol Clube foi, disparado, o melhor time do Brasil neste ano (decorridas 31 semanas de 52 que o ano tem). Arriscar-me-ia dizer o melhor do mundo! Apenas o Barcelona tem um estilo de jogo parecido, mas o time espanhol não ganhou nada nos primeiros 7 meses do ano e o mundo só consagra os campeões. Talvez a seleção espanhola (campeã da Copa do Mundo) fizesse frente ao Santos num confronto direto, mas sem o confronto direto, só podemos comparar os números: o Santos foi campeão da Copa do Brasil com goleadas históricas contra os pequenos e viradas emocionantes contra os grandes, enquanto que a seleção espanhola ganhou quase todos os jogos da Copa do Mundo por 1 a 0. Salve o glorioso alvinegro praiano! André já foi. Robinho também vai. E esse Santos, com certeza, vai deixar muitas saudades...

domingo, 1 de agosto de 2010

Alô, leitores do Brasil! Do mundo! Da galáxia (pretensioso eu, hein)!

Finalmente decidi criar um blog para a alegria de todos que me pedem, imploram, suplicam há pelo menos 3 anos. E o nome do blog não poderia ser outro que não JOVEM DRAGÃO. E como vocês podem comprovar pela foto, esse nome não tem nada a ver com a minha beleza. Vamos de uma vez por todas esclarecer o mistério que ronda esse nome. Afinal, por anos muita gente me pergunta:
- Por que jovem dragão? Porque você é novo e feio? HAHAHAHAHAHAHAHAHA
Aposto que 99% das pessoas que estão lendo este texto são pessoas que recebem ou já receberam alguma crônica minha por e-mail. O e-mail jovem_dragao@ig.com.br foi criado em 1999 ou 2000 pelo meu irmão que, na época, praticava kung-fu (o dragão é o símbolo do kung-fu e essa é a origem do nome). O e-mail que me consagrou não foi nem mesmo criado por mim.
Há 5 ou 6 anos, quando eu ainda estava cursando Jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, decidi que não queria fazer carreira na área. Para começar, eu não funciono sob pressão e jornalistas vivem sob pressão. Outro dia, um primo meu comentou:
- Rafinha, sob tortura você confessa até o que você não fez.
Ao que eu respondi:
- Opa, não precisa nem torturar. Pra que chegar tão longe? Basta me ameaçar de tortura.
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Para terminar, eu não funciono sem relógio de ponto. Essa vida de jornalista que tem hora para entrar, mas não tem para sair, não serve para mim. Apesar dessa decisão, sempre fui apaixonado por escrever. Escrever me dá tesão; é minha vida; faço por prazer.
Então decidi continuar trabalhando por dinheiro onde eu já trabalhava e ainda trabalho e escreveria de vez em quando ou de vez em sempre, conforme tivesse assunto simplesmente para ter uma razão na vida.
Em 2005, comecei a escrever semanalmente sobre o Campeonato Brasileiro, após uma experiência bem sucedida no Campeonato Paulista do mesmo ano. Eu assistia aos jogos e tecia comentários. Mas é claro que eu precisava de uma abordagem diferente. Afinal, o lance a lance, placar e ficha técnica qualquer um conseguiria no jornal do dia seguinte. Comecei tentando ser engraçado. Deu certo, porque em pouco tempo as pessoas me cobravam quando eu passava algum tempo sem escrever ou quando não escrevia sobre um jogo importante.
Uma dessas pessoas foi também quem primeiro sugeriu que eu criasse um blog. Se propôs a fazer parceria comigo e até chegou a publicar um texto meu (AMOR QUE É DE MENTIRA OU MENTIRA QUE É DE AMOR) no blog dela. Por isso, quero citar o nome da minha prima de consideração, Mariana Ferreira, nascida e criada em Indaiatuba.
No final do ano de 2005, corri até a sala de aula do meu irmão – que estudou na mesma Universidade que eu, mas não o mesmo curso – para encontrar alguém que pudesse dar uma entrevista para mim durante o programa na aula de radiojornalismo. Foi quando um colega dele me perguntou:
- Você que é o irmão do Bruno?
- Sim. Por quê?
- Li um texto seu. Muito legal. Parabéns!
Aquilo me encheu de orgulho, pois era a primeira vez que alguém que eu não conhecia me reconheceu por causa de um texto meu. Ou seja, minhas escrituras estavam circulando na rede. Os contatos dos meus contatos também estavam lendo. Por esse episódio e por ter criado o JOVEM DRAGÃO, meu irmão, Bruno Greghi, também merece ter o nome aqui mencionado.
Isso aconteceria de novo em 2009, quando descobri que quase fui vítima do “golpe da barriga” e escrevi o texto mais polêmico, revoltado e obviamente o que mais repercutiu em toda minha vida: DEUS ME LIVRE DOS FILHOS!
É claro que eu não enviaria um texto tão amargo a todos os meus contatos, como geralmente faço. Era preciso selecionar só os mais amigos de todos e as pessoas com mente mais aberta que eu supus que compreenderiam. Não compreenderam. Fui enxovalhado por todos os lados, algo de que não reclamo, pois nunca recebi tantas respostas, não importa se negativas ou positivas; o que eu quero são respostas. E recebi. Até das pessoas que não haviam sido selecionadas. Quer dizer, novamente meu texto adquiriu a condição de receber um ENCAMINHAR do destinatário.
Dois meses depois, conheci uma garota que, ao saber meu nome completo, perplexa, diria:
- Rafael Greghi? Você por acaso escreveu alguma vez “que o Papa descanse em paz e que nós nos cansemos em paz”?
- Nossa! Isso faz muito tempo! Mas fui eu que escrevi, sim.
Aquele momento foi a glória para mim. Primeiro porque já fazia muito tempo mesmo que eu tinha escrito aquilo. Foi em 2005. E essa conversa em 2009. 4 anos, portanto. Segundo, porque eu não sabia em absoluto que aquele texto estava na internet. E terceiro porque essa garota estava fazendo uma pesquisa sobre jornalismo literário (em 2005 eu participei de um grupo de discussão de jornalismo literário) e, dentre tantos textos que ela leu, dentre tantos autores, ela guardou o meu nome e o meu texto. Seis meses mais tarde, essa garota criaria um blog de poesias, gênero que eu adoro, o que ainda não seria suficiente para me convencer a criar o blog. Mas por fazer parte desta sucessão de acontecimentos, também merece ter seu nome citado: Raquel Medina.
Outra pessoa que criou um blog em 2010 foi o meu amigo CRÍTICO GLOBAL, um cara que sempre respondeu aos meus e-mails gritando:
- FOOOOOODDDDDDAAAAAA------SSSSSSEEEEEE!!!!!!!!!! NINGUÉM TE PERGUNTOU NADAAAAAAAAAA!!!!!!!
Ah, bendito curso de Astrologia! Depois dele, passei a compreender melhor as pessoas. Passei a dar risada com as coincidências entre a maneira que os astros prevêem que os outros reagirão a determinado fato e como eles de fato reagem. Antes de fazer tal estudo, talvez eu ficasse chateado e nem fosse mais amigo desse cara. Hoje, porém, entendo que os nativos do elemento fogo têm esse jeito peculiar de gostar: quando gostam de alguém ou de algo, dão porrada. Mas essa é a MINHA interpretação. Para eles, é tudo brincadeira.
Por isso, quando ele dizia FODA-SE, eu lia PARABÉNS; e quando ele dizia NINGUÉM TE PERGUNTOU NADA, eu lia VOCÊ ESCREVE MUITO BEM. Já estou rindo só de imaginar o que ele vai me responder. Dirá que eu sou burro, pois quando dizia FODA-SE era FODA-SE mesmo, etc, etc.
Aliás, fiquei sabendo que a chefe da minha chefe disse numa reunião neste ano de 2010 em que eu não estava presente que eu escrevo bem. Não sei se tem a ver com os correios que eu escrevo no trabalho ou com a Mostra Literária de que participei com uma crônica e uma poesia sobre o dia internacional da mulher. Textos esses que me fizeram novamente reconhecido na palestra da filósofa Márcia Tiburi.
Todos esses acontecimentos contribuíram para que eu viesse a criar o JOVEM DRAGÃO (blog), mas decisiva mesmo foi a conversa que eu tive com a minha amiga Renata Haga.
Eu sempre argumentei que os blogs assemelham-se a telemarketings receptivos, uma vez que ele fica esperando o leitor, enquanto que do jeito que eu fazia – enviando e-mails diretamente para os meus contatos – estava mais para telemarketing ativo, uma vez que o texto ia até o leitor. Então ela me disse que uma coisa não impediria a outra, o que é verdade e que foi um argumento decisivo, sem chances para contra-argumentos.
Além disso, o meu preconceito também vinha do fato de eu mesmo não ter costume de acessar blogs. Mas essa amiga me fez ver que nem todo mundo age como eu (ainda bem). Ela mesma segue vários blogs e entra diariamente para ver se teve atualização. Depois disso, percebi que um colega de trabalho também acessa semanalmente um blog de extrema direita e envia os textos do cara por e-mail.
Eu sinceramente, só segui dois blogs na vida: o de um colega da faculdade, quando ele viajou para a Nova Zelândia e postava suas aventuras naquela terra e o tal blog de poesias de que já falei. Mas como disse a minha amiga Renata, eu não tenho o direito de não mostrar as minhas idéias e os meus textos para quem não faz parte do meu círculo de amigos. Os estudantes e pesquisadores do Brasil, as pessoas que digitarem qualquer palavra no GOOGLE que tenha a ver com um texto meu, tem os mesmos direitos que os meus contatos.
Enfim, terráqueos, marcianos e venusianas, sejam todos bem-vindos.