Confesso que fiquei
extremamente dividido e até o fim do jogo não consegui definir para
quem torcer. Por um lado, eu sentia pena do Corinthians. Já pensou
se eles fossem novamente eliminados? Teriam que agüentar de novo
aquelas mesmas piadinhas que já cansaram. Por outro lado, uma
espécie de medo de ver a história acontecer tomava conta do meu
ser. Medo esse que era muito maior quando eu era verdadeiramente
corinthiano. Medo de uma emoção boa, explosiva, inimaginável.
Certeza mesmo, só a de que é maravilhoso não mais torcer. Poder
assistir a uma partida de futebol com a frieza com que analiso
gráficos da Bolsa de Valores. Não, com futebol consigo ser ainda
mais frio. Ficar triste, fico. Quando escolho um time para torcer e
ele perde. Foi assim quando o Barcelona foi eliminado da Liga dos
Campeões e novamente quando o Bayern Munich perdeu a final em casa e
nos pênaltis.
O melhor de tudo em não
ser mais fanático é realmente poder assistir ao jogo até o fim.
Não consegui assistir aos pênaltis que classificaram o Palmeiras em
2000. A gente sofre demais! A televisão mostra as torcidas e vemos
as pessoas chorando, angustiadas, tensas, arrancando os cabelos, é
até engraçado quando não é o nosso time.
Quanto ao pé frio, pode
perguntar para o meu irmão, a minha profecia foi: o Santos vai
marcar um gol no último minuto e o Corinthians vai perder nos
pênaltis, igualzinho em 2000.
Agora, corinthianos, eu
lamento informar, mas dificilmente eu torcerei para o Boca Juniors na
final, pois sou brasileiro, não desisto nunca e vou sempre optar por
torcer para um time brasileiro, desde que não seja o São Paulo
Futebol Clube que, aliás, grande alegria me deu ao ser eliminado da
Copa do Brasil. E eu jurava que essa seria deles, já que é a 24ª
edição da Copa do Brasil. Mas eles continuam virgens nessa
competição. Nunca ganharam. Nunca ganharão. Penso que é a mesma
situação do Corinthians com relação à Taça Libertadores da
América.
Impressionou-me também a
reação dos jogadores corinthianos quando o juiz apitou o final do
jogo: com exceção do Jorge Henrique, não vi ninguém chorando,
extremamente emocionado, nada. Nas entrevistas, mostraram-se muito
centrados e equilibrados. Completamente diferente de outras equipes
formadas pelo clube para a disputa deste campeonato, estes jogadores
não demonstram estar sentindo o peso da taça, uma conquista tão
esperada pela torcida. Ao contrário dos times passados, esse joga a
Taça Libertadores como se jogasse qualquer outro jogo. Nem parece
que fizeram história ao classificar o Corinthians para a final.
Mérito do treinador? Não
apenas. Na verdade, esse parece ser o resultado de um trabalho de
longo prazo, iniciado exatamente com outro resultado histórico,
porém negativo: o rebaixamento para a Série B do Campeonato
Brasileiro em 2007. Seis meses depois, o Corinthians já disputava a
final da Copa do Brasil. No ano seguinte, conquistou a Copa do Brasil
e o direito de disputar a Taça Libertadores no ano subseqüente.
Disputou e perdeu; no ano seguinte, disputou de novo; perdeu de novo.
Para o Tolima, ainda na fase pré-Libertadores.
Mas eu lembro de ter visto
num desses programas de mesa redonda diretores e conselheiros do
Corinthians dizerem que era importante estar disputando a Taça
Libertadores, que inevitavelmente chegaria a hora de levantar a Taça.
Ou seja, mais uma vez prova-se por A + B que planejamentos de longo
prazo dão certo. Não sabemos se o Corinthians levantará a Taça
neste ano, mas, mesmo que não levante, se o planejamento for
mantido, é óbvio que mais cedo ou mais tarde, chegará a hora dele.
Apesar de que eu, particularmente, ache que o Corinthians não nasceu
para isso. Mas... acabo de me lembrar de uma frase bastante
inspiradora do Wanderley Luxemburgo: “tabus existem para serem
quebrados”.
Caim e Abel, filhos de Adão, diferiam grandemente em caráter. Abel tinha
um espírito de fidelidade para com Deus; via justiça e misericórdia no
trato do Criador com a raça decaída e com gratidão aceitou a esperança
da redenção. Caim, porém, acariciava os sentimentos de rebeldia e
murmurava contra Deus por causa da maldição pronunciada sobre a Terra e
sobre o gênero humano, em virtude do pecado de Adão. Permitiu que a
mente se deixasse levar pelo mesmo conduto que determinara a queda de
Satanás, condescendendo com o desejo de exaltação própria, e pondo em
dúvida a justiça e a autoridade divinas.
Esses irmãos foram provados, assim como fora Adão antes deles, para
mostrar se creriam na Palavra de Deus e obedeceriam à mesma. Estavam
cientes da providência tomada para a salvação do homem e compreendiam o
sistema de ofertas que Deus ordenara. Sabiam que nessas ofertas deveriam
exprimir fé no Salvador a quem tais ofertas tipificavam e, ao mesmo
tempo, reconhecer sua total dependência Dele para o perdão; e sabiam que
conformando-se assim ao plano divino para a sua redenção, estavam a dar
a prova de sua obediência à vontade de Deus. Sem derramamento de sangue
não poderia haver remissão de pecados; e deviam eles demonstrar sua fé
no sangue de Cristo como a expiação prometida, oferecendo em sacrifício o
primogênito do rebanho. Além disto, as primícias da terra deviam ser
apresentadas diante do Senhor em ação de graças.
Os dois irmãos de modo semelhante construíram seus altares e cada qual
trouxe uma oferta. Abel apresentou um sacrifício do rebanho, de acordo
com as instruções do Senhor. “E atentou o Senhor para Abel e para a sua
oferta” (Gênesis 4:4). Lampejou o fogo do Céu e consumiu o sacrifício.
Mas Caim, desrespeitando o mandado direto e explícito do Senhor,
apresentou uma oferta de frutos. Não houve sinal do Céu para mostrar que
era aceita. Abel instou com seu irmão para aproximar-se de Deus da
maneira divinamente prescrita; mas seus rogos apenas tornaram Caim mais
decidido a seguir a sua própria vontade. Sendo mais velho, achava que
não lhe condizia ser aconselhado por seu irmão e desprezou o seu
conselho.
Caim veio perante Deus com íntima murmuração e incredulidade com
respeito ao sacrifício prometido e necessidade de ofertas sacrificais.
Sua dádiva não exprimia arrependimento de pecado. Achava, como muitos
agora, que seria um reconhecimento de fraqueza seguir exatamente o plano
indicado por Deus, confiando sua salvação inteiramente à expiação do
Salvador prometido. Preferiu a conduta de dependência própria. Viria com
seus próprios méritos. Não traria o cordeiro nem misturaria o seu
sangue com a oferta, mas apresentaria seus frutos, produtos de seu
trabalho. Apresentou sua oferta como um favor feito a Deus, pelo qual
esperava obter a aprovação divina. Caim obedeceu ao construir um altar,
obedeceu ao trazer um sacrifício; prestou, porém, apenas uma obediência
parcial. A parte essencial, o reconhecimento da necessidade de um
Redentor, ficou excluída.
Quanto ao que respeitava ao nascimento e instrução religiosa, esses
irmãos eram iguais. Ambos eram pecadores e ambos reconheciam o direito
de Deus à reverência e adoração. Segundo a aparência exterior, sua
religião era a mesma, até certo ponto; mas além disto, a diferença entre
os dois era grande.
“Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim” (Hebreus
11:4). Abeu aprendeu os grandes princípios da redenção. Viu-se como um
pecador e viu o pecado e sua pena de morte entre sua alma e a comunhão
com Deus. Trazia morta a vítima, aquela vida sacrificada, reconhecendo
assim as reivindicações da lei, que fora transgredida. Por meio do
sangue derramado, olhava para o futuro sacrifício de Cristo a morrer na
cruz do Calvário; e confiando na expiação que ali seria feita, tinha o
testemunho de que era justo e de que sua oferta era aceita.
Caim tivera, como Abel, a oportunidade de saber e aceitar essas
verdades. Não foi vítima de um intuito arbitrário. Um irmão não fora
feito para ser aceito por Deus e o outro para ser rejeitado. Abel
escolheu a fé e a obediência; Caim, a incredulidade e a rebeldia. Nisto
consistia toda a questão.
Caim e Abel representam duas classes que existirão no mundo até o final
do tempo. Uma dessas classes se prevalece do sacrifício indicado para o
pecado; a outra arrisca-se a confiar em seus próprios méritos; o
sacrifício desta é destituído da virtude da mediação divina e assim não é
apto para levar o homem ao favor de Deus. É unicamente pelos méritos de
Jesus que nossas transgressões podem ser perdoadas. Aqueles que não
sentem necessidade do sangue de Cristo, que acham que sem a graça divina
podem, pelas suas próprias obras, conseguir a aprovação de Deus; estão
cometendo o mesmo erro que Caim. Se não aceitam o sangue purificador,
acham-se sob condenação. Não há outra providência tomada pela qual
possam se libertar da escravidão do pecado.
A classe de adoradores que segue o exemplo de Caim inclui a grande
maioria do mundo; pois quase toda religião falsa tem-se baseado no mesmo
princípio – de que o homem pode confiar em seus próprios esforços para a
salvação. Alguns pretendem que a espécie humana necessita, não de
redenção, mas de desenvolvimento – de que ela pode aperfeiçoar-se,
elevar-se e regenerar-se. Assim como Caim julgava conseguir o favor
divino com uma oferta que faltava o sangue de um sacrifício, assim
esperam estes exaltar a humanidade à norma divina, independentemente da
expiação. A história de Caim mostra qual deverá ser o resultado. Mostra o
que o homem se tornará separado de Cristo. A humanidade não tem poder
para regenerar-se. Ela não tende a ir para cima, para o que é divino,
mas para baixo, para o que é satânico. Cristo é a nossa única esperança.
“Nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser
salvos.” “E em nenhum outro há salvação”. (Atos 4:12).
A verdadeira fé, que confia inteiramente em Cristo, manifestar-se-á pela
obediência a todos os mandamentos de Deus. Desde o tempo de Adão até o
presente, o grande conflito tem sido com referência à obediência à lei
de Deus. Em todos os séculos houve os que pretendiam ter direito ao
favor de Deus, mesmo enquanto estavam a desatender algumas de suas
ordens. Mas as Escrituras declaram que pelas obras “a fé foi
aperfeiçoada” e que, sem as obras da obediência, a fé “é morta” (Tiago
2:22, 17). Aquele que faz profissão de conhecer a Deus “e não guarda os
Seus mandamentos, é mentiroso e nele não está a verdade” (1 João 2:4).
Quando Caim viu que sua oferta era rejeitada, ficou irado com o Senhor e
com Abel; ficou irado de que Deus não aceitasse o substituto do homem
em lugar do sacrifício divinamente ordenado e irado com seu irmão por
preferir obedecer a Deus a unir-se em rebelião contra Ele. Apesar do
descaso de Caim pelo mandado divino, Deus não o deixou entregue a si;
mas condescendeu em arrazoar com o homem que tão sem razão se mostrara. E
o Senhor disse: “Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?”
(Gênesis 4:6). Por meio de um mensageiro angélico foi transmitida a
advertência divina: “Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se
não fizeres bem, o pecado jaz à tua porta” (Gênesis 4:7). A escolha
dependia de Caim mesmo. Se confiasse nos méritos do Salvador prometido e
obedecesse às ordens de Deus, desfrutaria do Seu favor. Mas, se
persistisse na incredulidade e transgressão, não teria motivos de queixa
por ser rejeitado pelo Senhor.
Mas, em vez de reconhecer o seu pecado, Caim continuou a queixar-se da
injustiça de Deus e acalentar inveja e ódio a Abel. Rancorosamente
censurou seu irmão e tentou arrastá-lo a controvérsia com respeito ao
trato de Deus para com eles. Com mansidão, se bem que destemida e
firmemente, Abel defendeu a justiça e bondade de Deus. Indicou o erro de
Caim e procurou convencê-lo de que a falta estava com ele. Acentuou a
compaixão de Deus ao poupar a vida de seus pais, quando Ele os poderia
ter punido com morte instantânea, e insistiu em que Deus os amava, ou
então não haveria dado a Seu Filho, inocente e santo, para sofrer a pena
em que eles tinham incorrido. Tudo isto fez com que a ira de Caim mais
se acendesse. A razão e a consciência lhe diziam que Abel tinha razão;
mas ele estava enraivecido de que aquele que estivera acostumado a
atender seus conselhos pretendesse agora discordar dele; e de que não
pudesse ganhar simpatia em sua rebeldia. No furor do seu ódio, matou o
irmão.
Caim odiou e matou o irmão, não por qualquer falta que Abel houvesse
cometido, mas “porque as suas obras era más e as de seu irmão, justas”
(1 João 3:12). Assim, em todos os tempos os ímpios têm odiado os que
eram melhores do que eles. A vida de Abel, de obediência e inabalável
fé, era para Caim uma reprovação perpétua. “Todo aquele que faz o mal
aborrece a luz, e não vem para a luz, para que suas obras não sejam
reprovadas” (João 3:20). Quanto mais brilhante for a luz celestial que
se reflete do caráter dos fiéis servos de Deus, tanto mais claramente se
revelam os pecados dos ímpios e mais decididos serão seus esforços para
destruir os que lhes perturbam a paz.
O assassínio de Abel foi o primeiro exemplo de inimizade que Deus
declarou que existiria entre a serpente e a semente da mulher – entre
Satanás e seus súditos e Cristo e seus seguidores. Por meio do pecado do
homem, Satanás ganhara o domínio sobre a raça humana, mas Cristo a
habilitaria a sacudir este jugo. Quando quer que pela fé no Cordeiro de
Deus uma alma renuncie o serviço do pecado, acende-se a ira de Satanás. A
vida santa de Abel testificava contra a pretensão de Satanás de que é
impossível ao homem guardar a lei de Deus. Quando Caim, movido pelo
espírito do maligno, viu que não podia dominar Abel, irou-se de tal
maneira que lhe destruiu a vida. E onde quer que haja alguém que esteja
pela reivindicação da justiça da lei de Deus, o mesmo espírito se
manifestará contra ele. É o espírito que através de todos os séculos
acendeu a fogueira ardente para os discípulos de Cristo. Mas essas
crueldades amontoadas sobre os seguidores de Jesus são instigadas por
Satanás e sua hoste, porque não podem eles obrigá-los a sujeitarem-se ao
seu domínio. É a cólera de um adversário vencido. Todo o mártir por
Jesus morreu como vencedor. Diz o profeta: “Eles venceram [aquela antiga
serpente, chamada o diabo e Satanás] pelo sangue do Cordeiro e pela
palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte”
(Apocalipse 12:11, 9).
Caim, o homicida, logo foi chamado para responder por seu crime. “E
disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão?” (Gênesis 4:9). Caim
tinha avançado tanto no pecado que perdera a intuição da presença
contínua de Deus e de Sua grandeza e onisciência. Assim recorreu à
falsidade para esconder sua culpa.
De novo diz o Senhor a Caim: “Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão
clama a Mim desde a terra” (Gênesis 4:10). Deus dera a Caim oportunidade
para confessar seu pecado. Tivera tempo para refletir. Compreendera a
enormidade da ação que praticara e da falsidade que proferira para a
ocultar; mais ainda, foi rebelde e a sentença não mais se procrastinou. A
voz divina, que tinha sido ouvida em solicitações e admoestações,
pronunciou as terríveis palavras: “E agora maldito és tu desde a terra,
que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão.
Quando lavares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e
vagabundo serás na Terra” (Gênesis 4:11).
Apesar de Caim haver merecido a sentença de morte pelos seus crimes, um
Criador misericordioso ainda lhe poupou a vida e concedeu-lhe
oportunidade para o arrependimento. Mas Caim viveu apenas para endurecer
o coração, para incentivar a rebelião contra a autoridade divina e
tornar-se o chefe de uma linhagem de pecadores ousados e perdidos. Esse
único apóstata, dirigido por Satanás tornou-se o tentador para outros; e
seu exemplo e influência exerceram uma força desmoralizadora, até que a
Terra se corrompeu e se encheu de violência a ponto de reclamar sua
destruição.
Poupando a vida do primeiro homicida, Deus apresentou diante de todo o
Universo uma lição que dizia respeito ao grande conflito. A tenebrosa
história de Caim e seus descendentes foi uma ilustração do que teria
sido o resultado de permitir ao pecador viver para sempre, para
prosseguir com a rebelião contra Deus. A paciência de Deus apenas tornou
o ímpio mais ousado e desafiador em sua iniqüidade. Quinze séculos
depois de pronunciada a sentença sobre Caim, o Universo testemunhou os
frutos de sua influência e exemplo, no crime e corrupção que inundaram a
Terra. Tornou-se manifesto que a sentença de morte pronunciada contra a
raça decaída pela transgressão da lei de Deus, era não somente justa,
mas misericordiosa. Quanto mais vivessem os homens em pecado, mais
perdidos se tornariam. A sentença divina, abreviando uma carreira de
desenfreada iniqüidade, e livrando o mundo da influência dos que se
tornaram endurecidos na rebeldia, era uma bênção e não uma maldição.
Satanás está constantemente em atividade, com intensa energia e sob mil
disfarces para representar falsamente o caráter e governo de Deus. Com
planos extensos e bem organizados e com poder maravilhoso está o Ser
infinito e todo sabedoria, vê o fim desde o princípio, e, ao tratar com o
mal, Seus planos foram de grande alcance e compreensivos. Foi o Seu
intuito não somente abater a rebelião, mas demonstrar a todo o Universo a
natureza da mesma. O plano de Deus estava a desdobrar-se, mostrando
tanto Sua justiça como Sua misericórdia, e amplamente reivindicando Sua
sabedoria e justiça em Seu trato com o mal.
Os santos habitantes de outros mundos estavam a observar com o mais
profundo interesse os acontecimentos que se desenrolavam na Terra. Na
condição do mundo que existira antes do dilúvio, viram o exemplo dos
resultados da administração que Lúcifer se esforçara por estabelecer no
Céu, rejeitando a autoridade de Cristo e pondo à parte a lei de Deus.
Naqueles arrogantes pecadores do mundo antediluviano, viram os súditos
sobre os quais Satanás exercia domínio. O pensamento do coração dos
homens eram só maus continuamente. Cada emoção, cada impulso e
imaginação estava em conflito com os divinos princípios de pureza, paz e
amor. Isto foi um exemplo da terrível depravação resultante da astúcia
de Satanás, de remover das criaturas de Deus a restrição de Sua santa
lei.
Pelos fatos manifestos no andamento do grande conflito, Deus demonstrará
os princípios de Suas regras de governo, que foram falsificadas por
Satanás e por todos que ele enganou. Sua justiça será finalmente
reconhecida pelo mundo inteiro, embora este reconhecimento haja de se
fazer demasiado tarde para salvar os rebeldes. Deus tem consigo a
simpatia e aprovação do Universo inteiro, enquanto passo a passo Seu
grande plano avança para o completo cumprimento. Tê-la-á consigo na
extirpação final da rebelião. Ver-se-á que todos os que abandonaram os
preceitos divinos colocaram-se ao lado de Satanás, em luta contra
Cristo. Quando o príncipe deste mundo for julgado, e todos os que com
ele se uniram participarem de sua sorte, o Universo inteiro, como
testemunha da sentença declarará: “Justos e verdadeiros são os Teus
caminhos, ó Rei dos santos” (Apocalipse 15:3).
Ellen White - Patriarcas e Profetas - páginas 40, 41, 42, 43, 44 e 45.