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sábado, 22 de setembro de 2012

De inútil para útil

Ele antes lhe era inútil, mas agora é útil, tanto para você quanto para mim. Filemom 11

Não sabemos como começou a história de Onésimo, tampouco sabemos o que aconteceu depois que Paulo enviou esse escravo fugitivo de volta para seu mestre, Filemom, presumidamente com sua carta pessoal em mãos. Pela lógica, porém, podemos supor qual foi o início da história desse escravo e um fascinante detalhe da história da igreja primitiva nos dá ideia do que aconteceu depois.
Parece claro que Onésimo, ao fugir para a liberdade (mesmo correndo grande risco sob a lei romana), se tornou cristão após o encontro com Paulo na prisão. Se isso aconteceu em Roma, como é provável, a chance de esse encontro ocorrer deve ter sido muito pequena. Roma era uma cidade de aproximadamente um milhão de pessoas. O que pode ter colocado Onésimo em contato com o apóstolo? A Mão divina, claro. Quem sabe Paulo tenha encontrado o jovem ao visitar o lar de Filemom (se é que isso aconteceu). Talvez antes de o escravo fugir, ele já soubesse que Paulo estava na prisão. Quem sabe, tocado pelo amor do encontro anterior, ele tenha decidido procurar Paulo na prisão.
Temos mais certeza dos fatos ao considerar o restante da história. Paulo enviou Onésimo de volta ao seu mestre com o pedido de que Filemom o recebesse bem, não mais como escravo, mas como irmão (versos 16, 17). Se Onésimo devia alguma coisa a Filemom, Paulo garantiu que pagaria a dívida (v. 19). Em seguida, Paulo escreveu: “Escrevo-lhe certo de que você me obedecerá, sabendo que fará ainda mais do lhe que peço” (v. 21).
O que a frase “ainda mais” poderia envolver? Certamente apenas uma coisa: libertar Onésimo.
Filemom entendeu a mensagem e agiu de acordo. Se esse não fosse o caso, a carta de Paulo não teria subsistido. Filemom a teria jogado fora.
O jovem Onésimo, aparentemente nascido na escravidão, recebeu um nome comum a escravos: Onésimo significa “útil”. Mas, em vez disso, ele se tornou inútil, como menciona Paulo. “Mas agora é útil, tanto para você quanto para mim” (v. 11).
Talvez saibamos o que aconteceu com Onésimo. Aproximadamente 50 anos depois de Paulo escrever a Filemom, um personagem chamado Inácio escreveu ao líder da igreja de Éfeso. A carta foi preservada e, através dela, temos certeza de que Inácio tinha conhecimento da carta de Paulo a Filemom. Ele brinca com o significado das palavras “útil” e “inútil”, assim como Paulo. Você sabe qual o nome da pessoa para quem Inácio enviou a carta, o bispo da igreja de Éfeso? Onésimo!
Que história de perdão, de graça transformadora!

Jesus: a Preciosa Graça - Willian G. Johnson - meditação matinal do dia 13 de setembro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A conduta mais estranha

Por isso, mesmo tendo em Cristo plena liberdade para mandar que você cumpra o seu dever, prefiro fazer um apelo com base no amor. Filemom 8, 9

Paulo tinha um escravo fugitivo em suas mãos. De alguma forma, Onésimo encontrou Paulo na prisão, ouviu as boas-novas de sua boca e decidiu se tornar cristão. Agora, cheio de sentimento, Paulo escreve para Filemom, proprietário de Onésimo. Em seguida, o que faz? Envia Onésimo de volta!
O que se passa na cabeça de Paulo? Por que não escreve para Filemom repreendendo-o por negar a Criação e o evangelho ao tornar outra pessoa seu escravo? Por que não mantém o jovem Onésimo com ele para tornar a infeliz vida na prisão um pouco mais fácil?
Ao enviar Onésimo de volta para Filemom, Paulo o sujeita a correr risco de morte. A lei romana estabelecia severas penalidades para escravos fugitivos: Onésimo poderia ser legalmente crucificado, ser lançado para lampreias vorazes ou, na melhor das hipóteses, ser marcado com ferro quente, o que deixava uma cicatriz permanente e visível para evitar fugas futuras.
A escravidão era algo comum no Império Romano, e Filemom não foi o único professo seguidor de Jesus Cristo que tinha escravos. Em suas cartas, Paulo se refere várias vezes à relação entre mestres e escravos. Aos coríntios, ele escreveu: “Foi você chamado sendo escravo? Não se incomode com isso. Mas, se você puder conseguir a liberdade, consiga-a” (1Co 7:21). Em outras ocasiões, advertiu os escravos a servirem seus senhores com honestidade e fidelidade e aconselhou os proprietários a tratarem os escravos com justiça e amor (Ef 6:5-9; Cl 3:22; 1Tm 6:1, 2; Tt 2:9, 10). Em nenhum lugar Paulo disse para os proprietários libertarem os escravos, tampouco aconselha os escravos a tentarem se revoltar. O que aconteceu com o valor moral de Paulo?
Estava bem onde Deus colocou. Com a institucionalização da escravidão dentro da sociedade de sua época e sendo os cristãos uma minoria sem apoio legal, teria sido imprudente instigar uma mudança na ordem social. Paulo, no entanto, estava envolvido em mudar a ordem social. Sua mensagem, o evangelho da graça, plantou ideias que eram verdadeiras bombas-relógio, contando o tempo até o momento de “explodir” a escravidão para sempre. Para bombas-relógio como essa “não há [...] escravo nem livre, [...] pois todos são um em Cristo Jesus” (Gl 3:28) e “não há [...] escravo e livre, mas Cristo é tudo e está em todos” (Cl 3:11).
A graça ainda é uma bomba-relógio.

Jesus: a Preciosa Graça - Willian G. Johnson - meditação matinal do dia 13 de setembro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O proprietário de escravos

Talvez ele tenha sido separado de você por algum tempo, para que você o tivesse de volta para sempre, não mais como escravo, mas, acima de escravo, como irmão amado. (Filemom 15, 16)

Filemom, a quem Paulo se referiu como “amado cooperador” (v. 1) e em cujo lar a igreja se reunia (v. 2), era um proprietário de escravos. Ele possuía pelo menos um escravo, Onésimo, que fugiu e encontrou Paulo na prisão, onde decidiu se tornar cristão. Como pode ser? Não é isso uma contradição, um paradoxo?
Alguns anos atrás, liguei a televisão para assistir ao noticiário e acompanhei uma reportagem que me deixou chocado e ao mesmo tempo horrorizado.
A câmera captou imagens de uma exposição fotográfica do vil capítulo da história norte-americana que ocorreu desde o fim do século 19 até o início do século 20:
a era do linchamento. As fotografias me deixaram revoltado e uma em especial ainda permanece nitidamente em minha mente. Ali está um grupo de homens e alguns meninos inclinados sobre o parapeito de uma ponte, fitando a lente da câmera fotográfica. Em sua face não há nenhum sinal de vergonha ou remorso. Atrás deles, um corpo carbonizado pendurado por uma corda amarrada no tronco de uma árvore. Na sequência, mostrou-se a fotografia de um cartão-postal expedido no dia seguinte com a inscrição: “Fizemos churrasco ontem à noite.”
O que dizer da escravidão na época de Paulo? Quem sabe tenha sido diferente. Sim e não. O Império Romano era mantido através da escravidão. Grande porcentagem da população era composta de escravos. Ao contrário do que aconteceu na América, a escravidão na época de Paulo não tinha base étnica. As pessoas se tornavam escravas pelo fato de nascerem de pais escravos, por meio da pirataria ou por causa de dívidas. A condição dos escravos variava muito. Alguns escravos eram altamente educados, tutores, filósofos ou músicos. Gerenciavam comércios ou empresas e administravam províncias.
Os proprietários de escravos, porém, tinham poder absoluto sobre eles.
Os escravos não tinham permissão para adquirir bens, não podiam se casar legalmente e poderiam ser separados da esposa e dos filhos caso o proprietário assim desejasse. Não tinham direito à justiça, nenhum lugar para fugir e pedir asilo.
A escravidão era uma escola em que se aprendia a covardia, a lisonja, a desonestidade e a mais baixa imoralidade.
Filemom, o querido amigo de Paulo, era proprietário de escravo. Como isso foi possível? Porque a prática não caminhava de mãos dadas com o conhecimento. O evangelho da graça ainda não dominava completamente a vida dele.

Jesus: a Preciosa Graça - William G. Johnson - meditação matinal do dia 12 de setembro de 2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Feriado abençoado!

Foi um final de semana maravilhoso! O melhor feriado da Independência do Brasil da minha vida! Sensacional, muito bom, delicioso, agradável, abençoado! Pena que acabou.
Em 2007, passei esse feriado que caiu numa sexta-feira em Belo Horizonte. Foi bom, mas não tanto. Em 2009, estava em Vitória. Já foi melhor do que o primeiro, mas nada que se compare ao de 2012. Minha esposa veio a Fortaleza, após termos comprado a passagem em cima da hora, pois já não agüentávamos mais ficar tanto tempo sem nos ver. Já fazia 60 e poucos dias. “Coincidiu” de ser também a festa de inauguração da TV Novo Tempo em Fortaleza.
Na noite de quinta-feira praticamente não dormi e o motivo nada tem a ver com o que a mente poluída de vocês está imaginando. É que ela chegou de madrugada e eu fui buscá-la no aeroporto. Claro, vestido com roupas que só uso para encontrar pessoas especialmente importantes. Deu certo, pois ela aprovou.
Ela também estava linda! É incrível, pois a vi em março aqui em Fortaleza e depois em junho, nas minhas férias em São Paulo, e em junho ela estava mais linda do que em março. Mas agora em setembro, ela estava mais linda do que em junho. Não sei se é estratégia dela, mas durante o tempo em que não nos vemos, ela diz que está engordando, comendo demais, com uma barriga enorme e eu fico imaginando uma baleia. Mas desta vez, achei-a até mais magra do que da última e, pelo que ela tinha me falado, estava 3 kg acima do peso. Se está, está muito bem distribuído.
Lagoinha

Estou feliz porque também consegui mostrar a ela dois lugares onde costumo jantar para ela ver como são próximos e também se situar, quando eu disser “estou no Villas” ou “estou no Bitonho”. Além disso, também agradeço muito a Deus a oportunidade de cumprir a promessa feita a ela em março: a de que voltaríamos a praia da Lagoinha. Localizada a 124 quilômetros de Fortaleza, no município de Paraipaba, a praia da Lagoinha é com certeza um dos cartões postais do Ceará. Com 15 Km de extensão, sua paisagem é composta de uma larga faixa de areia fina e escura, lagoas de água doce, coqueiros e um mar verde de deixar qualquer um de boca aberta. Quem visita a Lagoinha tem certeza que esta é a praia dos sonhos. Uma paisagem de cinema contracena com jangadas e pipas de praticantes de kitesurf. Havia muitos kitesurfistas lá e vimos rapazes literalmente voando. Mas de repente, quando fomos pegar a máquina para fotografar, sumiram todos. Incrível!
Bem... em março, quando estivemos lá, fizemos o passeio “3 em 1”. Um passeio só com direito a andar de buggy, catamarã e pau-de-arara. Passeio maravilhoso, pois de buggy, subimos em dunas onde podemos contemplar por um ponto de vista melhor a belíssima obra do nosso Criador. Passamos também pela Lagoa dos Jegues, que tem esse nome por causa dos jegues selvagens da região que bebem água daquela lagoa.

Jegues selvagens
Quando termina o passeio de buggy, embarcamos num catamarã para atravessar a Lagoa das Alméssegas e onde temos o direito de desfrutar meia hora do banho na lagoa. A estrutura para atendimento é espetacular. O único problema é que não aceita cartão. Tem que ser tudo “no dinheiro”. Mas é compreensível pelo fato da preservação do local. Meia hora é nada num lugar desses. O tempo voa e logo subimos no pau de arara, onde um miniguia vai contando piadas, enquanto voltamos para o restaurante que é o ponto de encontro. Quando a gente aproveita esse passeio que realmente deve ser aproveitado, sobra pouco tempo para a praia. Água morna, minha esposa teve que ser praticamente arrancada do mar na hora de ir embora. Prometi a ela que voltaríamos. E pela misericórdia divina voltamos antes, muito antes do que eu imaginava quando fiz a promessa. Dessa vez obviamente não fizemos o passeio “3 em 1” de novo. Quisemos aproveitar a praia! E novamente ela parecia criança. Foi bom, foi ótimo vê-la se divertindo no mar. Ela estava realmente feliz! Eu também. Porém eu estava mais feliz por ela do que por mim mesmo. A praia da Lagoinha é maravilhosa? Sim, é maravilhosa! Completamente diferente de todas que eu visitei na minha vida? Sim, completamente diferente! Mas ela, provavelmente por ser natural de um estado que não tem praias, divertiu-se muito mais. Bronzeamo-nos, descansamos e brincamos como crianças na praia.
Catamarã para atravessar a Lagoa das Alméssegas

Cansamos, claro, e, na volta, dormimos no micro-ônibus. Chegando na pousada, foi só o tempo de tomar banho, trocar de roupa e sair para a reunião do P.G. (Pequeno Grupo de oração) do qual faço parte e encontro nas sextas-feiras à noite. Os irmãos gostaram dela e ela sentiu-se muito bem entre eles.
Talvez o maior motivo de eu glorificar o nome de Deus tenha mesmo sido a presença dela na inauguração da TV Novo Tempo aqui em Fortaleza.
Quem me acompanha, sabe que eu tenho participado de muitos eventos visando à honra e glória divinas. E o meu maior desejo é que ela possa assistir às programações que eu assisto, ouvir os sermões que eu ouço, cantas as músicas que eu canto, pois sei que ela também está buscando a santificação. Então foi simplesmente deleitoso, mais do que ir à igreja com ela e participar do culto de adoração, distribuir livros A Grande Esperança no bairro, divulgar a TV Novo Tempo, agora em canal aberto, sintonia 25 e ir com ela ao grande evento que trouxe o presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Ted Wilson. Mais de 10 mil pessoas se reuniram no espaço Logos e 3 pessoas que conheceram a mensagem evangélica através da TV Novo Tempo batizaram-se neste dia.

Dia muito especial para a capital do Ceará. Que bom que você esteve aqui!
A TV Novo Tempo, canal 25, sinal aberto em Fortaleza tem sido o instrumento usado para Deus fazer milagres. E milagres estão acontecendo aqui em Fortaleza. Gente perdida está sendo encontrada. Viciados estão deixando seus vícios e pessoas sem nada estão recebendo esperança. De graça.
Como se não bastasse, nós dois (minha esposa e eu) fomos chamados para fazer parte da plataforma no culto de sábado pela manhã. Ela deu as boas vindas. Nem é daqui. Foi pela graça de Deus. E eu fiz uma das orações.
Orem pela TV Novo Tempo, para que ela chegue a mais capitais do Brasil em sinal aberto.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O sustento diário da oração

 A chave para andar em Espírito é encontrada nas palavras de Jesus: "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o lavrador. Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer" (João 15:1,4,5).
Há vários elementos envolvidos para entrar nesse tipo de comunhão. Um deles é a oração. A essência da experiência cristã é iniciar e manter um relacionamento íntimo com Deus. É para este propósito que fomos salvos de nossos pecados. Contudo, quão poucos se dedicam a essa intimidade bendita. Freqüentar uma igreja é importante, mas nosso elo com a Videira deve ser mantido diariamente. Imagine como seria um casamento fundamentado em nada mais do que um encontro formal uma ou duas vezes por semana.
Ter um tempo de oração todo dia é essencial para a vida de um cristão. A oração conduz ao poder transformador da vida do Espírito Santo. Da mesma maneira que Deus fala conosco por meio da Sua Palavra, falamos com Ele por meio da oração. Orar é simplesmente falar com Deus. Não se deve ter preocupação em ser eloqüente. O Senhor procura uma conversa real! Ele é nosso melhor Amigo, e é assim que o cristão deve se comunicar com Ele.






Da mesma forma como qualquer novo hábito espiritual, desenvolver uma vida de oração pode ser inicialmente difícil. Começa tendo uma firme convicção de que a oração é uma parte essencial da vida diária. A pessoa que firma o propósito de cultivar um tempo devocional regular pode achar que aquele tempo parece arrastar-se lentamente no princípio. Isso muda gradualmente conforme o hábito se consolida. A pessoa logo se achará esperando ansiosamente por suas devocionais matutinas. Em breve, a duração do tempo dedicado a estar em comunhão com Deus aumentará.
Existem pelo menos três elementos primordiais para uma vida eficaz de oração. Um deles é que a pessoa deve definir qual será seu estilo de oração. Alguns gostam de ficar em um quarto, onde podem sentir-se livres para falar com Deus, sem se preocupar que alguém os ouça. Outros gostam de escrever suas orações, uma vez que isso os ajuda a manter seus pensamentos focados no Senhor. Pessoalmente, sempre achei mais fácil concentrar-me e falar com o Senhor andando. Onde quer que eu esteja, seja em minha casa em Kentucky ou em alguma cidade distante, tenho o mesmo ritual toda manhã. Tomo uma xícara de café e estudo a Bíblia durante uma hora, então saio para uma caminhada de oração por outra hora. Cada pessoa precisa definir para si mesma o que funciona para ela.
Outro elemento-chave é quando orar. Se for possível, é sempre melhor orar de manhã. O Senhor deve receber os primeiros frutos do dia. A maioria das pessoas ajusta seus despertadores somente para ter tempo suficiente para preparar-se a fim de ir trabalhar. O cristão que está seriamente interessado em desenvolver um tempo com Deus dará início a uma rotina de deitar-se e levantar-se mais cedo. Tentar encaixar à força um tempo de oração em um horário matutino já agitado nunca funcionará. Logo será abandonado.
A última coisa que deve ser considerada é quanto tempo passar em oração. Basicamente, quanto mais tempo gasto com o Senhor, melhor. O que é falado com Deus não é tão importante quanto somente estar com Ele. Os relacionamentos não são estabelecidos somente em palavras; são também fundamentados na comunicação não-verbal. Por exemplo, eu e minha esposa podemos estar na mesma sala, sem dizer uma palavra, apenas desfrutando a companhia um do outro. Isso é o que Deus deseja. O Senhor anseia passar tempo com aqueles a quem ama. Como já mencionamos, desenvolver uma vida devocional não é fácil. O homem que está apenas começando a desenvolver uma vida de oração deve evitar sobrecarregar-se. É muito melhor ser fiel dez minutos por dia que passar esporadicamente uma hora de uma vez. O hábito nunca se estabelece na vida de uma pessoa inconstante. Enquanto a oração não for uma parte regular da rotina, será sempre enfadonha. Depois de se estabelecer como um elemento firme no início de cada dia, torna-se fácil. E torna-se um bom hábito!
Quando a pessoa iniciar essa nova experiência, é também importante não cometer o erro de olhar para o relógio; o tempo vai parecer passar lentamente. Sempre dou uma olhada em meu relógio quando estou saindo para dar meu passeio. Quando parece que já se passou uma hora desde que saí, olho novamente as horas somente para me certificar de que não estou voltando muito rápido. Normalmente passo mais de uma hora em oração, mas é muito importante para mim não passar menos de uma hora. Aqueles que estão no quarto devem virar o relógio de forma que não possa ser visto. Alguns podem querer acertar seu relógio de pulso (ou até mesmo um temporizador fora do quarto) que os informará de que seu tempo acabou.
Conforme essa rotina diária se tornar parte da vida da pessoa, logo descobrirá que orar não é mais uma tarefa difícil. Na realidade, descobrirá, em breve, que dez minutos passam voando e que ela precisará orar por 15 minutos para cobrir todos os seus interesses. Depois que essa importante disciplina espiritual for estabelecida, Deus começará a dar-lhe o encargo pelas almas daqueles ao seu redor. Nesse momento, sua vida de oração começa a entrar em uma nova fase. Ela penetra no campo da intercessão.
Conforme a vida devocional da pessoa progride, ela começa também a passar mais tempo adorando ao Senhor. Essa é uma parte integral do crescimento em nosso amor por Deus. Algumas pessoas adoram a Deus enquanto escutam música gospel que apreciam. Porém, é importante lembrar que simplesmente entoar canções de que se gosta não é o mesmo que verdadeiramente entrar em espírito de adoração. Jesus disse: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4:23-24).
Se a pessoa adora verdadeiramente a Deus, existe algo que flui de seu coração em direção ao Senhor. É o que Jesus quis dizer quando falou de adorar em espírito e em verdade. No entanto, há grupos como Vineyard, Hillsong, Maranatha e Hosanna que parecem ter uma unção verdadeira para o louvor e adoração. Algumas pessoas podem beneficiar-se muito, passando um tempo imerso neste tipo de música cristã.
Algo muito poderoso acontece no reino espiritual quando uma pessoa começa a louvar verdadeiramente a Deus. O louvor sincero limpa totalmente a atmosfera da atividade demoníaca. Lembro-me de estar certa vez em pé no culto da capela na época em que cursava na faculdade de Teologia. Passávamos um tempo cantando toda manhã, mas naquele dia em particular, tivemos a impressão de ter entrado em nível mais alto de adoração. Quando fechei meus olhos, formou-se um quadro em minha mente. Bem no alto, acima de nós, estava a presença de um Deus santo, e entre os estudantes e o Senhor, existia uma nuvem densa de trevas satânicas. Essa presença demoníaca mantinha-nos longe Dele, mas conforme levantávamos nossas vozes em louvor, aquela nuvem feia se separava e logo se dissipou. Nosso louvor abriu uma passagem direta até Deus!
Randy Sager conta a história de quando ele e outros foram usados para entrar nos piores bairros de São Francisco para testemunhar aos outros. Antes de entrar nas ruas e dar início às conversas, o pequeno grupo se reunia na rua e passava um tempo cantando e louvando ao Senhor. Uma noite, quando ele estava caminhando pela rua, um mendigo, com uma aparência imunda, saiu de um beco e chamou Randy. O homem lhe mostrou um distintivo e disse que era um policial disfarçado. Ele disse: “Não sei o que o seu pessoal está fazendo, mas toda vez que vocês chegam aqui, os índices de criminalidade caem para zero!”
Em outra ocasião, uma multidão irada de homossexuais militantes apareceu e começou a proferir insultos contra o pequenino grupo de cristãos. A situação ficou sobrecarregada de ódio. Quando parecia que os ativistas gays iriam atacá-los, Randy, bem quieto, começou a louvar a Deus. Logo os outros cristãos compreenderam e se uniram a ele no louvor. A fúria da turba diminuiu e eles saíram da cena quietos. Não há dúvida de que a verdadeira adoração ajuda a pessoa a entrar em Espírito.

Steve Gallagher - No altar da idolatria sexual - páginas 247, 248, 249, 250 e 251.