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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A morte nada significa

Ao serem eles [os justos] chamados de seu profundo sono, começam a pensar exatamente onde haviam parado. A última sensação foi a agonia da morte, o último pensamento o de que estavam prestes a cair sob o poder da sepultura. Ao se levantarem da tumba, seu primeiro alegre pensamento se expressará na triunfante aclamação: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (I Coríntios 15:55).
Para o crente, Cristo é a ressurreição e a vida. Em nosso Salvador é restaurada a vida que se perdera mediante o pecado; pois Ele possui vida em Si mesmo, para vivificar a quem quer. Acha-Se investido do direito de conceder a imortalidade. A vida que Ele depusera como homem, Ele reassumiu e concedeu aos homens. “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” (João 4:14). “Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:54).
Para o crente a morte não é senão de pouca importância. Cristo fala dela como se fora de pouco valor. “Se alguém guardar a Minha palavra, nunca verá a morte”, “nunca provará a morte” (João 8:51,52). Para o cristão a morte não é mais que um sono, um momento de silêncio e escuridão. A vida está escondida com Cristo em Deus, e “quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória” (Colossense 3:4).
A voz que bradou da cruz: “Está consumado” (João 19:30), foi ouvida entre os mortos. Penetrou as paredes dos sepulcros, ordenando aos que dormiam que despertassem (Mateus 27:52,53). Assim será quando a voz de Cristo for ouvida do Céu. Ela penetrará as sepulturas e abrirá os túmulos, e os mortos em Cristo ressurgirão. Na ressurreição do Salvador, algumas tumbas foram abertas, mas em Sua segunda vinda todos os queridos mortos Lhe ouvirão a voz, saindo para uma vida gloriosa, imortal. O mesmo poder que ressuscitou a Cristo dentre os mortos erguerá Sua igreja, glorificando-a com Ele, acima de todos os principados, de todas as potestades, acima de todo nome que se nomeia, não somente neste mundo, mas também no porvir.
Os Seus fiéis serão recompensados quando, em Sua vinda, a morte perder o seu aguilhão e à sepultura for roubada a vitória que tem pretendido. Então Ele restaurará a Seus servos os filhos que a morte lhes tomou: “Assim diz o Senhor: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por eles, porque já não existem. Assim diz o Senhor: reprime a tua voz de choro, e as lágrimas dos teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois os teus filhos voltarão da terra do inimigo. E há esperança no derradeiro fim para os teus descendentes, diz o Senhor, porque os teus filhos voltarão para o teu território” (Jeremias 31:15-17). Traduzindo: o Senhor está consolando a toda mãe cujas crianças lhes foram roubadas pela morte. Ele está dizendo que as crianças vão ressuscitar, elas serão restauradas, é a promessa do Senhor Deus Todo-Poderoso.
A ressurreição de Cristo foi um modelo da final ressurreição de todos quantos nEle dormem. O semblante do Salvador ressuscitado, Sua maneira, Sua linguagem, tudo era familiar aos discípulos. Como Jesus ressurgiu dos mortos, assim hão de ressuscitar os que nEle dormem. Reconheceremos os nossos amigos da mesma maneira que os discípulos reconheceram a Jesus. Talvez hajam sido deformados, doentes, desfigurados nesta vida mortal, ressurgindo em plena saúde e formosura; no entanto, no corpo glorificado será perfeitamente mantida a identidade. Então conheceremos assim como também somos conhecidos (I Coríntios 13:12). No rosto glorioso da luz que irradia da face de Cristo, reconheceremos os traços daqueles que amamos.
O maior dom de Deus é Cristo, cuja vida é nossa, pois nos foi dada. Ele morreu por nós e ressuscitou em nosso favor, a fim de que pudéssemos sair da sepultura para um glorioso companheirismo com os anjos celestiais, encontrar-nos com nossos entes queridos e reconhecer-lhes a fisionomia, pois a semelhança com Cristo não destrói sua imagem, mas a transforma à gloriosa imagem dEle. Todos os santos aqui ligados por laços familiares conhecerão ali uns aos outros.
Nossa identidade pessoal é preservada na ressurreição, se bem que não as mesmas partículas de matéria ou substância material que foram para a sepultura. As maravilhosas obras de Deus são um mistério para o homem. O espírito, o caráter do homem, volta a Deus para ser preservado. Na ressurreição toda pessoa terá o caráter cultivado no tempo de graça concedido, ou seja, durante a sua vida. Deus, em Seu devido tempo, despertará os mortos, dando novamente o fôlego de vida e ordenando que os ossos secos vivam. Aparecerá a mesma forma, mas estará isenta de doenças e de todo defeito. Revive apresentando as mesmas características pessoais, de modo que um amigo reconheça o outro. Não há lei de Deus na natureza que revele que Deus restitui as mesmas e idênticas partículas de matéria de que se compunha o corpo antes da morte. Deus dará aos justos falecidos um corpo que Lhe apraz.
Paulo ilustra esse assunto pelo grão de cereal semeado no campo. O grão plantado se decompõe, mas aparece um novo grão. A substância natural da semente que se decompõe jamais é ressuscitada como antes, mas Deus lhe dá um corpo segundo Lhe apraz. O corpo humano compor-se-á de um material muito mais requintado, pois é uma nova criação, um novo nascimento. “Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual” (I Coríntios 15:44). 

Ellen White - Visões do Céu, páginas 37, 38, 39 e 40. 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Consagração pessoal

Profano = antônimo de sagrado. Tudo aquilo que não é sagrado, é profano.
Sagrado = consagrado. Tudo aquilo que é dedicado a Deus ou todos aqueles que se dedicam a Deus.
Uma pessoa pode ser consagrada e, nesse caso, geralmente, todos os seus bens também serão: carro, computador, casa.
Um carro consagrado, por exemplo, é um carro que serve para dar carona a pessoas que queiram ir à igreja, mas não possam, por falta de meio de transporte. Um carro consagrado pode dar carona a algum irmão que more no caminho de casa na volta do culto. Quantas vezes eu mesmo já fui beneficiado pelo irmão Gilson, em Fortaleza, que semanalmente me deixava na esquina de casa após o culto de sábado, me ajudando a ganhar, pelo menos, 30 minutos no trajeto. Além do bate-papo no caminho, o que é sempre ótimo para estreitar os laços na igreja de Deus. Pois “nisto conhecerão que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros” (João 13:35). Um carro consagrado também não toca músicas profanas, porque profano é o antônimo de sagrado, lembram?
Um computador consagrado, do mesmo modo, não toca esse estilo de música pelo mesmo motivo. Não acessa sites pornográficos nem entra em salas de bate-papo para procurar o que não perdeu. Se você pesquisar o histórico de navegação de um computador consagrado ao SENHOR, você verá que ele acessa blogs cristãos, podcasts religiosos, usa o Youtube para assistir pregações, ouvir hinos da igreja e assistir DVD's igualmente consagrados. Um computador consagrado acessa os sites oficiais e extra-oficiais de sua igreja. E de outras também. Acessa sites de rádio e TV sagrados – sim, existe canal de televisão consagrado e a TV não precisa ser a imagem da besta – e pode eventualmente logar em alguma rede social, desde que com a intenção de pregar o evangelho.
Uma casa consagrada é uma casa onde se faz culto familiar de manhã e à tarde. É uma casa onde se ora antes de cada refeição para agradecer a bênção do alimento. Numa casa consagrada não existem ídolos nem vestígios de rituais ordenados por tradições humanas (alho, sal grosso atrás da porta). Numa casa consagrada, principalmente e acima de tudo, os membros da família toleram-se em amor. Raramente um ergue a voz para o outro. Há apoio nas dificuldades e júbilo nas vitórias, que são compartilhadas. Uma casa consagrada é o refúgio de seus membros, um lugar aonde você sempre tem vontade de voltar, inclusive se você for visita. Todos sentem-se bem dentro de uma casa consagrada, porque nela habita o Espírito de Deus e onde Ele habita, reina a paz.
Isso não quer dizer que o carro, o computador ou a casa não possam ser roubados, sofrer acidentes ou quebrar. Principalmente porque, se algo ou alguém é consagrado a Deus, esse algo ou alguém vira imediatamente alvo da ira de Satanás, que fará de tudo para derrubar a pessoa. Mas significa um certo sossego, porque a pessoa consagrada sabe que “se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Salmos 127:1).
A pessoa que vive assim, colocando todos os seus bens a serviço e disposição do SENHOR, tornar-se-á cada dia mais forte, cada dia mais firme e, por isso mesmo, começará a perseguição. Dirão que você é fanático, que regrediu intelectualmente, porque você não faz mais certas coisas que os perseguidores fazem, você não come nem bebe o que eles comem e bebem e o seu estilo de vida denuncia o deles. A sua luz mostra que eles estão nas trevas. Sem falar nada, você diz tudo e vira “telhado de vidro, saco de pancadas”.
Se você for mesmo consagrado, Deus operará a transformação prometida em Ezequiel 36:26,27 e lhe dará um coração novo, onde estarão registrados todos os preceitos de Sua santa Palavra e você será capaz de compreender os que vos perseguem, pois lembrará de I Coríntios 2:14: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.
Você entende que está em lado diametralmente oposto ao deles: suas cosmovisões são diferentes, vocês colocam vossas esperanças em coisas e pessoas completamente diferentes e suas fontes de prazer são totalmente opostas. O homem natural acha que o espiritual é louco e vice-versa. Afinal, um ama estar na igreja, o outro no bar. Um ama a presença de Deus; o outro, a de Satanás, do pecado. “Que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?” (II Coríntios 6:14).
Alguém assim passa a viver pelos princípios celestes e torna-se mais do Céu do que da Terra. É por isso que eu oro: para que você e eu tenhamos o mesmo desejo e, para que quando Cristo vier, apenas faça a nossa transferência corporal da Terra para o Céu. Porque a nossa mente, a nossa moral, a nossa alimentação, o nosso lazer, as nossas finanças, tudo já estará lá.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A Igreja

"Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima" (Hebreus 10:25).

Um freqüentador de igreja escreveu para o editor de um jornal e declarou que não fazia sentido ir aos cultos todos os domingos: "Eu tenho ido à igreja por 30 anos e durante esse tempo devo ter ouvido uns três mil sermões. Mas, por minha vida, com exceção de um ou outro, não consigo lembrar a maioria deles. Assim, eu penso que estou perdendo meu tempo e os pastores também estão desperdiçando o tempo deles".
Essa carta iniciou uma grande controvérsia na coluna "Cartas ao Editor", para alegria do editor-chefe do jornal, que recebeu diversas cartas, das quais, ele decidiu publicar esta resposta de outro leitor: "Eu estou casado há mais de 30 anos. Durante esse tempo minha esposa deve ter cozinhado umas três mil refeições. Mas, por minha vida, com exceção de uma ou outra, eu não consigo me lembrar da maioria delas, mas de uma coisa eu sei: todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer meu trabalho. Se minha esposa não tivesse me dado essas refeições, eu e nossos filhos estaríamos desnutridos ou mortos. Da mesma forma, se eu não tivesse ido à igreja para alimentar minha alma e a da minha família, estaríamos hoje em terríveis condições espirituais" (www.sitedopastor.com.br).

O que é a igreja?

A igreja é a comunidade de crentes que confessam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Em continuidade do povo de Deus nos tempos do Antigo Testamento, somos chamados para sair do mundo e nos unirmos para prestar culto, para comunhão, para instrução na Palavra, para a celebração da Ceia do Senhor, para o serviço a toda a humanidade e para a proclamação mundial do evangelho. A igreja recebe sua autoridade de Cristo, o qual é a Palavra encarnada, e das Escrituras, que são a Palavra escrita. A igreja é a família de Deus. Adotados por Ele como filhos, seus membros vivem com base no novo concerto. A igreja é o corpo de Cristo, uma comunidade de fé, da qual o próprio Cristo é a cabeça. A igreja é a noiva pela qual Cristo morreu, para que pudesse santificá-la e purificá-la. Em Sua volta triunfal, Ele a apresentará a Si mesmo igreja gloriosa, os fiéis de todos os séculos, a aquisição de Seu sangue, sem mácula, nem ruga, porém santa e sem defeito.

O fundamento da igreja

Dominado pela ira, o idoso homem desferiu um golpe na grande rocha que tem diante de si, com a vara que carregava nas mãos (Números 20:10). Mas, uma vez que atribuiu a si próprio o milagre da água que brotou da rocha, em vez de atribuí-lo à verdadeira Rocha, que é Cristo, Moisés pecou. Em virtude desse pecado, não pôde entrar na Terra Prometida (Números 20:7-12).
Em seu último sermão apresentado ao povo de Israel, Moisés - talvez recapitulando o incidente - utilizou a metáfora da rocha para descrever a estabilidade e confiabilidade de Deus: "Engrandecei o nosso Deus. Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os Seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há Nele injustiça; é justo e reto" (Deuteronômio 32:3,4). Séculos mais tarde, Davi ecoou o mesmo tema: "De Deus dependem a minha salvação e a minha glória; estão em Deus a minha forte rocha e o meu refúgio" (Salmos 62:7).
Pedro testificou que Cristo preencheu essa predição, não na qualidade de pedra comum, mas de "pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus, eleita e preciosa" (1 Pedro 2:4). Paulo identificou-O como o único fundamento seguro, dizendo: "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Coríntios 3:11). Referindo-se à rocha que foi ferida por Moisés, ele afirmou: "E beberam da mesma fonte espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo" (1 Coríntios 10:4). O próprio Jesus Cristo utilizou a imagem diretamente ao declarar: "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16:18). Coisa alguma poderia prevalecer contra uma igreja construída sobre tão sólido fundamento, por Ele mesmo representado. Dessa Rocha águas vivificadoras haveriam de fluir para saciar a sede das nações.

A igreja e o mundo

Como cidadãos, os membros da igreja procedem do mundo, pois todos pertencem a alguma nação, raça ou família. Todavia, ao se tornarem membros do corpo de Cristo, recebem outra cidadania, passando a ser cidadãos do reino dos Céus. Os membros da igreja devem ser distintos do mundo, pois a Bíblia considera o mundo um elemento corruptor, que pode destruir o caráter distintivo do crente (1 João 2:15,16).
"Por conseguinte, é um grave equívoco dos crentes quando a igreja tenta incorporar em seus cultos os entretenimentos mundanos, incluindo a música profana, na tentativa de atrair as pessoas. É impossível alguém imaginar Jesus atraindo multidões com um conjunto musical que executasse a música que se ouvia na corte de Herodes, como aquela que foi usada quando da dança sensual de Herodias" (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, volume 3, página 226).

A igreja e a cruz

Com a vinda de Jesus, Israel foi colocada sobre uma linha divisória. O povo de Deus esperava um Messias que viria para libertar a nação, mas não um Messias que os libertasse de si mesmos. Na cruz, a bancarrota do Israel espiritual se tornou evidente. Ao crucificarem a Cristo, demonstraram externamente a decadência que grassava no íntimo. Quando clamaram: "Não temos rei senão César" (João 19:15), recusaram-se permitir que Deus governasse sobre eles.
Na cruz, duas missões opostas atingiram o clímax: a primeira dizia respeito a uma igreja equivocada, tão centralizada em si mesma que não conseguia ver o próprio Ser que a trouxera à existência; a segunda foi a missão de Cristo, tão centralizada no amor às pessoas que Se ofereceu para morrer no lugar delas, a fim de poder conceder-lhes existência eterna.

Uma igreja distinta

Ao passo que a cruz significou o fim da missão de Israel, a ressurreição de Cristo inaugurou a igreja cristã e sua missão. A igreja do Novo Testamento foi edificada tanto com judeus convertidos, quanto com gentios que creram em Jesus Cristo. Assim, o verdadeiro Israel é composto por todos aqueles que, pela fé, aceitam Cristo. A igreja do Novo Testamento difere significativamente de sua congênere do Antigo Testamento. A igreja apostólica se tornou uma organização independente, separada da nação israelita. Fronteiras nacionais foram removidas, concedendo à igreja um caráter universal. Em lugar de uma igreja nacional, se tornou ela uma igreja missionária, cuja existência tinha em vista cumprir o propósito original de Deus, e que foi reafirmado por divino mandato de Seu fundador, Jesus Cristo.
A igreja não é o templo, não é uma atividade. De fato, a igreja sou eu. Onde eu estiver, aí está a igreja, a noiva do Cordeiro, coluna e baluarte da verdade, a porta da salvação para o pecador. A igreja pode ser classificada como:

1) igreja visível: é a igreja de Deus organizada para o serviço.
2) igreja invisível: é composta dos filhos de Deus em todo o mundo. Inclui os crentes que estão dentro da igreja visível e muitos outros que, embora não pertencendo à igreja visível, têm seguido a luz que Cristo lhes concedeu (João 1:9).

Eu faço parte da igreja visível. Sou como uma carta aberta e lida por todos e por intermédio do Espírito Santo, Deus conduz Seu povo da igreja invisível para uma união com Sua igreja visível. É somente nesta que eles poderão experimentar plenamente a verdade de Deus, Seu amor e companheirismo, já que Ele concedeu à igreja visível os dons espirituais que edificam seus membros individualmente (Efésios 4:4-16).
O conselho da Palavra de Deus nunca foi tão atual. Se há um tempo em que necessitamos congregar-nos, esse tempo é hoje, pois vivemos no tempo em que, sem dúvida, podemos afirmar que o "Dia do Senhor" se aproxima.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O sonho

Um helicóptero zunia sobre sua cabeça e o vento fazia com que seus cabelos lhe atingissem os olhos. Em seguida, o aparelho voou a uma curta distância. Anka correu na direção dele, pois viu que havia descido perto de sua casa. O helicóptero parou, uma escada de corda foi desenrolada e, por ela, desceu um homem elegantemente vestido. Enquanto isso, Anka se dirigiu ao quintal de sua casa, onde já estavam muitos vizinhos.
Ao chegar, ela cumprimentou o estranho. Ele colocou a mão no peito e se inclinou levemente respondendo ao cumprimento.
Então, Anka acordou. Pensou sobre o sonho e tentou imaginar qual seria o significado. Ela não conhecia o homem que saiu do helicóptero, em seu sonho, mas o rosto dele, principalmente os olhos, ficaram gravados em sua mente.
A irmã de Anka e o cunhado eram adventistas do sétimo dia recém-batizados e sempre a convidavam para ir à igreja. Mas Anka não estava interessada. Certo dia, a irmã a convidou para assistir a um batismo. Anka ficou curiosa, pois nunca havia assistido a um batismo de adultos e perguntava a si mesma como poderia ser. Então aceitou o convite.
No dia da cerimônia, Anka acompanhou a irmã e a família até a cidade. A congregação se reunia em uma antiga lanchonete e não tinha batistério. Ela estava ansiosa para ver a cerimônia, mas desconfiava da igreja e de seus ensinamentos. Por esse motivo, sentou-se perto da saída e ficou preparada para fugir rapidamente, caso fosse necessário. As pessoas começaram a cantar enquanto esperavam a chegada do pastor. Anka não conhecia as músicas, por isso, limitou-se a ouvir. Então, percebeu uma pequena agitação na entrada e voltou-se para ver quem estava chegando. Ela engasgou-se... Era o mesmo homem que tinha visto no sonho! Emudeceu de surpresa, mas conseguiu acenar para ele com a cabeça. Ele respondeu com a mão no peito em uma leva reverência exatamente como havia acontecido no sonho. Aturdida, ela sentou-se enquanto o homem caminhava em direção à plataforma da igreja e participava do culto. Quando ele se levantou para conduzir a cerimônia batismal, Anka chorou de alegria. Compreendeu que Deus Se importava com ela, a ponto de enviar um sonho e conduzi-la ao lugar em que desejava que ela estivesse naquele dia especial.
Depois do culto, Anka foi convidada para almoçar com a irmã e o cunhado. Para surpresa dela, o pastor se sentou à mesma mesa. Ela prestou muita atenção ao que ele falava, mas não sentiu coragem para contar sua experiência. Perguntava a si mesma se ele sabia que Deus havia mostrado a ela o rosto dele em sonho. Naquele mesmo dia, ela decidiu freqüentar a Igreja Adventista do Sétimo Dia. A atenção de Deus para com a vida dela derreteu seu coração. Anka continuou freqüentando a igreja fielmente e aprendeu mais sobre o cuidado pessoal divino. Um ano depois o mesmo pastor que lhe havia aparecido no sonho realizou seu batismo.
Após o batismo, Anka se aproximou timidamente de Ginka, a esposa do pastor, e disse a ela: "Deus me enviou um sonho há mais de um ano. Naquele sonho, vi seu esposo usando exatamente a mesma roupa que ele usava na primeira vez em que fui a igreja. Foi assim que descobri que Deus Se importa comigo e que desejava que eu participasse dessa igreja".
Ginka sorriu. "Obrigada!", disse. "Você não sabe, mas relutamos em aceitar o chamado para este lugar, pois eu não estava bem. Porém, Deus me impressionou a vir. O batismo que você viu foi o primeiro batismo que meu marido realizou nesse distrito".
Deus não precisa de servos. Ele vai concluir Sua obra de qualquer jeito pelo Seu próprio poder e força e isso vai acontecer conosco ou sem nós. Servimo-Lo, porque O amamos, porque é um prazer e aqueles que entenderem isso, abandonarão pecados secretos, pois não importa o que os outros pensem de nós, mas sim o que Deus pensa.

domingo, 1 de setembro de 2013

Sinais do fim

"E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores". (Mateus 24:6-8)
Antes de eu conhecer Cristo e entender a Sua Palavra - exatamente nesta ordem: primeiro, a gente conhece Jesus; depois, conforme nossa amizade com Ele aprofunda-se, passamos a entender melhor a Sua Palavra. Pois bem... antes de eu conhecer Jesus, Sua Palavra e o grande conflito em que estamos envolvidos, eu ouvia falar em guerras e rumores de guerras, terremotos e catástrofes naturais e achava que aqueles que apregoavam o fim dos tempos eram loucos, fanáticos, pois, pensava eu, essas coisas sempre aconteceram na história, desde que o mundo é mundo.
Essa é uma das diferenças fundamentais entre as cosmovisões evolucionista e criacionista. Enquanto para os evolucionistas, o pecado é normal, algo que sempre esteve presente no mundo - aliás, evolucionistas nem falam em pecado - os criacionistas sabem que não estamos evoluindo, mas ao contrário, involuindo. Antes do diúvio, ninguém morria antes de completar 900 anos; a força física do ser humano era quatro vezes e meia maior e eram também muito mais altos, atingindo facilmente os 3m de altura. Criacionistas vêem em Jesus sua única salvação, pois crêem que o relato da criação e queda do homem é literal. Evolucionistas crêem que podem evoluir numa seqüência infinita de reencarnações e, por isso, não levam o pecado tão a sério e até se permitem cometer um "pecadinho leve", pois podem "descontar na próxima vida". Só que não tem próxima vida. Nem anterior. Deus é muito claro nesse aspecto, quando diz: "E, assim, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hebreus 9:27). Que cosmovisão triste! Não oferece nenhuma esperança!
Se isso fosse verdade, que esperança teria eu de reencontrar meu pai, morto há 19 anos? Certamente, ele já teria reencarnado. Na ressurreição dos justos, quando Jesus voltar, está a minha esperança!
O diabo, com essa doutrina, tem enganado a muitos. Ele é mestre na arte do engano e vem fazendo isso desde o Éden. Quando Deus disse: "E o SENHOR Deus deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Então a serpente disse à mulher: é certo que não morrereis" (Gênesis 2:16,17; 3:4). Quando Jesus alerta sobre guerras, fomes e terremotos, também é enfático ao dizer: "ainda não é o fim". No entanto, nessa hora, Satanás desperta alarmistas dizendo: "É o fim! É o fim!"
Percebam que o engano é muito sutil. Quando Deus diz "sim", Satanás diz "não"; quando Deus diz "não", Satanás diz "sim". É uma palavra pequena numa frase longa, mas que muda todo o sentido. A gente quase não percebe. Na verdade, a maioria não percebe mesmo. Nossa única salvaguarda é a Bíblia. Somente conhecendo o que Deus diz, é que podemos reconhecer quando a mensagem não é de Deus. Jesus vai voltar. Podem ter certeza. A história do pecado vai acabar. Prestem atenção no versículo 8: "porém tudo isto é o princípio das dores". Que dores? Em outros discursos, Jesus compara o sofrimento do Seu povo a uma mulher em trabalho de parto (João 16:21). Logo, as dores a que Jesus se refere, são as de uma mulher prestes a dar à luz. E como são essas dores? Cada vez mais intensas e freqüentes. É dessa forma que devemos entender os versículos anteriores: guerras e rumores de guerras, fomes e terremotos em vários lugares. Basta observar a quantidade de terremotos fortes que vêm ocorrendo. Nos últimos 9 anos, tivemos no Chile, Haiti, Indonésia e Japão, todos com altíssimo poder destrutivo.
95% das profecias bíblicas já se cumpriram. Os últimos 5% estão se cumprindo. Não há razão para duvidar da volta de Jesus, do Seu sacrifício vicário na cruz e, por conseguinte, do relato da Criação e queda do homem.