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quinta-feira, 31 de março de 2011

Uma questão de escolha

Não lembro quantos anos faz que escrevi o texto abaixo. Sei apenas que faz bastante tempo. Se alguém puder me ajudar, escrevi logo após assistir ao filme JOGOS MORTAIS IV. Eu estava em São Vicente (litoral paulista) e, ao sair do cinema, não parava de pensar na mensagem do filme: “VALORIZE SUA VIDA”. Gosto muito da série por causa disso. O filme nos faz pensar. Ao sair do cinema, sozinho como eu estava, decidi caminhar pouco.
Só pensar seria pouco. Era preciso escrever. Parei na primeira choperia pela qual passei, pedi um chope, que veio acompanhado de uma porção de amendoim, papel, caneta e escrevi. Gostei tanto do resultado que guardei até hoje.

“A escolha é sua: viver ou morrer”. Viver. Sempre. A luta pela vida marca o ser humano desde o nascimento. A luta pela vida é a maior de todas as batalhas. Tanto que todo ser humano que vê a morte de frente ou que “morre e volta”, como naquelas EQM (Experiência de Quase Morte), diz que passa a ver a vida de outra forma.
Esta era a proposta de John (vilão-protagonista da série JOGOS MORTAIS). Se o jogador vencesse, veria a vida de outro jeito. Viver ou morrer? O sapato ou a vida? Os anéis ou os dedos? Os dedos ou a vida? Os olhos ou a vida? A escolha é sua. Não escolher já é uma escolha. A pior das escolhas. Escolher a inércia é escolher a morte. Lenta e dolorida.Tome uma atitude. Mexa-se. Faça uma escolha. Mas lembre-se: cada escolha implica uma renúncia. Cada escolha muda sua vida. Não tente salvar os outros. Só eles podem se salvar. Salve a si mesmo. Não tente evitar o sofrimento alheio. Todo seu esforço será em vão. Cada um evita o próprio sofrimento. Evite o seu. “Valorize sua vida”.
Valorize sua vida mais do que tudo. Mais do que valoriza seu marido, sua mulher e seus filhos. Nada é mais importante. Que esse negócio de dar a vida pelo outro é besteira. Falar, qualquer um fala. O Lula falou que era contra a reeleição. Na hora do “vamos ver, são outros 500”. Nem Jesus deu a vida dele em troca de outras. Ninguém faria isso. Ele foi sacrificado porque era um revolucionário. Porque pregava contra o status quo. Foi sacrificado porque era um homem a frente do seu tempo e, como todo gênio, incompreendido no tempo em que vive. Os romanos mataram-no para que servisse de exemplo. Para que nenhum outro engraçadinho voltasse a dizer aquelas besteiras. A mensagem que o maior de todos deixou foi: “Ame o próximo como a ti mesmo”. Jigsaw, sabendo ser impossível tal conduta, mudou a mensagem: “Ame a sua vida e cada um com seus problemas”.