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terça-feira, 19 de novembro de 2013

O Servo Sofredor


  1. Quem crê na mensagem de que Cristo morreu em nosso lugar? Quem compreende isso? É difícil acreditar que a conta está paga? Queremos pagar o preço da salvação.
  2. Mas Ele veio fazer isso por nós. Nasceu como uma plantinha no meio do deserto. Ele se destacava entre a multidão. Seu jeito de falar era diferente. Seu gesticular era suave. Ele transpirava amor.
  3. Nós achávamos isso feio. No nosso mundo, não é comum ser assim, não é comum fazer o que Ele fazia e nós julgamos e condenamos aquilo que não é normal em nosso mundo. Você tem dores? Físicas, emocionais? Ele foi um homem de dores. Ele suou sangue! Você acha que tem sofrido na vida? Ele sabe o que é padecer.
  4. Com certeza, Ele tomou sobre Si as nossas doenças e sentiu todas as nossas dores. Mas nós O chamávamos de "Coitado", pensávamos que o Pai não O amava e que Ele nada fizera para merecer aquilo.
  5. De fato, Ele nada fizera. Fomos nós que fizemos e era nós que merecíamos todo aquele sofrimento. Aquela cruz era nossa. Por amor, de livre espontânea vontade, Ele tomou o nosso lugar e nós, pela fé, recebemos a paz que Ele merecia. Seus algozes o pisaram para que nós fôssemos curados.
  6. Nós andávamos perdidos, seguindo aquilo que achávamos certo. E o SENHOR fez cair sobre Ele os erros de todos nós.
  7. Vocês já viram uma ovelha no "corredor da morte"? Ela não berra até o último minuto. Assim foi o Servo do SENHOR. Humilhado, ultrajado, falsamente acusado e suportou tudo calado.
  8. A lei exigia a morte do pecador. Nenhum dos Seus antepassados imaginou que seria Ele. Logo Ele, que não tinha pecados. Mas Ele morreu por causa dos pecados do meu povo, no qual eu também me incluo.
  9. Ele foi crucificado entre ladrões. Como se ladrão o fosse. Seu corpo foi tomado por um homem rico e na sepultura da família deste homem, o Messias foi colocado. Nunca, nem por palavras nem por pensamentos, houve injustiça nEle.
  10. No entanto, o Pai regozijou-Se com Seu sofrimento e morte. E isso simplesmente porque sabia que, por causa daquele único sacrifício, muitos seres humanos se salvariam.
  11. E também porque o próprio Filho ainda veria o resultado de Seu trabalho: a justificação dos pecadores por Seu conhecimento e sabedoria. O Servo do Senhor, o Justo, ficará satisfeito também ao ver os salvos reunidos 
  12. e será glorificado por todas as criaturas. Ele Se misturou aos que não amam, pagou o preço de seus pecados e, neste exato momento, está intercedendo por cada um deles no santuário celestial.

Amém.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Três gerações derrotadas

A seleção brasileira de futebol masculino já poderia ser octacampeã mundial. Se tivesse vencido as finais de 1950 e 1998, quando chegaram ao estádio como são-paulinos, usando sapato de salto alto em vez de chuteiras; e a de 1982 que não se sabe por que capricho futebolístico, uma das melhores equipes já montadas por um dos melhores técnicos que esse país já teve (Telê Santana), não conseguiu avançar às semifinais da Copa do Mundo da Espanha.
Diferenças e semelhanças fundamentais se nos apresentam às três gerações de “derrotados”. A geração de 1998 era composta por veteranos da Copa de 1994, quando o Brasil foi  tetracampeão mundial, nos Estados Unidos da América, como Taffarel, Aldair, Dunga, Leonardo e Bebeto; e por craques a ser pentacampeões mundiais na primeira Copa da Ásia, em 2002, como Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo e Ronaldo. Essa é uma geração que usou a derrota para amadurecer, superou o sentimento de culpa e transformou o fracasso num degrau para o sucesso.
A geração de 1950 ficou marcada na história como uma geração de perdedores. Nenhum daqueles jogadores que disputaram e perderam aquela final contra o Uruguai teve uma nova chance de se redimir, ao contrário do que aconteceu à geração de 1998. O Brasil da época era o único país que se dispôs a receber o evento cinco anos após o término da Segunda Guerra Mundial. Jogando em casa, o selecionado brasileiro era o favorito para conquistar o torneio e, antes do jogo final, aplicou uma implacável goleada no selecionado espanhol: 6 a 1. A imprensa brasileira, na ocasião, já dava o time como campeão e era como se o Uruguai não existisse. Certamente essas coisas interferiram na mente dos jogadores, que acharam que a vitória viria a qualquer momento. Quando terminou o primeiro tempo com 1 a 0 no placar para o Brasil, é provável que os jogadores tivessem comemorado nos vestiários, pois, ainda por cima, a equipe dependia apenas de um empate para ser campeã. Isso porque naquela Copa, não era o sistema “mata-mata”, como é hoje. Por isso, a partida contra a Espanha não pode ser chamada de semifinal. A fase final foi formada por seis equipes e todas jogavam contra todas. Quem somasse mais pontos seria o campeão. Por isso, o Brasil dependia apenas de um empate para conquistar seu primeiro título mundial de futebol.
Quando voltaram para o segundo tempo, ninguém acreditou no que aconteceu. Os brasileiros esqueceram que precisavam confirmar o título nos últimos 45 minutos e, enquanto os uruguaios voltaram com raça e vontade de vencer a partida, o time brasileiro ficou olhando pasmo e sem acreditar no que via. O empate e a virada uruguaia vieram e os brasileiros aprenderam uma dura lição naquele dia: que aqueles que se exaltam serão humilhados, mas aqueles que se humilham serão exaltados.
A geração de 1982 era “infalível”. Como um time que tinha Falcão, Cerezo, Zico e Sócrates poderia ser derrotado? Tanto podia que foi. E a maioria dos jogadores daquela geração não teve outra chance. Zico, sim, teve outra chance na Copa do Mundo seguinte (1986-México). Desperdiçou-a também quando o goleiro francês Bats defendeu o pênalti batido pelo Galinho no final da prorrogação. A lição que podemos tirar é que nada nem ninguém é infalível, exceto Deus. Dois é melhor do que um (Eclesiastes 4:9). Uma equipe é melhor do que um craque, porque “uma andorinha voando sozinha não faz verão”. O craque perdeu o pênalti. A equipe inteira perdeu a Copa. Mas a geração de 1982 não era composta por um único craque. Eram vários. Talvez por isso mesmo tenham se achado imbatíveis. A visão que os outros têm de nós influenciam muito a nossa própria visão sobre nós mesmos. Por isso, às vezes precisamos sofrer alguma frustração. A fim de que caiamos na real e vejamos que não somos a última bolacha do pacote nem a única fonte de água mineral no deserto.

Assim, mostramos que as diferenças entre as três gerações são as chances que os jogadores tiveram, uns em Copas do Mundo anteriores, outros em Copas do Mundo posteriores de ser campeões mundiais e outros ainda não tiveram suas chances. Já as semelhanças destacam-se na falta de humildade das três gerações que, nos casos das de 1950 e 1998, principalmente após as vitórias e classificações conquistadas, pensaram que eram campeões mesmo sem jogar o último jogo. Sofreram humilhações históricas!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Proclamação mundial

“E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mateus 24:14).

Desde que eu conheci a Verdade, uma questão me incomodava: como o evangelho será pregado em todo o mundo?
No início da minha conversão, eu lia muito o blog NOSSAS LETRAS E ALGO MAIS. Ainda leio, mas reforço o início da minha conversão devido à importância daquele blog para que eu firmasse minha fé.
A autora deste blog compartilha conosco áudios e vídeos bíblicos usados por Deus para despertar a fé, fazer crescê-la e estabelecê-la. Às vezes, eu fico tão maravilhado com as palavras do amor divino que ouço na internet que exclamo: “Senhor, que bênção! O que seria do mundo se não fosse essa ferramenta espetacular que o Senhor disponibilizou?!”
Tem muita porcaria na internet? Tem. Violência, pornografia, jogos de azar... Satanás pega as bênçãos de Deus e as torce, distorce, deturpa... já falamos sobre isso. Como o ser humano é inclinado ao pecado, a tendência maior é preferir o erro e por isso Satanás tem prosperado. Apesar disso, a internet não pode ser tachada como bênção ou maldição. Tudo depende do uso que se faz dela. E então chegamos à resposta da pergunta que me afligiu: o evangelho já está sendo pregado em todo o mundo através da internet. A internet é uma rede que liga todo o mundo. Uma pessoa lá nas ilhas Fiji pode ler o que está sendo escrito neste blog.
O site www.apocalipserevelado.com, por exemplo, teve 200.000 downloads no ano de 2012, de gente do Brasil, dos Estados Unidos da América, da China e do Japão. Outro site que cresce de maneira espantosa é o www.biblecast.com.br: apenas nos 6 primeiros meses de existência, foram 13.000 downloads. E assim, tem se propagado a mensagem da salvação por todo o mundo. Muitos não se convertem, mas o que importa é que conheçam a mensagem do amor de Deus, que deu Seu próprio Filho para que se cumprisse a lei e não precisássemos morrer mais.
A TV NOVO TEMPO, com seus programas disponibilizados na internet também tem feito com sucesso a obra de Deus. O programa EVIDÊNCIAS demonstra cientificamente, com provas arqueológicas que podemos confiar na Bíblia. O programa NA MIRA DA VERDADE responde perguntas difíceis de qualquer pessoa, de toda e qualquer religião e até de pessoas que querem apenas contestar as verdades bíblicas, tentando mostrar aparentes contradições.
Está chegando o fim. Está muito próximo. A obra da pregação do evangelho por todo o mundo está sendo concluída e Jesus prometeu que, logo após isso acontecer, Ele virá. No Irã, um homem morreu por se converter ao cristianismo, trazendo à tona o cumprimento de mais uma profecia: “Clamaram em grande voz dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que se completasse o número dos seus conservos e irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram” (Apocalipse 6:10,11). Sabemos que o irmão iraniano é um ótimo exemplo, porque foi noticiado no Jornal Nacional. Mas não é o único. Na China e no mundo muçulmano, muitos morrem por se converterem a Cristo. E a religião cristã não é uma religião que possa ficar escondida. Quando conhecemos Jesus, queremos contar pra todo mundo o que Ele fez por nós. E a profecia de que nesses últimos tempos ainda alguns morreriam para juntar-se àqueles que foram queimados nas fogueiras da Idade Média está se cumprindo.
Não devemos ter dúvidas sobre a solenidade dos tempos em que estamos vivendo. Não devemos deixar para amanhã a entrega do nosso coração a Jesus. Não vale à pena morrer. Não vale à pena rejeitar esse amor. Por que? Por causa de cerveja, de novela, de futebol? Nada, nada se compara à eternidade ao lado dAquele que nos amou até a morte. E morte de cruz.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A unidade no corpo de Cristo

Na oração sacerdotal (João 17), pronunciada no jardim do Getsêmani, a principal preocupação na mente de Cristo era a unidade de Sua igreja – aqueles que haviam saído “do mundo” (João 17:6). Ele pleiteou com o Pai em favor de uma unidade, no seio da igreja, que fosse semelhante àquela experimentada pela Divindade. Ele orou para que todos fossem um; “e como és tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu me enviaste” (João 17:21).
Semelhante unidade é o mais poderoso testemunho que a igreja pode oferecer, pois ele provê a evidência do abnegado amor de Cristo pela humanidade. Ele afirmou: “Eu neles, e Tu em Mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que Tu Me enviaste e os amaste, como também amaste a Mim” (João 17:23).
Um homem visitava um hospício. O enfermeiro lhe mostrava pacientemente os vários setores daquela casa. Intrigado com a flagrante desproporção entre o número de funcionários e o de enfermos ali internados, o visitante perguntou: “Vocês não tem medo de que os internos se unam e agridam vocês? Afinal, eles são em número muito maior!”
O enfermeiro respondeu: “Oh, não! Ninguém precisa ficar com medo. Os loucos nunca se unem” (www.sitedopastor.com.br).
Que tipo de unidade tinha Cristo em mente para Sua igreja?

1.                  Unidade no Espírito  - em sua defesa da unidade da igreja, Paulo afirmou: “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1 Coríntios 12:12,13).
O Espírito Santo é a força impelente por trás da unidade da igreja. Por Seu intermédio são os crentes conduzidos até ela. Ao chamar os membros de todas as nacionalidades e etnias, o Espírito Santo batiza-os num único corpo, o corpo de Cristo – a igreja. À medida que eles crescem em Cristo, as diferenças culturais não mais causam divisão. O Espírito Santo quebra as barreiras entre ricos e pobres, altos e baixos, homens e mulheres. Compreendendo que à vista de Deus todos eles são iguais.

2.                  Unidade de fé – a diversidade de dons não implica, porém, em diversidade de crenças. A base de nossa fé é a Palavra de Deus: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus” (Romanos 10:17). Falando da unidade, Ellen White assim se expressou: “Deus está guiando um povo do mundo para a exaltada plataforma da verdade eterna – os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Disciplinará e habilitará Seu povo. Eles não estarão em divergência, um crendo uma coisa e outro tendo opiniões e fé inteiramente opostas, e movendo-se cada qual independentemente do conjunto. Pela diversidade dos dons e governos que Ele pôs em Sua igreja, todos alcançarão a unidade da fé. Se alguém forma seu próprio conceito no tocante à verdade bíblica, sem atender à opinião de seus irmãos, e justifica seu procedimento alegando que tem o direito de pensar livremente, impondo suas ideias então aos outros, como poderá cumprir a oração de Cristo? E se outro e outro ainda se levantam, cada qual afirmando seu direito de crer e falar o que lhe aprouver, sem atentar para a fé comum, onde estará aquela concórdia que existia entre Cristo e Seu Pai?” (A Igreja Remanescente, páginas 25 e 26).
Nos últimos dias, a igreja de Deus será composta por pessoas que compartilham as verdades do evangelho eterno. A vida dessas pessoas será caracterizada pela observância aos “mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (Apocalipse 14:12). Juntas, elas proclamam ao mundo o convite à salvação procedente de Deus.

A unidade é essencial à igreja. Sem ela, a igreja fracassará no desempenho de sua sagrada missão. Existem alguns benefícios na unidade para o fortalecimento da igreja e seu crescimento:

1)                 A unidade torna eficazes os esforços da igreja: “Os homens não obedecem às palavras de Jesus Cristo, buscando assim unidade na fé, no espírito e na doutrina. Não pelejam pela unidade do espírito pela qual Cristo orou e que tornaria o testemunho dos discípulos de Cristo eficiente em convencer o mundo de que Deus enviara Seu Filho para que todo aquele que nEle crê, não pereça, mas tenha vida eterna. Se entre os filhos de Deus houvesse a união por que Cristo orou, dariam eles um testemunho vivo e irradiariam resplendente luz que brilhasse entre as trevas morais do mundo” (A Igreja Remanescente, página 44).
É a unidade da igreja que a habilita a exercer consciente influência sobre os incrédulos e os mundanos.

2)                 A unidade revela a realidade do Reino de Deus. “Os anjos trabalham harmoniosamente. Perfeita ordem caracteriza todos os seus movimentos. Quanto mais aproximadamente imitarmos a harmonia e ordem dos anjos, tanto maior êxito terão os esforços desses agentes celestiais em nosso favor. Se não virmos necessidade de ação harmônica, e formos desordenados, indisciplinados e desorganizados em nossa maneira de agir, os anjos que são perfeitamente organizados e se movem em perfeita ordem não poderão com êxito trabalhar por nós. Eles se afastarão pesarosos, pois não estão autorizados a abençoar a confusão, distração e desorganização. Todos os que desejarem a cooperação dos mensageiros celestiais, devem trabalhar em harmonia com eles. Os que receberam a unção do Céu, em todos os seus esforços incentivarão a ordem, a disciplina e unidade de ação, e então os anjos de Deus poderão cooperar com eles. Mas nunca, jamais esses mensageiros celestes sancionarão a irregularidade, a desorganização e a desordem. Todos esses males são o resultado dos esforços de Satanás para enfraquecer-nos as forças, destruir-nos a coragem e evitar a ação bem sucedida” (A Igreja Remanescente, página 24).

3)                 A unidade demonstra a força da igreja. Uma igreja é verdadeiramente próspera e forte quando seus membros estão unidos a Cristo e uns com os outros, trabalhando harmoniosamente em favor da salvação do mundo. Uma igreja unida resistirá aos ataques satânicos, pois os poderes das trevas são impotentes contra uma igreja cujos membros amam uns aos outros, assim como Cristo os amou. O resultado de uma igreja unida pode ser comparado com o desempenho de uma orquestra. Quando os músicos estão afinando os instrumentos, eles produzem um som estranho e desagradável. Entretanto, quando o maestro aparece e todos os olhares se voltam para ele, obedecendo à sua regência, os sons desconexos dão lugar à beleza e harmonia.

Como alcançar a unidade?

“A causa da divisão e discórdia na família e na igreja é a separação de Cristo. Aproximar-se de Cristo é aproximarem-se uns dos outros. O segredo da verdadeira união na igreja e na família não é a diplomacia, o trato habilidoso, o sobre-humano esforço para vencer dificuldades – embora haja muito disto a ser feito – mas a união com Cristo” (Lar Adventista, página 179).
Quando Cristo iniciou Sua obra mediadora ao lado de Seu Pai no Céu, garantiu que o alvo de ter Seu povo unido não era uma ilusão. Através do Espírito Santo, Ele concedeu dons especiais, cujo propósito particular era estabelecer a “unidade da fé” entre os crentes. Ao analisar esses dons, Paulo disse que Cristo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres. Esses dons foram concedidos à igreja com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus.
Em nossa busca de unidade, não podemos sacrificar as verdades que fizeram de nós um povo distinto. A Bíblia, falando do Espírito Santo, afirma que Ele é o Espírito da verdade (João 15:26). Em Sua oração intercessora, Cristo pede ao Pai: “Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade” (João 17:17). Portanto, para que possam experimentar a unidade, os crentes devem receber a luz que brilha da Palavra.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O Espiritismo e seu Fim

Eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro” (Apocalipse 16:14).

O grande poder presente no espiritismo tem sua origem no grande líder rebelde, Satanás, príncipe dos demônios. É por meio de seus artifícios que os anjos maus são capazes de assumir o lugar dos mortos e, por meio da hipocrisia enganadora, levam os seres humanos a se relacionar com os demônios. Os que se comunicam com os supostos espíritos dos mortos estão se comunicando com aqueles que exercerão um poder pervertedor e degradante sobre a mente. Cristo nos ordenou que não tivéssemos relação alguma com feiticeiros e com aqueles que tratam com espíritos familiares.
Por anos, o espiritismo tem crescido em força e conquistado popularidade ao defender “certo tipo de fé” em Cristo. Assim, muitos protestantes estão obcecados com esse mistério da iniqüidade. Não é de surpreender que sejam enganados, pois persistentemente se mantém no erro de que, tão logo o fôlego deixa o corpo, o espírito imediatamente vai para o Céu ou para o inferno. Através da influência que essa doutrina exerce sobre eles, o caminho é preparado para a obra enganadora do príncipe das potestades do ar.
Ao ser o Espírito Santo retirado da Terra, o poder de Satanás se manifestará cada vez mais. O conhecimento que ele obteve por meio da conexão com Deus, como querubim cobridor, empregará agora para controlar seus súditos, que caíram de seu elevado estado. Usará todo o poder de seu intelecto superior para representar erroneamente a Deus e instigar rebelião contra Jesus Cristo, o Comandante do Céu. Na sinagoga de Satanás, ele subjuga sob seu cetro e sob seus conselhos, os agentes que pode usar para promover a adoração a si próprio. Não é estranho encontrar formas de refinamento e manifestações de grandeza intelectual na vida e no caráter daqueles que são inspirados por anjos caídos. Satanás pode comunicar conhecimento científico e dar às pessoas capítulos sobre filosofia. Ele é conhecedor da história e versado na sabedoria mundana.
Satanás usará seus agentes para operar diabólicos artifícios, a fim de dominar os santos de Deus. No entanto, o povo de Deus pode observar tranqüilamente o esquadrão de tropas do mal chegar à triunfante conclusão de que, porque Cristo vive, também viveremos. A confederação do mal será finalmente destruída. (Signs of the Times, 28 de maio de 1894)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Engano dos últimos dias

O Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1 Timóteo 4:1)

Antes das últimas manifestações da obra da apostasia, haverá uma confusão da fé. Não haverá idéias claras e definidas a respeito do mistério de Deus. Será deturpada uma verdade após a outra. Há muitos que negam a preexistência de Cristo e, com isso, negam sua divindade. Não O aceitam como Salvador pessoal. Essa é uma negação total de Cristo. Ele é o Filho unigênito de Deus, um com o Pai desde o início. Por Ele, os mundos foram criados.
Ao negar a encarnação miraculosa de Cristo, muitos rejeitam outras verdades de origem celestial e aceitam as fábulas de invenção satânica. Perdem o discernimento espiritual e praticam aquilo que lhes é trazido e impresso em sua mente por meio da intervenção de Satanás.
O espiritismo está prestes a cativar o mundo. Muitos há que julgam ser o espiritismo mantido por truques e imposturas, mas isso está longe da verdade. Um poder sobreumano está operando de várias maneiras, e poucos têm idéia do que será a manifestação do espiritismo no futuro.
O fundamento do êxito do espiritismo foi posto nas afirmações feitas nos púlpitos dos Estados Unidos da América. Os pastores têm proclamado como doutrina bíblica falsidades originadas no arquienganador. A doutrina da consciência após a morte, de o espírito dos mortos se comunicar com os vivos, não tem fundamento nas Escrituras. No entanto, essas teorias são afirmadas como sendo a verdade. Por meio dessa falsa doutrina, tem sido aberto o caminho para os espíritos dos demônios enganarem o povo, apresentando-se como os mortos. Instrumentos satânicos personificam os mortos, levando assim as pessoas ao cativeiro. Satanás tem uma religião, tem uma sinagoga e devotos adoradores.
Os sinais e maravilhas do espiritismo se manifestarão cada vez mais, à medida que o professo mundo cristão rejeitar a verdade abertamente revelada na Palavra de Deus e se recusar a ser guiado por um claro “assim diz o Senhor” (Jeremias 23:2), aceitando em seu lugar, doutrinas e mandamentos humanos.
A confederação do mal não subsistirá. Deus diz: “Ao Senhor dos exércitos, a Ele santificai; seja Ele o vosso temor, seja Ele o vosso espanto. Ele vos será santuário” (Isaías 8:13,14).

Revista Signs of the Times, 28 de maio de 1894

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O remanescente e sua missão

"Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (Apocalipse 12:7).

Ao descrever a batalha do dragão contra a mulher e sua descendência, João utilizou a expressão "os restantes da sua semente". Essa expressão significa "os que sobraram", ou "remanescentes". A Bíblia retrata o remanescente como um pequeno grupo de filhos de Deus que, ao longo das calamidades, guerras e apostasias, permanece fiel a Ele. Eles são "os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome" (Apocalipse 15:2).

Características do remanescente

O remanescente dos últimos dias não pode ser facilmente confundido. João os descreve em termos bastante específicos. É constituído por aqueles que "guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus". Eles têm sobre si a responsabilidade de proclamar, justamente antes do retorno de Cristo, a advertência final de Deus ao mundo, a tríplice mensagem angélica de Apocalipse 14:6-12.
O povo remanescente de Deus é caracterizado por uma fé semelhante a que Jesus possuía. Ele reflete a inabalável confiança de Jesus em Deus e na autoridade das Escrituras. Crê que Jesus Cristo é o Messias da profecia, o Filho de Deus, que veio como o Salvador do mundo. Sua fé abrange todas as verdades bíblicas, as mesmas que Jesus pregava.
Os remanescentes se dedicam à proclamação do evangelho eterno, o evangelho da salvação pela fé em Cristo Jesus. Eles advertirão o mundo que a hora do juízo de Deus é chegada, e procurarão fazer com que os outros se preparem para o breve encontro com o Senhor. Eles se envolverão numa missão de extensão mundial - "a cada nação, e tribo, e língua, e povo" (Apocalipse 14:6) - a fim de completar o testemunho divino à humanidade.
Está disposto a seguir o exemplo de obediência dado por Cristo: "A minha comida consiste em fazer a vontade dAquele que Me enviou e realizar a Sua obra" (João 4:34). Assim como Jesus guardou os mandamentos de Seu Pai, os remanescentes também obedecem aos mandamentos de Deus. O próprio Cristo afirmou: "Se guardardes os Meus mandamentos, permaneceis no meu amor; assim como também Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai e no Seu amor permaneço" (João 15:10).
Outra característica do remanescente é a de ser conduzido pelo "testemunho de Jesus". De acordo com Apocalipse 19:10, o testemunho de Jesus é o "espírito de profecia". Logo, o remanescente crê no dom profético concedido por Deus à Sua igreja.

O remanescente nos últimos dias

De acordo com as profecias bíblicas, principalmente as de Daniel e Apocalipse, o remanescente apareceria após a grande perseguição movido pelo "dragão" contra a "mulher" (Apocalipse 12:14-17). Os sensacionais eventos da Revolução Francesa, que culminaram com o aprisionamento do papa no fim dos 1.260 dias-anos (1.798 d.C.), e o cumprimento dos três grandes sinais cósmicos, assim descritos no evangelho de Mateus: "Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o Sol escurecerá, a Lua não dará sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados" (Mateus 24:29), conduziram a um grande reavivamento no estudo das profecias. Uma expectativa geral no tocante à iminente volta de Cristo foi observada. Por todo o mundo, muitos cristãos reconheceram que o "tempo do fim" havia chegado (Daniel 12:4).
A esperança do advento desenvolveu um espírito de profunda unidade entre seus participantes, e muitos se uniram para advertir o mundo do breve retorno de Cristo. O movimento adventista teve como base a Palavra de Deus. Quanto mais aquelas pessoas estudavam a Bíblia, mais e mais se convenciam de que Deus estava chamando um remanescente para prosseguir a estagnada reforma da igreja cristã. Eles próprios já haviam experimentado a ausência do espírito de reforma em suas respectivas igrejas, e falta de interesse no estudo e na preparação para o segundo advento. Seu estudo da Bíblia revelou que as provas e desapontamentos que Deus lhes permitira atravessar, constituíam uma experiência profundamente espiritual e purificadora, que os fizera unir-se como o povo remanescente de Deus. O Senhor os comissionara a prosseguir com a reforma que tanta alegria e poder trouxera à igreja.

A missão do remanescente

De acordo com as profecias do livro de Apocalipse, a missão do remanescente é apresentar as três mensagens angélicas (Apocalipse 14:6-12), que são uma resposta divina aos extraordinários enganos satânicos que varrem o mundo justamente antes do retorno de Cristo (Apocalipse 13:3,8,14-16). Imediatamente em seguida ao último apelo divino dirigido ao mundo, Cristo retorna para buscar os seus (Apocalipse 14:14-20).
O primeiro anjo simboliza o remanescente de Deus levando o evangelho eterno a todo o mundo. Esse evangelho contém as boas-novas do infinito amor de Deus que os antigos profetas e os apóstolos proclamaram (Hebreus 4:2). O remanescente não apresenta um evangelho diferente - em vista do julgamento, eles reafirmam o evangelho eterno de que os pecadores podem ser justificados pela fé e receber a justiça de Cristo.
O fato de que "a hora do juízo é chegada" acrescenta urgência ao chamado para o arrependimento. Em Apocalipse 14:7, a palavra juízo é traduzida do grego krisis, o ato de julgar, e não a sentença do juízo (krisma). Refere-se, portanto, a todo o processo de julgamento, inclusive a colocação das pessoas diante do divino tribunal, a investigação dos livros, o veredicto de absolvição ou condenação, e a atribuição da sentença de vida eterna ou morte eterna.
Essa mensagem também convoca todos para adorar o Criador. O chamado de Deus para a adoração contrasta com o chamado para a adoração da besta e da sua imagem (Apocalipse 13:3,8,15). Ao ordenar-nos que adoremos "Aquele que fez o Céu, e a Terra, e o mar e as fontes das águas" (Apocalipse 14:7; conforme Êxodo 20:11), essa mensagem chama atenção para o quarto mandamento. Conduz as pessoas à verdadeira adoração do Criador, uma experiência que envolve a honra de Seu memorial da criação - o sábado do Senhor, o dia sétimo, que Ele instituiu na criação e confirmou ao entregar os Dez Mandamentos a Moisés, no monte. Somente quando a verdadeira adoração é restaurada e os crentes vivem os princípios do reino de Deus, é que o Senhor pode ser glorificado.
A mensagem do segundo anjo expõe a natureza universal da apostasia babilônica e seu poder coercitivo, dizendo que ela tem dado a beber do vinho da fúria da sua prostituição (Apocalipse 14:8). O "vinho" de Babilônia representa seus ensinos heréticos. Babilônia pressionará os poderes do Estado para que este obrigue a imposição universal de decretos e falsos ensinos religiosos.
Babilônia caiu porque se recusou a atender à mensagem do primeiro anjo - o evangelho da justificação pela fé no Criador. Assim como a igreja de Roma apostatou nos primeiros séculos da era cristã, muitos protestantes da atualidade se desviaram das grandes verdades da Reforma. A mensagem do segundo anjo se tornará mais e mais relevante à medida que o fim se aproxima, e encontrará seu completo cumprimento mediante a aliança entre as várias organizações religiosas que rejeitaram a mensagem do primeiro anjo.
O terceiro anjo proclama o mais solene aviso divino contra a adoração da besta e de sua imagem. A besta é a união Igreja-Estado que dominou o mundo cristão durante tantos séculos, e que foi descrita por Paulo como o "homem da iniqüidade" (2 Tessalonicenses 2:2-4), e por Daniel como o "chifre pequeno" (Daniel 7:8, 20-25; 8:9-12). A imagem da besta representa aquela forma de religião apóstata que se desenvolverá quando as igrejas, tendo perdido o verdadeiro espírito da Reforma, se unirão com o Estado a fim de impor seus ensinamentos às pessoas. Ao se unirem, Igreja e Estado formarão uma perfeita imagem da besta - a igreja apóstata que perseguiu a mulher durante 1.260 anos.
Deus tem Seus filhos em todas as igrejas, mas é através da igreja remanescente que Ele proclama a mensagem que deverá restaurar a verdadeira adoração, mediante o chamamento de Seu povo para fora dos círculos da apostasia e a preparação dele para o retorno de Cristo.