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sexta-feira, 24 de maio de 2013

O casamento é uma bênção

O que Deus juntou, não separe o homem

A cerimônia do casamento é algo que mexe com todos. Parece que entramos em uma atmosfera diferente: a ornamentação é detalhada, a música é especialmente selecionada, há profusão de flores, os convidados estão vestidos com elegância, o pessoal encarregado da recepção é gentil e atencioso.
O matrimônio nos concede um vislumbre, ainda que muito pálido, do que é o relacionamento da divindade celestial. Evidentemente Deus não é casado, nem possui distinção sexual. Porém o conceito expressa-se em uma frase bem conhecida que diz: "Tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2:24). Ninguém, em sã consciência, espera que ao ser pronunciada essa frase, o noivo e a noiva sofram uma espécie de mutação e se transformem num ser híbrido com quatro braços e duas cabeças. O fato é que, mesmo casados, os dois permanecem com sua individualidade.
Maridos, amem vossa esposa (Ef.5:33)
O plano de Deus para a família humana era que o homem e a mulher experimentassem, dentro do casamento, uma integração profunda. Adão e Eva deveriam desfrutar de um relacionamento íntimo com objetivos iguais, unidade em propósito e planos, um conhecimento profundo e total um do outro, que permitisse a convergência das emoções e, até mesmo, uma identificação intelectual. Quase como se seus corações pulsassem no mesmo ritmo.
O primeiro casal tinha um conhecimento íntimo um do outro. E essa intimidade é muito mais do que relacionamento sexual: é um saber dos desejos, anseios e vontades do outro. Adão podia olhar para Eva e quase saber o que ela estava pensando. Poderia até antecipar suas reações frente às circunstâncias, devido à profundidade de conhecimento mútuo.
O amor era o elemento primordial da unidade entre eles e se revelava no altruísmo, ou seja, no abrir mão de si mesmo em prol do outro. O amor afetava o relacionamento dos dois em todo o sentido. E Deus compartilhou isso conosco, pois somente encontramos a verdadeira felicidade se amamos dessa maneira.
Como nosso maravilhoso Deus nos criou a Sua imagem e semelhança, podemos dizer que possuímos traços que representam características do Seu Ser. Não somos deuses; não temos onipotência, onisciência ou onipresença; não somos imutáveis; nem tampouco eternos. Mas Deus, em Sua infinita graça, nos presenteou com a possibilidade de amar, criar, crescer, viver e outras mais. Além disso, nos concedeu, por meio do matrimônio, uma idéia, ainda que pálida, de como é o relacionamento entre os membros da Trindade celestial.
Deus nos criou macho e fêmea, como indivíduos diferentes, que se completam. Assim podem desfrutar de toda a profundidade do amor e de um feliz relacionamento. Foi Deus quem colocou no coração de Adão a necessidade de uma companheira. Mas não ficou nisso: Ele supriu essa falta com um presente especial - Eva.
De alguma forma, estamos dizendo que Deus é casado, possui sexo ou qualquer coisa parecida. Isso seria blasfêmia. Contudo, o que sabemos da Trindade e, diga-se de passagem, é um conhecimento bastante limitado, indica que há uma perfeita união entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É algo tão profundo que não sabemos avaliar totalmente! Entre Eles, há unidade de propósito, de pensamento, de ação, mas acima de tudo, um amor completo, irrestrito, incondicional e abrangente. Assim, temos um único Deus, porém manifesto em três Pessoas coiguais e coeternas, individuais, mas unidas intimamente. Assim, um casal deve ser: uma só carne, manifesta em três pessoas individuais (Eclesiastes 4:12): a que une e concede amor é e sempre será Deus.
Só Deus pode nos mostrar a pessoa certa
De acordo com a revelação bíblica, a Divindade é composta de três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Não temos um Deus que ora se faz de Pai, ora de Filho e, outras vezes, de Espírito Santo. Pelo contrário, temos um Deus Triúno, manifesto em três Pessoas coeternas, igualmente perfeitas, completas e todo-poderosas. É esse Deus maravilhoso que luta por nossa salvação e almeja ter um encontro conosco.
Quem é Deus e como Ele é tem sido uma pergunta feita pelo ser humano há muito tempo. Muitos povos criaram deuses para si, em geral, baseados nos elementos do cotidiano, como fenômenos da natureza, características do mundo e até sentimentos e qualidades inerentes ao ser humano. Como a criação sempre é um espelho de seu criador, projetavam em seus deuses elementos que são peculiares ao homem, ou seja, seus deuses eram à imagem e semelhança da humanidade. Por isso, essas divindades brigam entre si - outro dia, minha mãe disse que foi à missa e o padre falou que São Pedro brigou com São José, porque choveu demais durante os dias de festa e a paróquia não arrecadou o que arrecadava em outros anos - ficam iradas - em janeiro, quando vem aquelas chuvas torrenciais em São Paulo, diz-se que São Pedro está irado - e descontam no povo aqui embaixo. Adorar esses deuses nos rebaixa moralmente e o próprio casamento, de bênção, vira uma maldição.
O mundo está de cabeça para baixo, mas "ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo" (Isaías 5:20).

Um comentário:

  1. Com essa bela esposa é fácil falar que o casamento é uma bênção. Não concordo com a maioria das coisas que você escreveu, mas não estou afim de contestar e por isso deixo esse comentário curto.
    Até

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