Seguidores

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Amor em ação

Nossa sociedade dá uma ênfase tremenda ao sexo. Don Juan e Casanova são enaltecidos como heróis, muito embora tenham sido ambos viciados sexuais obcecados pela próxima conquista. Hollywood é infalível em seu retrato do herói como o grande amante que tem vasto número de mulheres à sua disposição. Raramente o ator principal é um homem casado, feliz e fiel à esposa. A mensagem transmitida pela indústria cinematográfica é que é bom e aceitável ser sexualmente ativo com muitos parceiros. A apresentação do mundo de um grande amante mascara a realidade do gigolô narcisista, que muda de mulher para mulher, procurando desesperadamente preencher um vazio em sua vida.
Talvez a razão de Hollywood promover tão facilmente o adúltero é porque este tem uma idéia superficial do que seja o amor. Nos filmes, o amor é uma torrente irresistível de emoção, que toma conta da pessoa quase contra a própria vontade. Quantos filmes existem onde a mulher casada inevitavelmente se apaixona por outro homem? Ela sabe que é errado, mas simplesmente não sabe como sair dessa. É claro que o marido é sempre apresentado como um monstro, de forma que todo mundo se alegra quando a esposa angustiada finalmente cede aos seus sentimentos e comete adultério.
O conceito mundano de amor é extremamente superficial e não vai além das emoções que a pessoa sente em um momento em particular. Uma vez que se espera que cada pessoa considere os próprios interesses antes dos interesses dos outros, o amor não é mais significativo do que os sentimentos reforçados de um novo relacionamento. O conceito de amor de Holywood é, na realidade, nada mais do que a concupiscência sexual. Com base nesta noção, as emoções de uma pessoa são o fundamento para o amor. Pode-se, então, dizer seguramente que o compromisso é tão seguro quanto as paixões instáveis de uma pessoa. Conseqüentemente, não é de se admirar que o índice de divórcios esteja subindo vertiginosamente. E isso ocorre porque o nível de dedicação e o sentimento de compromisso que as pessoas têm umas para com as outras tem decaído continuamente.
A Bíblia apresenta o significado correto da palavra amor. Ele não é fundamentado em sentimentos misteriosos, que subjugam alguma pessoa infeliz. É não só uma decisão premeditada e proposital, como também um ato desinteressado de tratar outra pessoa com bondade e respeito. Disse o apóstolo João: "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possui recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade e fechar-lhe o coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade". (1 João 3:16-18)
O nível de compromisso de um marido para com sua esposa vem, em grande parte, porque ele se dedicou ao estilo de vida desinteressado do cristianismo. Bons sentimentos podem ir e vir, mas o compromisso de um cristão com sua esposa é para o resto da vida. Esse nível de devoção para com outra pessoa não é difícil para o homem que está vivendo com um interesse sincero pelas necessidades e sentimentos das outras pessoas, especialmente sua esposa e família.
O fundamento do amor bíblico é baseado na ação da pessoa, não nos sentimentos. Quando um homem é gentil com sua esposa, por exemplo, ele a está amando; assim, quando for indelicado com ela, não a estará amando. Uma vez que o amor é uma ação que a pessoa pode escolher fazer, suas emoções devem sempre ser secundárias à sua conduta. É por isso que Jesus podia ordenar a seus seguidores que amem seus inimigos. Ele não esperava que eles tivessem sentimentos ternos quando outros os maltratassem. Ele lhes deu instruções práticas de como tratar essas situações: "Mas a vós, que ouvis, digo: amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem, bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses. E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lhe tornes a pedir. E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhe vós também". (Lucas 6:27-31)
O homem que deseja ser um grande amante de acordo com os padrões bíblicos tem os recursos para fazer isso; não simplesmente porque é uma escolha que ele pode fazer, mas porque o Espírito Santo habita dentro dele e amará os outros por seu intermédio. Os mesmos princípios eninados nas Escrituras sobre como um cristão deve tratar os outros devem também se aplicar ao seu companheiro. De fato, quando Jesus disse que amássemos a nosso próximo como a nós mesmos, deve-se chegar à certeza de que o seu próximo mais próximo é a sua esposa!

Steve Gallagher - No Altar da Idolatria Sexual - páginas 275, 276 e 277.

Um comentário:

  1. Moral da estória, não assista a filmes de Hollywood.
    Eu já falei disso com você. Acho que existem vários amores, a saber:

    *Amor por Deus (o maior de todos)
    *Amor por uma mulher (que não pressupõe sexo)
    *Amor por parentes e/ou amigos (a amizade propriamente dita)
    *Amor por indivíduos desconhecidos ou distantes, o que seria a caridade.

    ResponderExcluir