Seguidores

domingo, 2 de dezembro de 2012

Meia verdade é igual a uma mentira inteira

Neste domingo eu acordei na casa da minha mãe. Calma, nada houve de sobrenatural. Também dormi por aqui.
Enquanto eu tomava o desjejum, ouvi a música abaixo do Fernando & Sorocaba:


Para quem não quiser ter o desprazer de ouvir a música, transcrevo os trechos da letra que quero comentar:

“A vida é muito curta. Não vou parar”: daria para escrever um texto inteiro criticando essa frase. Mas como o objetivo não é esse, quero levá-los a pensar de um jeito mais efetivo: fazendo perguntas, como Sócrates já nos tinha ensinado, vivendo num país idólatra. Curioso pensar que a técnica ensinada por Sócrates para levar as pessoas a pensar é a mesma usada por Jesus.
E se o mundo acabar mesmo em 21 de dezembro? E se Jesus voltar nesse dia? Não vai acontecer, mas e se? Você acha que vai morrer mesmo, então tem mais é que aproveitar? E se eu disser que existe opção? Se eu disser que você pode escolher viver? Eternamente! Onde nunca mais haverá tristeza e o próprio Jesus enxugará toda lágrima do seu rosto. Que tal aproveitar o restante de tempo nesse mundo se preparando para ser encontrado justo e irrepreensível, como diz a Bíblia? Impossível? Você acha que Deus pediria algo impossível para nós? Continuando a analisar a música:

“Sou metade santo; outra metade malandragem”: muitos dirão que somos todos assim. Ninguém é 100% mau nem 100% bom, existe o positivo e o negativo dentro de nós. É verdade. Em parte. Essa é a nefasta estratégia do exército inimigo: contar apenas parte da verdade, mascará-la, disfarçá-la para que digam o que disse um colega de trabalho meu essa semana:

- Você disse que fica feliz, porque eu pesquiso na bíblia o que os padres falam e não acredito em tudo o que eles dizem. Mas tudo o que os padres dizem, está na bíblia.

Pois é, meu amigo, nem tudo. É que eu não posso responder ao e-mail dele dizendo o que eu penso para não o ofender nem o afastar. Ellen White diz que o silêncio é eloqüente, há um provérbio chinês que diz que a palavra vale prata e o silêncio vale ouro; e essa semana ouvi uma pregação do pastor Eduardo Batista em que ele dizia que Deus age no silêncio. Às vezes, você ora, ora, ora e aparentemente não vê resposta às suas orações. Você pensa que Deus não está ouvindo, pensa que está fazendo algo errado e que Deus o está ignorando. Amigo, tire essa idéia da cabeça. Deus se preocupa com você. Deus te ama, ouve suas orações e as atende. Só que você não vê, você não sabe, você não ouve. Por isso está escrito que o justo viverá pela fé. No momento certo a glória de Deus revelar-Se-á. E isso não tem a ver com nada do que você tenha feito ou deixado de fazer. Tire também essa idéia da cabeça! Isso vem do paganismo! Eles achavam que tinham que agradar a seus deuses para receberem alguma dádiva. Hoje em dia chama-se isso de “promessa para santos”. A divina trindade não é assim. Você está vivo? Louvado seja Deus! Assim é porque Ele quer. Está com saúde? Idem. E por aí vai.
As pessoas não percebem e também não procuram descobrir a verdade inteira e acabam enganadas, porque meia verdade é igual a uma mentira inteira. Pegam as verdades que lhes agradam, que lhes beneficiam, aceitam palavras de paz e de amor, mas rejeitam as de justiça e juízo. “Deus é bom, Deus é legal. Ele conhece o meu coração, Ele me entende”. Mas quando dizem a elas “Tal doutrina não é bíblica, essa idéia não tem fundamento na Bíblia, isso não é de Deus...” ficam brabas, viram a cara para você, querem interpretar textos fora do contexto e chegamos a ouvir de pessoas que até então considerávamos cristãs “a Bíblia se contradiz”; “a Bíblia é besteira”. Oh, SENHOR, tem misericórdia!

Eu só queria dizer para aquele meu colega de trabalho que a doutrina da penitência não é bíblica. Não é porque Jesus disse “arranca o teu olho se ele te escandalizar” que Ele estava falando literalmente. Como eu sei disso? Porque Moisés, inspirado pelo mesmo Espírito que moveu Mateus a escrever aquela passagem, disse “Filhos, sois do SENHOR, vosso Deus; não vos dareis golpes, nem sobre a testa fareis calva por causa de algum morto”. (Deuteronômio 13:1)
Deste verso, ainda poderemos tirar outra lição: “não fareis calva sobre a testa por causa de algum morto” também pode significar “não acendereis vela, nem fareis missa por causa de algum morto”, etc. Mas isso é assunto para outro texto.
Ele ainda pode me contestar dizendo que “Deuteronômio está no Antigo Testamento. Jesus não veio estabelecer uma Nova Aliança?” Sim, mas isso não significa que Ele tenha anulado o Velho Testamento. Apenas com relação à penitência (ferir o próprio corpo) quero apresentar dois textos do Novo Testamento para mais uma vez mostrar a ele que está sendo enganado: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”. (I Coríntios 6:19,20)
Penitenciar-se não glorifica a Deus! Como sei disso? Mais uma vez Paulo esclarece: “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”. (I Coríntios 3:17)
Continuando a análise:

“Esse é meu jeito e ninguém consegue me mudar”: essa é uma questão de escolha. Se você está satisfeito com seu estilo de vida e se contenta com 80, quem sabe, 90 anos de vida, se você não quiser, ninguém consegue te mudar. Não é porque Deus não possa. E sim porque Ele é um gentleman. Se você está contente, Ele não vai te mudar sem a sua permissão.
Mas se você quiser, nada nem ninguém pode impedir o poder de Deus de agir na sua vida. A graça de Cristo é capaz de inverter tudo, a ponto de fazer você odiar as coisas que antes você adorava e adorar a(s) Pessoa(s) que antes você odiava. Conheço histórias de padres que largaram a batina, quando conheceram toda a Verdade. Conheço histórias de seminaristas que abandonaram o seminário e desistiram de trabalhar para a igreja a fim de que pudessem trabalhar para Deus. E conheço histórias maravilhosas de criminosos que conheceram Jesus na cadeia, largaram o crime e hoje dão estudos bíblicos nas prisões e ajudam a tirar outros bandidos das garras do pecado. Por isso, pare de falar em pena de morte e vá pregar nas cadeias! Estou falando com os meus irmãos de fé, pois, vocês podem não acreditar, mas já ouvi pessoas na igreja defendendo a pena de morte. Parem de reclamar e vão exercer o ministério que Jesus os chamou a realizar! Vocês são piores do que os meus irmãos que ainda não conhecem Jesus, pois, ao menos, eles têm essa desculpa! Como disse ontem o pregador Eduardo Cavalcante, “é preciso primeiro converter os convertidos”!

“Livre é meu jeito de ser. Nasci e fui criado desse jeito”: pois é... o diabo quer que você pense que é livre. Mas você é escravo dele e do pecado que ele colocou na sua vida. Jesus tem uma proposta para você: “e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32). Ele é a verdade. Conheça-O e ele vos libertará do pecado. A música continua:

“Eu quero ouvir mais sim e menos não”: vocês acham que vosso Pai não sabe o que é melhor para você? Você acha que sabe mais do que Ele? Você acha que Ele diz “não” só para impedir o seu prazer? Ou você acha que é por que Ele sabe que, logo depois daquele pequeno prazer passageiro, você sentir-se-á mal novamente, vazio como antes, senão mais?
Para finalizar, a música também diz:

“Não existem limites. Vem se entregar”: realmente... não existem limites para o pecado mesmo. Olhe ao seu redor: inveja, violência, doenças, adultérios, fofocas, bebedices, glutonarias, prostituição. Como está o seu casamento? Como estão as suas relações inter-pessoais? No trabalho, na igreja, com seus filhos? Não existem limites para o pecado. E vai piorar ainda mais exatamente porque você continua se entregando.
Mas quero fechar com uma boa notícia: para Cristo também não existem limites. Venha se entregar. Ele vai te tirar do buraco fundo e escuro em que você se encontra, vai te colocar nos ombros e vai reuni-lo com Suas outras ovelhas. Eu sei que neste momento o Espírito Santo está ao seu lado dizendo: “Venha se entregar. Não existem limites para o Meu poder. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei sobre a herança de Jacó, porque a boca do SENHOR o disse”.
Se você já cansou de comer o pão que o diabo amassou, coma agora do Pão que amassou o diabo. Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração.

2 comentários:

  1. Bom dia!
    Como vão você e a Fernanda?
    Eu tinha perguntado quando vocês iam se encontrar de novo, não quando iam morar em definitivo juntos. Que surpresa saber que o "Jovem Cearensesão" vai voltar. E eu que pensei que desse eu tinha me livrado. Lá vem de novo. Avisa quando chegar.
    Bebida é complicado? Imagina falar sobre a homoviadagem. Isso que eu não mando mensagens sobre o assunto para as pessoas, mas, ao conversar com um e outro por aí, o pessoal fica alterado só de saber que eu sou contra a baitolagem.
    Mas temos que manter-nos firmes em nossas convicções e só mudá-las quando formos convencidos de que a mudança é correta. Nos casos que envolvem religiões então, fica mais difícil ainda a mudança, pois o convencimento tem que ser feito com base em argumentos religiosos, ou, na mudança da religião.
    Acho que, no seu caso, o problema é que você inicia a discussão. Se você soltasse sua opinião em uma discussão já iniciada, talvez não teria tanto problema.
    Parece que as pessoas acham que você está tentando convertê-las ou impor o seu modo de ver o assunto. Sei que o cristão tem o "ide e evangelizai" como fundamento (já lhe disse isso doutra vez), mas, tem-se que ver como se entra em certos temas. Há pessoas que, se você tocar num tema que incorra em religião, já ficarão te olhando estranho. Pode ser corrupção, o que a maioria absoluta da população acha errado, mesmo que pratiquem. Se você citar um texto religioso que critique a corrupção, certas pessoas vão dar um jeito de achar encrenca contigo.
    Lembre-se, sempre que você citar um texto bíblico, haverá pessoas que torcerão o nariz. Foi assim com todos os religiosos cristãos da história. Está pronto para isso?
    Mas, o que você não pode nunca, é deixar de emitir sua opinião em uma discussão que te coloquem para participar. Daí, se você citar a religião, as pessoas são obrigadas a respeitar sua opinião, mesmo que não concordem com ela. Podem até argumentar contra ela, desde que sejam respeitosos, assim como você pode até argumentar contra eles, desde que seja respeitoso.
    Muitos dizem que certos textos bíblicos são desrespeitosos em relação a atitudes ou costumes que a lei atual permite. Daí entrasse na discussão de que, na opinião dos que praticam tais atitudes o texto bíblico em questão é desrespeitoso, não na de quem o citou. E todas estas pessoas "liberais" que existem por aí tem de entender que não podemos mudar um textos religioso só para agradá-los. Isso seria um desrespeito à religião ao qual o texto em questão pertence. Acabam então por entrar na discussão do que veio antes, se foi a atitude considerada errada ou se foi a religião. Absurdo, pois todos estas pessoas tão "liberais" que existem hoje tem de entender que religião é algo que envolve coisas além do meramente humano. As vezes fica parecendo até discussão entre religiosos e ateus.
    Então, certas pessoas acham normal alguém beber álcool, apesar de fazer mal a saúde, ou um homem beijar outro, apesar de não ser natural, mas, quando alguém cita um texto religioso, isso não é normal, pois não está previsto em lei ou você não vê as entidades religiosas andando pela rua, então, as religiões é que não seriam naturais, seriam "forçadas". Ou seja, muitas destas pessoas "liberais", que acham que cada um deve fazer o que bem entender, e se dizem "mente aberta", não conseguem simplesmente admitir que a religiosidade é uma das facetas do ser humano e que ela existe desde que o homem se conhece como tal. Não conseguem nem entender que religião é algo que não dá para enquadrar em coisas como lei, natureza, ética ou moral, apesar de que a religião atravessa por estes campos, também.

    ResponderExcluir
  2. Posso argumentar, fazendo o papel de advogado do diabo, que roubar seria algo natural, pois o ser humano, em sua maioria, é ganancioso e egocêntrico.
    Podem começar também a exigir que sejam aprovadas as leis mais absurdas, com base no dizer de que a maioria quer aquilo ou que aquilo seja natural. Veja os pedidos de liberação das drogas ou a tentativa de se liberar crianças de 14 anos a fazerem sexo, como ocorre na Holanda.
    A questão é, você não precisa esconder sua opinião, nem deixar de citar a Bíblia. Mas, também, não precisa sair com um porrete e uma tocha atrás de quem bebe, ou de quem é viado, etc...
    Ajo assim: se começo a dizer algo, e esse algo ofende a pessoa, tudo bem, não cito mais aquele algo para a pessoa em questão, a não ser que ela ou outra pessoa iniciem uma outra discussão que tenha que entrar naquele tema novamente, pois não vou esconder minhas opiniões.
    Numa evangelização também, você convoca as pessoas e cita a Bíblia. Se não gostaram do que você disse, fazer o que? Você fez a sua parte que é mencionar a Bíblia e dizer que Deus quer aquilo. Não precisa mais chamar aquelas mesmas pessoas, pois elas já sabem o que Deus quer e o que você disse. Azar o deles. Então, você já deve saber as pessoas que não querem saber de textos religiosos. Você já avisou-os do que Deus quer, já fez sua parte. Não precisa virar a cara com elas, apenas evite de convocar essas pessoas para falar de assuntos religiosos. Lembre-se, evite de convocá-las, não evite de falar o que acha certo se você for convocado a falar.
    Numa discussão, em que seja convocada sua opinião, ou que esteja aberta para você dar sua opinião, você cita o que acredita e pronto. As pessoas tem de aceitar que aquela é sua opinião. Não podem impedi-lo de expor o que você acha. Aí seria repressão delas. Podem até argumentar ambas as partes, respeitosamente, de que não concordam com isso ou aquilo de cada opinião, mas não impedir alguém de opinar. E tem de entender o que são argumentos religiosos, os quais não podem ser mudados porque alguém achá-os desrespeitosos quanto a sua condição.
    Note que tentei colocar os termos como "religiosos" e não especificamente "cristãos". Faço isso porque, além da religião cristã, há outras que criticam certos costume, também, e estão tentando cerceá-las, como fazem com o cristianismo.
    Segunda lua-de-mel? Que vidão, hein, "Jovem Picaretão"? Não quer nem morrer, não é traste?

    ResponderExcluir