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domingo, 3 de março de 2013

A graça fornece uma atmosfera de aceitação



Um dos aspectos mais importantes da graça de Deus é que ela fornece um abrigo seguro para o pecador arrependido. Quando um pecador habitual se arrepende, não precisa castigar-se mais com a condenação. Ele não tem de merecer seu caminho de volta para as “boas graças” do Pai. Quando ele confessa a iniquidade de seus atos e desvia-se deles, ele é imediatamente restaurado. Uma das parábolas maravilhosas que Jesus contou foi a do filho pródigo. Para entender o contexto exato do que Ele estava explicando, vamos incluir duas parábolas menores:

"E ele lhes propôs esta parábola, dizendo: Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la? E achando-a, a põe sobre os seus ombros, gostoso; e, chegando em casa, convida os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
Ou qual mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até achar? E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.
E disse: um certo homem tinha dois filhos; e o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou seus bens, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui, pereço de fome! Levantar-me-ei e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
E o filho disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. 
Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lho um anel na mão, e alparcas nos pés; e trazei o bezerro cevado, e matai-o e comamos, e alegremo-nos; porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido e foi achado.
E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos, perguntou o que era aquilo. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou um bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
Mas ele se indignou e não queria entrar.
E, saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com meus amigos; vindo porém este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
Mas o pai lhe respondeu: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; e tinha-se perdido e achou-se". (Lucas 15:3 -32)


Essas histórias ilustram maravilhosamente a graça de Deus. Embora quase não necessitem de explicação, deixe-me fazer três pequenas observações. Primeiro, elas foram contadas a um grupo de fariseus zangados, que se consideravam virtuosos, mas estavam descontentes com Jesus, porque ele comia com publicanos e pecadores. Jesus enfatizava o quanto Deus se regozija quando um pecador se arrepende. Essa questão foi habilmente inculcada na parábola do filho pródigo pelo sentimento contrastante do irmão mais velho, que não sentiu alegria alguma pelo arrependimento do próprio irmão. Ele só conseguia ver os erros passados e as decepções do seu irmão.
Em segundo lugar, observe a atmosfera de aceitação que o amor do pai criou. Um dos aspectos elementares da graça de Deus é que Ele sempre aceita o coração penitente - não importa quão horrendo seja o pecado! Quando um pecador se aproxima de Deus em arrependimento, não importa o que ele tenha feito, a lousa é apagada! Não há condenação; não há subterfúgios. Só há uma aceitação jubilosa de Deus, o Pai.
A terceira coisa que chamarei a atenção é que o pai não correu atrás do filho em uma tentativa de fazer algum acordo: "Escute aqui, filho, vamos conversar sobre isso. Por que você não fica em casa? Você está mais seguro aqui. Sei que você está passando por um momento difícil agora. Não me meterei com seus assuntos pessoais. Eu o amo. Você pode ter seus vícios, mas, por favor, venha para casa". Em vez disso, o pai o deixou ir e deu-lhe o que ele queria. Porém, quando o filho estava voltando, o pai correu para abraçá-lo e recebê-lo em casa, onde ele pertencia. Depois de imediatamente restaurá-lo em seu legítimo lugar, o pai explicou ao seu confuso e impiedoso filho mais velho: "Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado". (verso 32)

Um comentário:

  1. Jesus é maravilhoso! Podemos tirar várias lições de uma única parábola! Quanta sabedoria!
    Não faz muito tempo, a mensagem do pastor foi exatamente sobre a gradação das coisas perdidas que Jesus faz nessa parábola. Primeiro, perdemos uma ovelha (bem material). Tendo outros 99 iguais, nenhum ser humano se preocuparia com o que perdeu. Mas Jesus não. Jesus se preocupa individualmente com cada um de nós.
    Depois, perdemos uma coisa mais importante do que um bem: dinheiro. Perdemos dentro de casa e, por estar dentro de casa, às vezes não damos tanta importância, pensando que cedo ou tarde encontraremos. O pastor fez um paralelo com as pessoas que estão perdidas dentro da igreja.
    Por fim, a perda de algo infinitamente mais valioso do que qualquer outra coisa: um filho. Realmente, nesse caso, não é necessário que Jesus vá atrás do filho, pois ele sabe o caminho de volta. O problema é quando ele não quer voltar. É problema porque dói no coração do Pai, mas ainda assim, Ele respeitará a vontade do filho.
    Quanto amor! Quanto respeito!

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