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domingo, 6 de janeiro de 2013

Uma visão diferente da própria esposa

Muitas, muitas vezes, ao longo dos anos, estivemos na posição infeliz de ter de consolar um homem arrependido pela perda de sua esposa. É sempre uma situação muito triste. Finalmente, o homem volta a seu juízo e sinceramente toma os passos para um arrependimento real, mas então é tarde demais. A esposa foi magoada durante muito tempo e resolveu dar um basta. Depois que essa decisão foi tomada em seu coração, é quase impossível para ela mudar de idéia. Algo dentro dela se fechou. Fechou seu coração para o marido e escolheu continuar a vida sem ele.
Outros homens têm mais sorte. Suas esposas ainda não chegaram a esse estado. Eles começaram o processo de arrependimento a tempo. Agora estão na posição invejável de ter uma esposa que pode ajudá-los no processo de restauração. Salomão entendeu o valor de ter uma esposa no meio dessa luta. Depois de advertir os homens sobre as conseqüências de se entregar ao pecado, ele aconselha os maridos a se deleitarem com as próprias esposas, em lugar de ir atrás de mulheres estranhas:

"Bebe a água da tua cisterna e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam por fora as tuas fontes e pelas ruas os ribeiros de águas? Sejam para ti só e não para os estranhos contigo. Seja bendito o teu manancial e alegra-te com a mulher da tua mocidade, como cerva amorosa e gazela graciosa; saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído perpetuamente. E por que, filho meu, andarias atraído pela estranha e abraçarias o seio da estrangeira? Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do SENHOR e ele aplana todas as suas carreiras. Quanto ao ímpio, as suas iniqüidades o prenderão, e, com as cordas do seu pecado, será detido. Ele morrerá, porque sem correção andou e, pelo excesso da sua loucura, andará errado" (Provérbios 5:15-23).

Existem três palavras de ação que quero examinar brevemente neste capítula da Bíblia. Em primeiro lugar, Salomão diz que o homem deve alegrar-se com a mulher da sua mocidade. Esse é o espírito de gratidão. Em vez de ter uma atitude queixosa pelo que Deus lhe deu, deve desenvolver um coração grato por sua esposa. Ela é uma bênção maravilhosa de Deus para ele.
Em segundo lugar, Salomão instrui o homem a se saciar os seios de sua esposa. Obviamente trata-se da intimidade. É a satisfação decorrente de ter um coração agradecido. A satisfação está disponível para o homem que está disposto a permitir que Deus o transforme.
Por último, ele exclama: E pelo seu amor sê atraído perpetuamente. E por que, filho meu, andarias atraído pela estranha? Talvez eu possa parafrasear desse modo: "Sê atraído por sua esposa. Se o Senhor pode ajudá-lo a se excitar com seu amor, por que você iria querer ir para a cama com alguma prostituta?"
Isso aponta as obras de Deus que o homem carnal não consegue compreender. O Senhor tem o poder de capacitar um homem a se satisfazer com o que Dele recebeu. Isso exige paciência e obediência. Quando o homem obedece a Deus, então o Senhor pode ajudá-lo e abençoá-lo. Isso leva tempo.
Temos um retrato maravilhoso desse conceito por meio da história dos israelitas no deserto com Moisés:

"E o vulgo que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e disseram: Quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos" (Números 11:4-6).

Essa história ilustra ambos o espírito de concupiscência e como Deus procura oferecer um escape. Os filhos de Israel estavam vagando no deserto, porque o Senhor tentava purificá-los do amor à idolatria egípcia antes de enviá-los à Terra Prometida. Tudo no plano de Deus dependia da permissão deles ou não para que o Senhor os transformasse de idólatras maus em uma nação santa. Os "desejos vorazes" que levaram os israelitas a se rebelarem são comparáveis à concupiscência que levou muitos cristãos à mesma situação miserável. Os homens se mantém aprisionados na memória dos encontros sexuais do passado. Eles tentam constantemente reviver essas experiências - ter novamente a sensação. Eles não estão dispostos a se entregar e aceitar o plano de Deus para a vida deles. Eles querem viver na sombra do Monte Sinai, mas não estão dispostos a deixar o Egito. Então, uma murmuração e inquietação constante tomam conta do coração deles.
O maná é um retrato da esposa. Deus lhe deu uma resposta para o apetite do corpo. Mas o maná é um tédio para o homem que está acostumado a comer da árvore de variedades. Ele não está disposto a se permitir estar satisfeito. Deus tem uma resposta para aqueles que sinceramente querem isso. Ela é encontrada nas palavras de reclamação dos murmuradores: "Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos" (Números 11:6). Se um homem aprender a amar sua esposa, a despeito de como ele possa sentir-se por dentro, Deus tirará o apetite que ele tem por outras mulheres e dará em seu lugar um desejo por sua esposa. "Sê atraído por sua esposa. Se eu posso ajudá-lo a se excitar com seu amor, por que você iria querer ir para a cama com uma prostituta?"
Deus ajudará o homem a se excitar com o amor de sua esposa, se ele aprender a amá-la como o Senhor a ama. É o meu testemunho do que Deus fez em minha vida. Eu estou satisfeito. Exatamente como a multidão no deserto, cada um terá de decidir se quer estar satisfeito.
Parte do problema com os viciados sexuais é que sempre viveram na pista rápida das experiências sexuais. Viveram assim por tanto tempo que dificilmente conseguem ir para a pista lenta e obedecer ao limite de velocidade. Se um homem está acostumado a dirigir a 80 km/h, percorrer um caminho a 55 km/h parece passo de tartaruga. Isso deixa a carne louca! Contudo, se ele entrar na pista lenta e se esforçar para ficar ali, o frenesi que ele sente por dentro conseqüentemente diminuirá e 55 km/h parecerá rápido.
O problema com tentar viver a 80 km/h é que ninguém pode manter esse nível. Você não foi criado para viver nesse ritmo. O viciado sexual típico não está disposto a viver entre 40 e 60 km/h como qualquer outra pessoa. Ele está continuamente procurando por experiências maiores, novas conquistas e pecado. Uma vez que existe um preço pelo pecado, depois que ele atingiu o ponto culminante de sua concupiscência, ele submerge nas profundidades do desespero e da desesperança. Ele acredita que o único caminho para escapar da depressão é encorajando-o com uma nova experiência sexual. É ao que Salomão se referia quando disse: "E por que, filho meu, andarias atraído pela estranha?" (Provérbios 5:20). É a atração da idealização.
A vida de um homem satisfeito com o amor de sua esposa não é caracterizada por cumes e vales extremos. Uma vez que ele não experimenta o desespero do pecado, não sente a necessidade de se excitar com a falsa velocidade do sexo ilícito. Ele está satisfeito em levar sua vida a 50 km/h. O que há de errado com isso? Se Deus pode torná-lo satisfeito com a própria esposa, isso não é melhor do que tentar viver em um ritmo para o qual ele não foi criado? Isso parece inalcançável para alguns, mas somente porque eles estão acostumados a levar a vida por seus sentimentos, em vez de pela fé.

Steve Gallagher - No Altar da Idolatria Sexual - páginas 282, 283, 284, 285 e 286.

Um comentário:

  1. É isso aí, "Jovem-Casadão"! Veja se não pisa na bola com a esposa.
    Vai ser duro achar outra que te ature. Ha, ha, ha.
    Entendo que é um desejo de felecidade para um esposo, para que este viva junto apenas de sua esposa, para sempre.
    No início do provérbio ("alegra-te com a mulher da tua mocidade") parece desejar que tal felicidade seja, preferencialmente, para com o primeiro amor da vida, o que seria o ideal, talvez.

    Um abraço.

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