Outros homens têm mais sorte. Suas esposas ainda não chegaram a esse estado. Eles começaram o processo de arrependimento a tempo. Agora estão na posição invejável de ter uma esposa que pode ajudá-los no processo de restauração. Salomão entendeu o valor de ter uma esposa no meio dessa luta. Depois de advertir os homens sobre as conseqüências de se entregar ao pecado, ele aconselha os maridos a se deleitarem com as próprias esposas, em lugar de ir atrás de mulheres estranhas:
"Bebe a água da tua cisterna e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam por fora as tuas fontes e pelas ruas os ribeiros de águas? Sejam para ti só e não para os estranhos contigo. Seja bendito o teu manancial e alegra-te com a mulher da tua mocidade, como cerva amorosa e gazela graciosa; saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído perpetuamente. E por que, filho meu, andarias atraído pela estranha e abraçarias o seio da estrangeira? Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do SENHOR e ele aplana todas as suas carreiras. Quanto ao ímpio, as suas iniqüidades o prenderão, e, com as cordas do seu pecado, será detido. Ele morrerá, porque sem correção andou e, pelo excesso da sua loucura, andará errado" (Provérbios 5:15-23).
Existem três palavras de ação que quero examinar brevemente neste capítula da Bíblia. Em primeiro lugar, Salomão diz que o homem deve alegrar-se com a mulher da sua mocidade. Esse é o espírito de gratidão. Em vez de ter uma atitude queixosa pelo que Deus lhe deu, deve desenvolver um coração grato por sua esposa. Ela é uma bênção maravilhosa de Deus para ele.
Em segundo lugar, Salomão instrui o homem a se saciar os seios de sua esposa. Obviamente trata-se da intimidade. É a satisfação decorrente de ter um coração agradecido. A satisfação está disponível para o homem que está disposto a permitir que Deus o transforme.
Por último, ele exclama: E pelo seu amor sê atraído perpetuamente. E por que, filho meu, andarias atraído pela estranha? Talvez eu possa parafrasear desse modo: "Sê atraído por sua esposa. Se o Senhor pode ajudá-lo a se excitar com seu amor, por que você iria querer ir para a cama com alguma prostituta?"
Isso aponta as obras de Deus que o homem carnal não consegue compreender. O Senhor tem o poder de capacitar um homem a se satisfazer com o que Dele recebeu. Isso exige paciência e obediência. Quando o homem obedece a Deus, então o Senhor pode ajudá-lo e abençoá-lo. Isso leva tempo.
Temos um retrato maravilhoso desse conceito por meio da história dos israelitas no deserto com Moisés:
"E o vulgo que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e disseram: Quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos" (Números 11:4-6).
Essa história ilustra ambos o espírito de concupiscência e como Deus procura oferecer um escape. Os filhos de Israel estavam vagando no deserto, porque o Senhor tentava purificá-los do amor à idolatria egípcia antes de enviá-los à Terra Prometida. Tudo no plano de Deus dependia da permissão deles ou não para que o Senhor os transformasse de idólatras maus em uma nação santa. Os "desejos vorazes" que levaram os israelitas a se rebelarem são comparáveis à concupiscência que levou muitos cristãos à mesma situação miserável. Os homens se mantém aprisionados na memória dos encontros sexuais do passado. Eles tentam constantemente reviver essas experiências - ter novamente a sensação. Eles não estão dispostos a se entregar e aceitar o plano de Deus para a vida deles. Eles querem viver na sombra do Monte Sinai, mas não estão dispostos a deixar o Egito. Então, uma murmuração e inquietação constante tomam conta do coração deles.
O maná é um retrato da esposa. Deus lhe deu uma resposta para o apetite do corpo. Mas o maná é um tédio para o homem que está acostumado a comer da árvore de variedades. Ele não está disposto a se permitir estar satisfeito. Deus tem uma resposta para aqueles que sinceramente querem isso. Ela é encontrada nas palavras de reclamação dos murmuradores: "Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos" (Números 11:6). Se um homem aprender a amar sua esposa, a despeito de como ele possa sentir-se por dentro, Deus tirará o apetite que ele tem por outras mulheres e dará em seu lugar um desejo por sua esposa. "Sê atraído por sua esposa. Se eu posso ajudá-lo a se excitar com seu amor, por que você iria querer ir para a cama com uma prostituta?"
Deus ajudará o homem a se excitar com o amor de sua esposa, se ele aprender a amá-la como o Senhor a ama. É o meu testemunho do que Deus fez em minha vida. Eu estou satisfeito. Exatamente como a multidão no deserto, cada um terá de decidir se quer estar satisfeito.
Parte do problema com os viciados sexuais é que sempre viveram na pista rápida das experiências sexuais. Viveram assim por tanto tempo que dificilmente conseguem ir para a pista lenta e obedecer ao limite de velocidade. Se um homem está acostumado a dirigir a 80 km/h, percorrer um caminho a 55 km/h parece passo de tartaruga. Isso deixa a carne louca! Contudo, se ele entrar na pista lenta e se esforçar para ficar ali, o frenesi que ele sente por dentro conseqüentemente diminuirá e 55 km/h parecerá rápido.
O problema com tentar viver a 80 km/h é que ninguém pode manter esse nível. Você não foi criado para viver nesse ritmo. O viciado sexual típico não está disposto a viver entre 40 e 60 km/h como qualquer outra pessoa. Ele está continuamente procurando por experiências maiores, novas conquistas e pecado. Uma vez que existe um preço pelo pecado, depois que ele atingiu o ponto culminante de sua concupiscência, ele submerge nas profundidades do desespero e da desesperança. Ele acredita que o único caminho para escapar da depressão é encorajando-o com uma nova experiência sexual. É ao que Salomão se referia quando disse: "E por que, filho meu, andarias atraído pela estranha?" (Provérbios 5:20). É a atração da idealização.
A vida de um homem satisfeito com o amor de sua esposa não é caracterizada por cumes e vales extremos. Uma vez que ele não experimenta o desespero do pecado, não sente a necessidade de se excitar com a falsa velocidade do sexo ilícito. Ele está satisfeito em levar sua vida a 50 km/h. O que há de errado com isso? Se Deus pode torná-lo satisfeito com a própria esposa, isso não é melhor do que tentar viver em um ritmo para o qual ele não foi criado? Isso parece inalcançável para alguns, mas somente porque eles estão acostumados a levar a vida por seus sentimentos, em vez de pela fé.
Steve Gallagher - No Altar da Idolatria Sexual - páginas 282, 283, 284, 285 e 286.
É isso aí, "Jovem-Casadão"! Veja se não pisa na bola com a esposa.
ResponderExcluirVai ser duro achar outra que te ature. Ha, ha, ha.
Entendo que é um desejo de felecidade para um esposo, para que este viva junto apenas de sua esposa, para sempre.
No início do provérbio ("alegra-te com a mulher da tua mocidade") parece desejar que tal felicidade seja, preferencialmente, para com o primeiro amor da vida, o que seria o ideal, talvez.
Um abraço.