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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Corintheus


Eu não sei se o Corinthians vai ou não ser campeão da Taça Libertadores da América. Mas a comemoração foi desproporcional. O Corinthians ainda não é campeão nem tampouco venceu o jogo na Argentina para ter alguma vantagem no jogo de quarta-feira. Nem o gol fora de casa não vale como critério de desempate na final. Então eu não entendo por que tanta festa. Nem que tivesse ganho. Na verdade, está tudo igual. Quem vencer, será campeão. Se empatar, prorrogação e pênaltis.
Mas não me importa quem será o campeão da Libertadores. Eles se definem como um bando de loucos e é de fato uma loucura adorar um time de futebol. Mas isso não é privilégio dos corirnthianos. Quantas pessoas não transformam seus times de futebol em deuses a ponto de matar e morrer por eles?! Que loucura! Que alegria efêmera proporciona! Que tristeza efêmera proporciona!
Fico triste quando vejo meu irmão ir dormir chateado porque o Corinthians empatou o jogo. A tristeza dele é passageira. Deus é tão misericordioso que também permitiu que o time dele (Palmeiras) fosse à final da Copa do Brasil! A minha tristeza demorará mil anos para passar se ele não vier comigo para a Canaã Celestial. Fico triste porque o meu irmão não conhece o Senhor Jesus e, por não conhecê-Lo, prefere ver o sofrimento corinthiano à exultação palmeirense.
E mesmo que o Corinthians seja campeão, a nação corinthiana sentirá uma alegria incrível, indescritível, uma emoção inominável e que, ao mesmo tempo, não se compara à volta do Senhor Jesus. Eles dizem que esperam por isso a 101 anos. Nós esperamos pelo grande dia a mais de 1.900 anos! Quão glorioso será aquele dia!
Vejo multidões chorando porque um time de futebol perde ou ganha um campeonato, mas não vejo ninguém chorando quando vêem um familiar adorar um ídolo. Os corinthianos quase botam fogo (graças a Deus não são botafoguenses) na cidade de São Paulo com tantos rojões e fogos de artifício, mas não ouço comemoração semelhante quando alguém se batiza e declara publicamente que quer ser de Jesus. Gastam R$ 4.400,00 (quatro mil e quatrocentos reais) – informação do Esporte Espetacular, programa dominical da TV Globo – para ir a um jogo de futebol na Argentina e reclamam quando ouvem sobre os dízimos. Sendo que Deus nos pede tão pouco comparado a tudo o que Ele nos dá! Um corinthiano chora na Argentina, pois acha que perdeu o ingresso, mas não chora por perder a salvação que Jesus lhe oferece de graça.
Eu entendo como podem adorar algo que não tem poder nenhum sobre suas vidas. É porque evidentemente não conhecem Aquele que tem. Mas eu não compreendo como, apesar de tantas evidências que Jesus dá a eles todos os dias, continuam de costas para o Mestre, dizendo com todas as letras: “eu não quero te conhecer”.
Eu quero ver os templos lotados como ficam os estádios de futebol. E quero ver irmãos se abraçando misericordiosamente, fortalecendo uns aos outros com palavras como “te vejo no Céu, hein” em vez de manos abraçando-se e fortalecendo uns aos outros com palavras como “VAI, CURINTIA!!! Vamu sê campião!” Eu quero ver a igreja gritar “Amém” e “Louvado seja Deus” em vez de ver a torcida gritar “gol” e “Le-le-le-ô le-le-le-ô le-le-le-á”.
É triste... as pessoas se preparam a semana inteira para ver o jogo do Corinthians e fazem até contagem regressiva: “É depois de amanhã, hein!”, “É amanhã, hein!”, “É hoje, hein! É hoje, mano”. No dia do jogo, saem correndo do trabalho, tomam banho e põem a camisa do Corinthians. Muitos oram, até lembram de Deus nessa hora. Estou usando o exemplo do Corinthians, porque fiquei impressionado com o que vi nas duas últimas semanas lá em São Paulo – primeiro com a classificação para a final, em cima do Santos e depois com o empate contra o Boca Juniors. Mas troquem o nome do Corinthians pelo de qualquer outro time e o texto continua o mesmo.
Quantos se preparam com o mesmo empenho para a volta do Senhor Jesus? Infelizmente tenho que me incluir nessa multidão que ora pouco, que lê pouco a Bíblia, vigia pouco e leva a mensagem da salvação aos outros com tanta timidez quanto medo! Infelizmente eu, que me digo cristão, não tenho a mesma audácia para defender Jesus que os corinthianos têm para defender o seu time. Tudo bem, eu sei que Jesus é um Deus vivo que não precisa ser defendido. Aliás, quem sou eu para fazer o que quer que seja por Quem já fez e continua fazendo tudo por mim? Os torcedores precisam defender seus times, pois trata-se de deuses mortos que não podem se defender sozinhos.
Mesmo entre os que dizem estar do lado vencedor, quantos estão fazendo contagem regressiva para a volta de Jesus? Quantos estão confessando seus pecados, arrependendo-se sinceramente, abandonando-os e pedindo ao Pai que os cubra com o manto da justiça do Filho, da mesma forma que os corinthianos vestem a camisa e dizem que é um manto sagrado, a segunda pele? A justiça de Cristo deveria ser a nossa segunda pele!
O Bando de Loucos é composto por muito mais gente do que a torcida do Corinthians. É bem provável que eles não aceitem este “absurdo”. Mas Jesus te aceita. Se você quiser entrar no time Dele, Ele vai te colocar na posição que você mais gosta de jogar. Você pode até se machucar. Claro, que jogador nunca se lesiona? Portanto, “não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”. (Mateus 10:28)

2 comentários:

  1. Cara,

    Sinceramente? Deixa cada um viver da maneira que quiser. Se vc não gosta mais de futebol, é um problema seu. E se os outros fazem festa e gostam, é um problema dos outros.

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