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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Velha discussão

Ah, nada melhor do que sentar à mesa dum boteco de esquina e filosofar com amigos intelectuais. Se for no Rio de Janeiro, então... estarei no lugar certo: chope e intelectualidade. O que marca mais fortemente Copacabana ou Ipanema, por exemplo? Vamos filosofar?
Há milhões de anos não existia monogamia. Acasalar-se era questão de sobrevivência. Era preciso multiplicar a espécie. Uma cultura de milhões de anos, transmitida inclusive geneticamente, não se apaga assim, de uma hora para outra. Por isso, eu não acredito em fidelidade eterna, o que não tem nada a ver com amor eterno. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. (Esse texto é de 2008. Hoje eu mudei e sou obrigado a discordar daquela opinião. Se a confiança é a base do amor e fidelidade tem a ver com confiança, então é impossível dizer que uma coisa não tem nada a ver com a outra).
Eu só conheço UM cara (na época, hoje conheço dois) que nunca traiu, tenho certeza. É um dos meus primos, que namora há 5 anos (na época; hoje já chegou há 8 anos e continua sem trair). Ele é loteria. Mas não sei... apesar de apostar muito nele, porque ele é o brasileiro mais ético que eu conheço e considera traição uma falta de ética, também aposto no que disse no parágrafo anterior: GENÉTICA e até ele possui os genes da safadeza. Se vocês me perguntarem se EU já traí, vos direi que não (na época, mas hoje lhes digo que sim e esse episódio eu posso considerar o estopim da minha mudança). Mas justifico que é porque nunca namorei por muito tempo (namorei por 4 meses quando aconteceu o fato que começou a mudar a minha vida). Quando eu era mais novo, acreditava que trair fosse uma sacanagem com o ser amado (agora voltei a acreditar nisso). Vocês devem estar pensando: agora cresceu, ficou safado e sem-vergonha. Também, mas não só. Cresci e a experiência me mostrou que, se eu não devo sair de um emprego sem ter outro garantido, também não devo largar uma mulher sem ter outra garantida (quer dizer, a experiência mundana me mostrara isso. Hoje, busco a experiência divina e o sétimo mandamento diz “Não adulterarás” - Êxodo 20:14). Antes eu achava que o certo era largar a atual primeiro, já que me apaixonei por outra, e depois ficar com a outra. Assim não trairia, certo? Ingenuidade infantil, pois, fazendo isso, corria o risco de ficar sem uma nem outra. (Hoje eu entendo o erro de se apaixonar e, que, se o casal estiver em comunhão com Deus, não haverá paixões por outras pessoas. Como disse a minha amiga Raquel, citando seu amigo Willie: Ele é o Elo).
Mas assim como você só deve trocar o seu emprego por outro melhor, não faz sentido trocar de parceiro por um pior. Mas e aí, a pergunta natural é: como fica a cultura de milhões de anos? Vamos continuar a comparação com o emprego. Se você acha que ganha pouco, o que é que você faz? Bicos. Um biquinho aqui, outro biquinho ali e assim vai. Pode ser que aconteça do seu bico virar a fonte de renda principal. É raro, raríssimo isso acontecer, mas PODE SER. Agora se você vive uma aventura aqui, outra aventura ali e tem uma boa mulher em casa, por que você vai transformar essa aventura num romance, numa história? Quer saber? Porque os homens são BURROS! É burrice demais! (E é burrice também viver uma aventura aqui, outra aventura ali). Sinceramente, eu não entendo porque fazem isso. Não tenho uma resposta satisfatória. Sei que as mulheres tem razão quando dizem que os homens pensam ou com a cabeça de cima ou com a de baixo. Apesar dos milhões de neurônios a menos, as mulheres são muito mais inteligentes, porque seus neurônios estão concentrados todos numa única cabeça. Em eletricidade, existe corrente alternada e corrente contínua. Então no corpo das mulheres, percorre uma corrente contínua, enquanto que no dos homens, a corrente é alternada, ora na cabeça de cima, ora na cabeça de baixo.
P.S. Há menos de um mês, escrevi para a minha noiva perguntando que diferença faz se eu sou produto da Evolução ou da Criação. O que importa é que estou aqui. Vivendo essa vida maravilhosa e cheia de bênçãos.
Bem... o Espírito Santo acaba de me responder. O evolucionismo me faz pensar do jeito que eu pensava: trair é normal. Como lutar contra uma cultura de milhões de anos? Afinal, a Teoria da Evolução diz que nós evoluímos através de mutações genéticas ocorridas ao acaso em um processo que demorou milhões e milhões de anos. Porém, o criacionismo me faz crer que Deus criou Adão e Eva e só existiam os dois. Não havia traição, pois não existia outras pessoas. Pois existia Amor e tudo era perfeito. Então essa é a resposta: a diferença entre crer no evolucionismo ou no criacionismo é a diferença entre acreditar no Amor ou não. E não me chamem de romântico, pois não é do amor romântico que estou falando. Quando você muda sua crença a respeito do passado muda suas idéias a respeito do presente. Se, olhando sob o prisma do evolucionismo, a traição é normal, uma vez que a principal preocupação é a preservação da espécie; olhando pelo ângulo criacionista, trair é anormal, pois Deus criou um homem para cada mulher e isso até as estatísticas comprovam, pois ao longo da história, considerando os períodos “normais” (sem guerras nem pestes), a população mundial sempre permaneceu dividida meio a meio entre os sexos masculino e feminino. Olhando por essa ótica, entendemos inclusive o equívoco homossexual, pois, se há UM homem para CADA mulher, quando o ser humano enlouquece e começa a “queimar a rosca” e “colar o velcro”, cria-se o “terceiro sexo” que, com certeza, não foi criado por Deus. E, se não foi criado por Deus, só pode ser criação de Seu rival. Mas isso é assunto para outra crônica.

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