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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dia de eleição e algo a mais...

Foi um grande dia! Como sempre são os dias de eleição! Famílias vão juntas votar. Pais levam os filhos. Avós levam os netos. E que criança não gosta de apertar botão? O mais importante é que elas aprendam que aquele simples apertar de botão muda o futuro delas. E também o quanto seus antepassados lutaram para que pudéssemos apertar esses botões.
No interior, a festa acontece no sentido literal. Pais compram carne, carvão, armam a churrasqueira, porque os filhos e sobrinhos se reunirão na cidade natal para votar. Talvez por isso ninguém transfira o domicílio eleitoral para onde, de fato, suas vidas acontecem. Pode ser que essa seja a única oportunidade de rever todo mundo. E ainda bem que o voto é obrigatório! Se não, nem nessa ocasião.
Até nós, aqui da capital, revemos pessoas que fizeram parte da nossa infância, que brincaram conosco, que brigaram conosco e descobrimos que fulano morreu, que sicrano casou e que beltrano está preso por não pagar pensão alimentícia.
Namorados vão juntos votar e tem também quem começa a namorar no dia da eleição.
Tem torcedor que vai votar com as camisas e agasalhos do time do coração, mas tem também torcedor de partido, como o eleitor que pediu para a esposa fotografá-lo ao lado da urna, com o broche do PSDB, fazendo o V da vitória com os dedos.
Quanto aos torcedores de futebol, fiquei me perguntando se votar com a camisa do Palmeiras, do Goiás, do Guarani, do Coritiba, entre outros, não seria alusão ao Partido Verde. E não consegui segurar o riso quando peguei o documento de identidade do senhor Ricardo Verde, olhei para ele e o vi com o agasalho do São Paulo. O pai dele tinha certeza de que ele seria palmeirense... Coitado!
Meu compromisso com o país fora marcado há dois meses pela Juíza Eleitoral Maria Isabel Caponero Cogan e, na véspera, até saí mais cedo de uma festa de aniversário.
Porém, como bom brasileiro, cheguei 15 minutos atrasado. Minhas colegas de seção já estavam lá e essa é outra observação que eu gostaria de deixar registrada: abaixo da Juíza Eleitoral, muitas mulheres presidiram as seções. Provavelmente será também uma mulher que presidirá a República Federativa do Brasil e, assim, elas começam a reconquistar o mundo.
Foi um dia especial! Um dia em que a grande vitoriosa saiu da disputa e que a grande derrotada foi, na verdade, a mais votada.
Na capital paulista, fez frio, ficou nublado e choveu. Mas no coração de cada eleitor brasileiro fez sol, calor e um céu azul e sem nuvens. Que venha o segundo turno!

Um comentário:

  1. O que está faltando é senso, a eleição tem sim que ser uma grande festa porem temos que lutar por ideais, não deixando que este bando de calhorda use o dinheiro publico a seu favor e sim a favor da população, me revolta ver nossos jovens apaticos que não luta, não vão as ruas reivindicar seus direitos...

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