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domingo, 12 de setembro de 2010

Coerência para renovar

Um homem precisa ser coerente, não só com as palavras do seu texto, mas também com suas atitudes diante da vida. E uma mulher também. Minha luta por renovação na política não é de agora. Em 2008, meu voto foi para um professor de Direito Constitucional da Central de Concursos que não foi eleito vereador da capital. Dois anos se passaram e, para continuar rumo à renovação, vou votar no Ângelo Argondizzi para deputado estadual. E dessa vez, muito mais consciente, pois eu conheço esse cara há 3 anos.
Historiador, cientista contábil, ponte-pretano e campineiro, o candidato sempre esteve envolvido na política, colocando o dedo na ferida do sindicato dos bancários, da diretoria da PREVI e da CASSI, apontando os erros e conseguindo grandes vitórias mobilizando os colegas de classe.
Entre suas qualidades está a arte da oratória. Sabe se expressar com segurança, gesticulando no ritmo da fala e aumentando ou diminuindo o tom de voz conforme o discurso. Ao contrário de alguns gerentes, nunca vi Ângelo Argondizzi escorado em mesa, cadeira, parede ou o que quer que possa escorar uma pessoa enquanto fala.
Segundo Marcelo Paioli, que viu Argondizzi atuar em diversos movimentos grevistas, “ele não tem medo de enfiar o dedo na cara do gerente e dizer que o cara não pode obrigar ninguém a furar greve”. Ângelo Argondizzi é o meu candidato a deputado estadual.
Para a Câmara dos Deputados, estou sem opção e por isso estou pensando seriamente em negociar o meu voto com alguma mulher-fruta. Quero fazer negócio com a mulher-pêra ou com a mulher-melão. Que tipo de negócio? Qualquer um, desde que elas se abram às minhas propostas...
Para o Senado Federal, é muito provável que eu vote na Ana Luiza e no Marcelo Henrique, do PSTU e do PSOL, respectivamente.
Isso porque aprendi com Aloizio Mercadante que esse pessoal pode ser muito bom na oposição. Nos dois mandatos de Lula, reclamou-se muito que a oposição era frouxa e, sem dúvida, se tem algo que esse pessoal de extrema esquerda sabe fazer como ninguém, é reclamar.
Aloizio Mercadante mostrou-se assim também: um excelente reclamão, pois era muito bom quando estava na oposição. Já na situação... a situação é outra.
Lula nos mostrou quão verdadeiro é o pensamento que diz que, na política, "o poder a gente toma com a esquerda e mantém com a direita".
Aloizio Mercadante é canhoto. Creio que os meus escolhidos para o Senado também sejam e por isso mesmo saberão fazer oposição aos prováveis desmandos da tia Dilma, como por exemplo o retorno da famigerada CPMF.
Sei que os candidatos escolhidos não serão eleitos, mas odeio o argumento de votar em fulano de tal porque "ele não vai ganhar mesmo". Se todo mundo pensar assim, ele ganha.
Finalmente, o meu voto para governador do estado de São Paulo iria para o Paulo Skaf, porque, a princípio, pelo que eu me lembrava, ele fizera uma boa gestão na FIESP.
Porém, já que eu estava inclinado a votar no ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e conhecia - aliás, conheço - o assessor de imprensa que trabalhou com o candidato na época em que ele era presidente da Federação, perguntei ao ex-assessor de imprensa Marco Antonio da Silva:
- Marco Antonio da Silva, o que você acha do Paulo Skaf? Ele seria um bom governador para São Paulo?
- Acho que a máquina de propaganda do Skaf é muito boa. Mas o que vivi na Fiesp no período dele me faz convicto de que não devo votar nele. O Skaf passou pela Fiesp simplesmente pra tocar um projeto político. E no maior descaramento o vi inaugurar como obra dele unidades e programas do SENAI elaborados pelo presidente anterior: o Horácio Lafer Piva, o qual teria meu voto se concorresse, porque não separava elevador só pra ele, não humilhava as pessoas no particular e bajulava em público. Mas é esse cinismo que o credencia para a política.
Com o Horácio, que é o dono da Klabin, aprendi na prática o que é uma empresa valorizar a qualidade de vida do funcionário. Com o Skaf, que se elegeu na politicagem sem que na época fosse dono de uma empresa, aprendi como interesses pessoais podem descontruir todo um projeto em benefício de todos. E conheci a ideologia dele, afinada com a escravidão do capitalismo chinês, na qual devemos nos suicidar no trabalho. Ele teve o desaforo de obrigar todo mundo a tirar férias só no mês de dezembro. Ele é um desaforado!
É claro que eu prefiro acreditar em um amigo a acreditar num político. Prefiro acreditar até num inimigo a acreditar num político. A não ser que o meu amigo ou inimigo seja o tal político.
De qualquer modo, não voto em “desaforados”!

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