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domingo, 22 de agosto de 2010

Confiança quebrada

Em 2004, na campanha eleitoral para prefeito de São Paulo, o então candidato José Serra comprometeu-se com o eleitor paulistano em pleno SPTV, em entrevista ao jornalista Carlos Tramontina, que cumpriria seu mandato até o fim.
Naquela época já era notório o fato de que o nome do candidato era dos mais fortes para concorrer às eleições presidenciais e o eleitor precisaria saber se seria usado como “trampolim” ou se o seu voto seria respeitado e o candidato estaria disposto a abraçar o projeto de construir uma São Paulo ainda melhor. José Serra deu a palavra de que cumpriria seu mandato até o fim.
Porém isso não bastou. Como se nem o próprio candidato acreditasse em sua palavra, fez questão de registrar em cartório tal declaração.
Infelizmente a maioria dos paulistanos não percebeu que, quando alguém é confiável e diz alguma coisa, está dito. Quando eu disse na semana passada que Mariana Silva saiu-se bem na entrevista para o Jornal Nacional, não precisei dizer quais foram as respostas dela para o William Bonner. Tenho credibilidade e, quem quer que entre no site do JN para rever a entrevista, comprovará que falei a verdade. Não há necessidade de provas, registro em cartório, etc e tal. Tanto isso é verdade que, quando alguém não é confiável (como José Serra), não é uma declaração com registro em cartório ou uma gravação de TV que o impedirá de mentir.
Em 2006, não deu outra: o então prefeito de São Paulo José Serra deixou o cargo (traiu os eleitores), dois anos depois de eleito – perdoem-me a redundância, mas é preciso frisar que foi antes do encerramento do mandato – para concorrer a cadeira de governador do estado, sempre visando ao Palácio da República.
Eu amo muito esse país e conseqüentemente esse estado e todas as pessoas que aqui vivem (país e estado) para acreditar que elas são tão burras a ponto de eleger quem já as traiu uma vez. Prefiro crer que, José Serra foi eleito governador em 2006, porque o estado de São Paulo é muito maior do que a cidade do mesmo nome e o interior ganhou da capital – que não votou no Serra.
Chegamos a 2010 e à reta final desse projeto de 6 anos que o palmeirense José Serra traçou para comandar este país. Agora algumas perguntinhas básicas para fechar e deixar vocês pensando: banco empresta dinheiro para quem tem o nome “sujo”? Por quê? Se o banco não empresta, você emprestaria? Você faria negócio com alguém que já o “deixou na mão”? E, por fim, você perdoaria uma traição?

Abraços.

Um comentário:

  1. Infelizmente, palavra de político é igual nota de 3 reais.
    E neste momento duvido até do Tiririca - Pior que tá não fica - Será q não?

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