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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A Igreja

"Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima" (Hebreus 10:25).

Um freqüentador de igreja escreveu para o editor de um jornal e declarou que não fazia sentido ir aos cultos todos os domingos: "Eu tenho ido à igreja por 30 anos e durante esse tempo devo ter ouvido uns três mil sermões. Mas, por minha vida, com exceção de um ou outro, não consigo lembrar a maioria deles. Assim, eu penso que estou perdendo meu tempo e os pastores também estão desperdiçando o tempo deles".
Essa carta iniciou uma grande controvérsia na coluna "Cartas ao Editor", para alegria do editor-chefe do jornal, que recebeu diversas cartas, das quais, ele decidiu publicar esta resposta de outro leitor: "Eu estou casado há mais de 30 anos. Durante esse tempo minha esposa deve ter cozinhado umas três mil refeições. Mas, por minha vida, com exceção de uma ou outra, eu não consigo me lembrar da maioria delas, mas de uma coisa eu sei: todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer meu trabalho. Se minha esposa não tivesse me dado essas refeições, eu e nossos filhos estaríamos desnutridos ou mortos. Da mesma forma, se eu não tivesse ido à igreja para alimentar minha alma e a da minha família, estaríamos hoje em terríveis condições espirituais" (www.sitedopastor.com.br).

O que é a igreja?

A igreja é a comunidade de crentes que confessam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Em continuidade do povo de Deus nos tempos do Antigo Testamento, somos chamados para sair do mundo e nos unirmos para prestar culto, para comunhão, para instrução na Palavra, para a celebração da Ceia do Senhor, para o serviço a toda a humanidade e para a proclamação mundial do evangelho. A igreja recebe sua autoridade de Cristo, o qual é a Palavra encarnada, e das Escrituras, que são a Palavra escrita. A igreja é a família de Deus. Adotados por Ele como filhos, seus membros vivem com base no novo concerto. A igreja é o corpo de Cristo, uma comunidade de fé, da qual o próprio Cristo é a cabeça. A igreja é a noiva pela qual Cristo morreu, para que pudesse santificá-la e purificá-la. Em Sua volta triunfal, Ele a apresentará a Si mesmo igreja gloriosa, os fiéis de todos os séculos, a aquisição de Seu sangue, sem mácula, nem ruga, porém santa e sem defeito.

O fundamento da igreja

Dominado pela ira, o idoso homem desferiu um golpe na grande rocha que tem diante de si, com a vara que carregava nas mãos (Números 20:10). Mas, uma vez que atribuiu a si próprio o milagre da água que brotou da rocha, em vez de atribuí-lo à verdadeira Rocha, que é Cristo, Moisés pecou. Em virtude desse pecado, não pôde entrar na Terra Prometida (Números 20:7-12).
Em seu último sermão apresentado ao povo de Israel, Moisés - talvez recapitulando o incidente - utilizou a metáfora da rocha para descrever a estabilidade e confiabilidade de Deus: "Engrandecei o nosso Deus. Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os Seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há Nele injustiça; é justo e reto" (Deuteronômio 32:3,4). Séculos mais tarde, Davi ecoou o mesmo tema: "De Deus dependem a minha salvação e a minha glória; estão em Deus a minha forte rocha e o meu refúgio" (Salmos 62:7).
Pedro testificou que Cristo preencheu essa predição, não na qualidade de pedra comum, mas de "pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus, eleita e preciosa" (1 Pedro 2:4). Paulo identificou-O como o único fundamento seguro, dizendo: "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Coríntios 3:11). Referindo-se à rocha que foi ferida por Moisés, ele afirmou: "E beberam da mesma fonte espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo" (1 Coríntios 10:4). O próprio Jesus Cristo utilizou a imagem diretamente ao declarar: "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16:18). Coisa alguma poderia prevalecer contra uma igreja construída sobre tão sólido fundamento, por Ele mesmo representado. Dessa Rocha águas vivificadoras haveriam de fluir para saciar a sede das nações.

A igreja e o mundo

Como cidadãos, os membros da igreja procedem do mundo, pois todos pertencem a alguma nação, raça ou família. Todavia, ao se tornarem membros do corpo de Cristo, recebem outra cidadania, passando a ser cidadãos do reino dos Céus. Os membros da igreja devem ser distintos do mundo, pois a Bíblia considera o mundo um elemento corruptor, que pode destruir o caráter distintivo do crente (1 João 2:15,16).
"Por conseguinte, é um grave equívoco dos crentes quando a igreja tenta incorporar em seus cultos os entretenimentos mundanos, incluindo a música profana, na tentativa de atrair as pessoas. É impossível alguém imaginar Jesus atraindo multidões com um conjunto musical que executasse a música que se ouvia na corte de Herodes, como aquela que foi usada quando da dança sensual de Herodias" (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, volume 3, página 226).

A igreja e a cruz

Com a vinda de Jesus, Israel foi colocada sobre uma linha divisória. O povo de Deus esperava um Messias que viria para libertar a nação, mas não um Messias que os libertasse de si mesmos. Na cruz, a bancarrota do Israel espiritual se tornou evidente. Ao crucificarem a Cristo, demonstraram externamente a decadência que grassava no íntimo. Quando clamaram: "Não temos rei senão César" (João 19:15), recusaram-se permitir que Deus governasse sobre eles.
Na cruz, duas missões opostas atingiram o clímax: a primeira dizia respeito a uma igreja equivocada, tão centralizada em si mesma que não conseguia ver o próprio Ser que a trouxera à existência; a segunda foi a missão de Cristo, tão centralizada no amor às pessoas que Se ofereceu para morrer no lugar delas, a fim de poder conceder-lhes existência eterna.

Uma igreja distinta

Ao passo que a cruz significou o fim da missão de Israel, a ressurreição de Cristo inaugurou a igreja cristã e sua missão. A igreja do Novo Testamento foi edificada tanto com judeus convertidos, quanto com gentios que creram em Jesus Cristo. Assim, o verdadeiro Israel é composto por todos aqueles que, pela fé, aceitam Cristo. A igreja do Novo Testamento difere significativamente de sua congênere do Antigo Testamento. A igreja apostólica se tornou uma organização independente, separada da nação israelita. Fronteiras nacionais foram removidas, concedendo à igreja um caráter universal. Em lugar de uma igreja nacional, se tornou ela uma igreja missionária, cuja existência tinha em vista cumprir o propósito original de Deus, e que foi reafirmado por divino mandato de Seu fundador, Jesus Cristo.
A igreja não é o templo, não é uma atividade. De fato, a igreja sou eu. Onde eu estiver, aí está a igreja, a noiva do Cordeiro, coluna e baluarte da verdade, a porta da salvação para o pecador. A igreja pode ser classificada como:

1) igreja visível: é a igreja de Deus organizada para o serviço.
2) igreja invisível: é composta dos filhos de Deus em todo o mundo. Inclui os crentes que estão dentro da igreja visível e muitos outros que, embora não pertencendo à igreja visível, têm seguido a luz que Cristo lhes concedeu (João 1:9).

Eu faço parte da igreja visível. Sou como uma carta aberta e lida por todos e por intermédio do Espírito Santo, Deus conduz Seu povo da igreja invisível para uma união com Sua igreja visível. É somente nesta que eles poderão experimentar plenamente a verdade de Deus, Seu amor e companheirismo, já que Ele concedeu à igreja visível os dons espirituais que edificam seus membros individualmente (Efésios 4:4-16).
O conselho da Palavra de Deus nunca foi tão atual. Se há um tempo em que necessitamos congregar-nos, esse tempo é hoje, pois vivemos no tempo em que, sem dúvida, podemos afirmar que o "Dia do Senhor" se aproxima.

Um comentário:

  1. 'Música Profana'. Fala sério Gregório, saiu da faculdade e regrediu dois milênios no passado.

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