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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Crescimento em Cristo

O Hormônio de Crescimento (GH) é uma substância produzida por uma glândula no cérebro denominada hipófise. Esse hormônio promove o crescimento durante a infância e continua tendo um papel importante no metabolismo durante a vida adulta. A deficiência desse hormônio provoca várias anomalias, entre elas o nanismo. (www.novonordisk.com.br e www.copacabanarunners.net)
Crescer é uma equação inseparável da vida física e espiritual. O crescimento físico exige cuidado, ambiente, alimento, exercício e treinamento adequados, como também uma vida que tenha propósito. Como crescemos em Cristo e amadurecemos como cristãos? Quais são as evidências do crescimento espiritual?
A vida cristã começa com a morte. Na verdade, com duas:

1) A morte de Cristo: a cruz está no centro do plano de Deus para a salvação. Sem ela, Satanás e suas forças demoníacas não seriam derrotados, nem o problema do pecado teria sido resolvido, tampouco a morte seria esmagada. Sem a cruz, não poderia haver perdão dos pecados, nem vida eterna, nem vitória sobre Satanás. A cruz foi o sacrifício supremo.
A verdade é que Cristo, ao dar Sua vida na cruz, esmagou o poder de Satanás. Na cruz, o Salvador "ganhara a batalha. Sua destra e Seu antebraço Lhe alcançam a vitória. Como vencedor, firmou Sua bandeira nas alturas eternas. Todo o Céu triunfou na vitória do Salvador. Satanás foi derrotado e sabia que seu reino estava perdido" (O Desejado de Todas as Nações, página 758).

2) A morte do eu: o apóstolo Paulo definiu apropriadamente essa verdade ao afirmar: "Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Gálatas 2:19,20).
A vida cristã, portanto, não começa com o nascimento. Começa com a morte. Até que o "eu" morra, que seja crucificado, não há nenhum começo. Ellen White expressa essa mesma idéia ao declarar: "A vida cristã não é uma modificação ou melhoramento da antiga, mas uma transformação da natureza. Tem lugar a morte do eu e do pecado, e uma vida toda nova. Essa mudança só pode ser efetuada mediante a eficaz operação do Espírito Santo" (O Desejado de Todas as Nações, página 172). Paulo fala tanto da morte do pecado quanto da ressurreição para uma nova vida, através da experiência do batismo: "Porventura, ignorais que todos que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na Sua morte? Fomos, pois, sepultados com Ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida" (Romanos 6:3,4).

Algo acontece com alguém que aceita Jesus como Salvador e Mestre. Simão, o hesitante, tornou-se Pedro, o corajoso. Saulo, o perseguidor, tornou-se Paulo, o proclamador. Tomé, o incrédulo, tornou-se o missionário além-mar. A covardia deu lugar à coragem. A incredulidade deu lugar à tocha da fé. A inveja foi substituída pelo amor. O interesse próprio se desfez deixando aparecer a preocupação com o próximo. Não havia mais lugar para o pecado no coração. O "eu" estava crucificado.
Na vida cristã, a morte do "eu" não é uma opção, mas uma necessidade. Dietrich Bonhoeffer afirmou: "Se o nosso cristianismo deixou de ser sério no que diz respeito ao discipulado, se diluímos o evangelho tornando-o um mero êxtase emocional sem qualquer exigência custosa que não consegue mais distinguir entre a existência natural e a cristã, então consideremos a cruz não mais que uma calamidade cotidiana ordinária, como uma das provações e tribulações da vida. É a mesma morte cada dia - a morte em Jesus Cristo, a morte do velho homem que atendeu o Seu chamado" (The Cost of Discipleship, pages 78 and 79).

Um terceiro aspecto do crescer em Cristo é viver a nova vida. Uma das maiores incompreensões sobre a vida cristã é que a salvação é uma dádiva gratuita da graça de Deus - e acabou-se a história. Sim, a graça é gratuita. Mas a graça custou a vida do Filho de Deus. Graça gratuita não significa graça barata. Para citar Bonhoeffer outra vez: "Graça barata é pregar sobre o perdão sem requerer arrependimento; sobre o batismo sem disciplina da igreja; sobre a Santa Ceia sem a comunhão com Deus e os irmãos; sobre absolvição sem confissão pessoal. Graça barata é graça sem discipulado, graça sem a cruz, graça sem o Jesus Cristo vivo e encarnado" (The Cost of Discipleship, page 47).
Paulo escreve aos coríntios reforçando os resultados da graça na vida do cristão. Primeiro, ele fala da própria experiência: "Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo" (1 Coríntios 15:10). Paulo, portanto, reconhece a supremacia da graça de Deus em sua vida. Semelhantemente, ele roga aos crentes que não recebam em vão a graça de Deus (2 Coríntios 6:1).
Embora não possa ser visto naturalmente, o hormônio do crescimento tem um papel fundamental no crescimento humano. Seu resultado pode ser observado quando as crianças são medidas e o pediatra constata que o desenvolvimento delas está dentro da normalidade. Assim deve acontecer com todos aqueles que experimentam o novo nascimento - eles devem crescer até "à medida da estatura e plenitude de Cristo" (Efésios 4:13). Quais são, todavia, as evidências desse crescimento?

1. Uma vida cheia do Espírito. Sem o poder regenerador do Espírito Santo, a vida cristã nem pode começar. São o poder transformador e a presença do Espírito em nossa vida que nos fazem filhos e filhas de Deus (Romanos 8:14).

2. Uma vida de amor e unidade. O pecado tem nos separado de Deus e dividido a humanidade em uma multidão de facções - raciais, étnicas, de gênero, de nacionalidade, cor, castas, etc. Paulo afirmou: "Dessarte, não pode haver nem judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3:28).

3. Uma vida de estudo. O alimento é essencial e básico para o crescimento. Mas onde encontramos nosso alimento espiritual? Primariamente em duas fontes: na Palavra de Deus e na oração. Jesus demonstrou a importância da Palavra de Deus ao afirmar: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mateus 4:4).

4. Uma vida de oração. Se a Palavra de Deus é o pão que alimenta nossa espiritualidade, a oração é a respiração que a mantém viva. "A oração", diz Ellen White, "é um dos mais essenciais deveres. Sem ela ninguém pode manter-se no caminho cristão. Ela eleva, fortalece e enobrece. É a alma falando com Deus" (Testemunhos para a Igreja, volume 2, página 313).


5. Uma vida que produz frutos. Produzir frutos é um importante aspecto do crescimento cristão. A salvação pela graça é freqüentemente considerada uma negação da obediência e da produção de frutos. Sim, porque somos salvos gratuitamente pela graça de Deus, por meio de Cristo e nada temos, em nós, de que nos gloriar (Efésios 2:7,8 e João 3:16). Mas não somos salvos para fazer o que quisermos. Somos salvos para viver de acordo com a vontade de Deus.

6. Uma vida de guerra espiritual. O discipulado cristão não é uma tarefa fácil. Estamos engajados em uma guerra real e perigosa. Diz Paulo: "Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores desse mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis" (Efésios 6:12,13).
Deus, todavia, não nos deixa sozinhos nessa guerra. Ele nos deu a vitória em e através de Jesus. "Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de Nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Coríntios 15:57).

7. Uma vida de adoração, testemunho e esperança. O crescimento cristão não ocorre em um vácuo. Ele ocorre, de um lado, como uma testemunha diante da comunidade que precisa ser redimida. Sem adoração coletiva, perdemos a identidade.
O crescimento cristão exige crescimento em serviço e um crescimento que leva a testemunhar. "Assim como o Pai me enviou", disse Jesus, "Eu também vos envio" (João 20:21). A vida cristã nunca significou uma vida encerrada no círculo do próprio eu, mas uma vida empenhada no serviço e dedicada aos outros.

2 comentários:

  1. Obrigado pela informação.
    A Fernanda e o Miguel estão em São Paulo?
    A gente vai poder ver o menino?

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  2. Ainda não estamos em São Paulo, mas muito em breve, chegaremos. E é claro que todos os nossos amigos poderão ver o menino.

    Abraços.

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