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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Tristeza louca

Hoje eu estou triste. Estou triste porque o Santos é só o segundo melhor time do mundo. Estou ainda mais triste porque mais uma vez o meu pé esteve mais frio do que o de um defunto. Mesmo morando em Fortaleza! E estou mais triste ainda pela minha ingenuidade: eu sabia que o Barcelona era muito melhor. Mas em 2009, depois de tudo, eu ainda tive a cara de pau de torcer para o Rubinho Barrichello! A vida é assim mesmo... quebramos a cara até aprender. Quando aprendemos, não quebramos mais. Enquanto não aprendermos, continuamos quebrando.
Muitos leitores perguntam-me por que parei de escrever sobre futebol. É que, devido ao profundo respeito que tenho por todos vocês, entendi que não posso escrever o óbvio. O óbvio vocês lêem na Folha, no Estado, no Globo, Correio Brasiliense, etc. Este blog precisa ver, perceber e contar coisas diferentes. Por exemplo, o que podemos aqui falar (escrever) sobre o time do Barcelona que já não tenha sido dito ou escrito nos programas de televisão ou nos jornais de circulação diária? Entretanto, podemos registrar a frase de um senhor aqui da pousada, cujo nome ainda não tive a delicadeza de perguntar, mas que é pai de dois filhos: Ian (6 anos) e Ivna (3 anos). Disse o senhor que esse time (Barcelona) joga futebol de salão no campo. Realmente interessante a observação. Quem conhece as técnicas e as diferenças de ambos os terrenos, dará razão a ele.
Já que me lembrei do nome das crianças, também aproveitarei para contar mais dois casos de como a situação da minha loucura está se agravando. Semana passada, o garoto – filho do cara – me viu e exclamou: “RA-FA-EL!!!” Não sei porque essas crianças foram com a minha cara. Sempre que me vêem, é a mesma exclamação. Então denunciei a minha idade:

- Qual é o seu nome mesmo?
- Ian.
- Ah, o dela é Ivna, né?
- É.
- Desculpa, mas o dela é mais fácil porque é mais difícil.


Na hora, eu percebi a besteira que eu disse e quis tentar consertar. Mas, como diz o ditado: quando fizer merda em local inadequado, vire as costas e vá embora, pois quanto mais você mexer, mais vai feder.

Disse eu:


- Quer dizer, é mais fácil decorar, porque é um nome mais difícil, mais incomum.

A mãe das crianças deve ter pensado: esse cara é louco! Mas porque a mãe estava lá, não pude usar o argumento que me livraria. Em cursos de memorização, a dica é tornar as coisas que você quer memorizar absurdas. Por exemplo, nunca me esqueci de uma fórmula química que eu nem sei mais para que serve, mas da fórmula eu lembro, porque o professor formou uma frase absurda com ela impossível de esquecer: P.V = n.R.T, ou seja, pressão multiplicada pelo volume é igual ao número de mols multiplicado por uma constante invariável multiplicada pela temperatura. Por que nunca esqueci? O professor disse “Passaram a Vara no Rabo do Thiago”. Porém, eu não podia dizer que o nome da garotinha era absurdo na frente da mãe dela.

E nessa semana, eu não consegui marcar o encontro de uma amiga com a minha noiva para entrega do convite de casamento. A digníssima teve uma grande idéia: peça o endereço que eu mando pelo correio.

Beleza, no outro dia ela pergunta: “E o endereço?”. E eu: “Ela ainda não me mandou nenhum e-mail para eu responder perguntando”. Responder perguntando? Estou começando a ficar preocupado com o meu quadro mental... acho que a minha noiva deveria incluir nos exames pré-nupciais um laudo de sanidade mental.


Um comentário:

  1. Incrivel.... que surra!!!que surra!!! que surra!!! o Santos tomou...
    Eu sei que não devemos ter pena e nem inveja de ninguém, pois cada um temos extamante aquilo que merecemos, ontem eu fraquejei fui um ser inferior e em dose dupla, pois tive muita inveja do ganhador e muita pena do perdedor...

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