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sábado, 10 de dezembro de 2011

Assassinado por um clipe

Trabalhar no Banco do Brasil enlouquece qualquer um.
Na minha mesa há dois copos de plástico: um com clipes e outro com água. O copo da água nem sempre está cheio, é claro.
Quantas vezes um gerente troca o nome de um cliente, um caixa faz um depósito quando na verdade era para sacar, alguém sai pro almoço sem bater o ponto, etc.
Anos depois dos bancos privados terem digitalizado os cartões de autógrafos para que seus clientes possam reconhecer firma em qualquer agência do banco no Brasil, finalmente o bicentenário Banco do Brasil passou a fazer o mesmo. Atualmente, na minha agência, eu sou o (ir)responsável por isso.
Sou obrigado a fazer numa máquina diferente da que eu trabalho normalmente o referido serviço. Afinal, deve ser muito difícil colocar o scanner em rede.
Vinha eu caminhando do lugar
onde faço as digitalizações para o meu posto de trabalho habitual, quando jogo o clipe, sem perceber, é claro, dentro do copo com água.
Enquanto for isso, tudo bem. O problema será quando eu beber o copo todo de clipes. Já estou até ouvindo as conversas no meu velório:

- Morreu de quê?
- Engasgou com clipes.
- Nossa! Que horror! Parecia gostar tanto da vida... deixou carta, alguma coisa?
- Não, ele não quis se matar. Foi um acidente.

O interlocutor não se agüenta. Começa a rir.

- Desculpa. Mas... como "acidente"?
- Ele confundiu o copo de clipes com o copo de água.

O interlocutor cai no chão de tanto rir.

- Desculpa, mil desculpas, sei que não é o momento pra isso, mas... é hilário! Não acredito que isso aconteceu! Preciso de uma prova. Se eu contar, dirão que a minha imaginação é muito fértil. Como pode confundir? Os dois objetos são totalmente diferentes: um é sólido, o outro é líquido; um é metálico; o outro é incolor; é INCONFUNDÍVEL!
- Cara, se você contar para quem não o conhecia, realmente... duvidarão. Mas se você contar para quem o conhecia, a melhor e única explicação que se pode dar é: "Cara, era o Greghi. Ele era assim... morreu como viveu".

Como diria o meu irmão: "Só dá cabaçada!"

6 comentários:

  1. Agora fiquei preocupada! Vou te mandar um porta clipes e uma garrafinha de água!!! rsrs
    Isso me fez lembrar o dia em que um casal de amigos começou a nos contar como o cachorrinho deles morreu.
    Eu ri muito achando que era piada, enquanto a mulher começou a chorar! Que saia justa!
    Acontece que o filhotinho morreu de "cocada", como diria Didi Mocó.
    O marido estava quebrando um coco na pia e a fruta caiu na cabeça do cachorro!
    Deu traumatismo craniano! Ou melhor, morreu de COCADA!
    Que Deus o tenha! rsrs

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  2. Nossa, Caleidoscópio, eu também to rindo com essa sua história! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Muito boa! Pobre cãozinho... mas talvez eu esteja rindo mais por ser mesmo comparável a um cão.

    Abraços.

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