A semana da criança foi animada, cheia de diversão e aventuras. Começou no domingo (como todas as semanas) com um passeio ao zoológico, ainda em São Paulo, com meus novos sobrinhos, Henrique e Gabriel.
Um passeio que combinou aventura, diversão e animação. Aventura por causa da chuva que diminuiu quando chegamos, mas não parou nem um minuto. Provavelmente por isso, a minha cunhada era a mais animada. A animação contagiante dela era o que nos divertia.
Foi legal. Há anos, muitos anos, eu não ia ao zoológico. O Real nem existia na última vez que fui lá. Agora estão cobrando R$ 16,00 para adulto entrar e R$ 6,00 para crianças de 5 a 12 anos. Porém, como eu tenho ITAUCARD, paguei só a metade do ingresso de adulto.
Não vou relatar que vi elefante, girafa, camelo, leão, pois pareceria redação de criança do Jardim II, além de ser óbvio. Só acho que vale dizer que vi o tigre branco, esse animal lindo que minha noiva filmou e agora disponibilizo para vocês. Reparem... parece que ele estava desfilando para nós. Cheio de pose, na passarela, de um lado para o outro.
Após o zoológico, levei sogra, cunhada e sobrinhos para um tour por São Paulo de carro. Nada que se compare ao que fiz em 4 dias com a minha cunhada mais nova em julho, mas se fosse um curso, poder-se-ia dizer que foi intensivão.
Ah, sim, estou falando em sogra, cunhada, sobrinhos... preciso dizer do meu prestígio que atraiu quatro pessoas lá do Triângulo Mineiro para me conhecer em São Paulo, aproveitando essa abençoada greve que permitiu que eu fosse a São Paulo visitar minha noiva e anunciar meu casamento a minha mãe. Só faltou o sogrão, mas esse é igualzinho a minha avó paterna, que adorava ficar quietinha em seu cantinho, na sua casinha. Era assim mesmo que ela falava, tudo no diminutivo. Tentei de tudo para que ele viesse com a turma. Até dizer que eu poderia ser um bandido perigoso mandei dizer. Mas ou minha moral está muito alta ou muito baixa com ele, pois não acreditou em mim e não houve forma de convencê-lo a ir a São Paulo para nos conhecermos.
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Olhem a animação da cunhada no zoológico |
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Segunda-feira teve mais aventura. Após uma romântica despedida namorando a noiva de manhã, foi a vez do sempre irresistível café-da-manhã da padaria Belga no Largo São José do Belém. Quisera Deus pudesse eu sempre que for a São Paulo tomar, pelo menos um dia, o delicioso café-da-manhã de uma padaria paulista. Naquela segunda-feira minha mãe tinha viajado a trabalho a fim de avaliar uma possível viagem para o seu grupo da Melhor Idade.
Como tomei o café-da-manhã tarde, acabei substituindo o almoço. Almoço esse que minha amorosa noiva colocou numa marmita e eu trouxe para Fortaleza. Seguindo sempre o forte princípio econômico dos taurinos, a marmita durou três dias (terça, quarta e quinta) e foram 3 dias sem gastar o meu VISA-VALE.
Peguei o carro para não carregar 13 kg de mala até o metrô, deixei a família da minha noiva com a minha mala no metrô e voltei para guardar o carro. Nesta hora, vi que a maldição da direção em São Paulo continua solta. Eu estava sinalizando que sairia à esquerda e fui saindo. Mesmo assim, uma motocicleta passou com tudo e bateu em mim. O barulho foi forte, mas diz a minha mãe que apenas arranhou. Que bom! Graças a Deus! Antes que me perguntem: “Como diz a sua mãe? Você não olhou?” já respondo que eu estava com pressa e medo de perder o avião e até esqueci de olhar a batida quando cheguei ao estacionamento do prédio. Agora o jeito é assumir o prejuízo.
O pior é que a pressa não adiantou nada. Perdi o vôo assim mesmo. Por 7 minutos. Inacreditável! Com certeza foi porque, ao chegar em casa, eu subi para escovar os dentes e é exatamente esse tanto de tempo que eu demoro para dar brilho neles. Por 7 minutos, tive que esperar mais 4 horas. O pior foi ter que pagar a taxa de no-show. Foi a terceira vez que isso aconteceu, primeira em São Paulo, mas sempre nas viagens de volta. Em outra oportunidade lhes conto como foram as outras duas vezes.
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Cunhada mais nova que, graças a mim, conheceu São Paulo em julho |
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Até que as quatro horas passaram rápido enquanto eu apresentava o enorme aeroporto André Franco Montoro às quatro pessoas que foram despedir-se de mim. Brinquei de empurrar os meninos no carrinho de malas, tomei cappuccino e sorvete. Enfim, zoamos um pouquinho enquanto eu pensava no texto que tinha que escrever para vocês. Afinal, nessa semana que estive em São Paulo, vocês ficaram sem texto. Cheguei a Fortaleza à meia-noite, dormi a uma da manhã e na terça-feira nada de bom aconteceu. Vamos pular esse dia, pois já tenho um texto de duas páginas para publicar daqui a um mês.
Já a quarta-feira, feriado nacional, dia das crianças, esse sim, foi um dia glorioso! Comi parte da marmita que minha noiva mandou, descansei um pouquinho, li várias páginas do ótimo livro do Augusto Cury, O VENDEDOR DE SONHOS e saí sem rumo, em direção à praia. Antes de chegar lá, porém, cruzei com o Centro Cultural Dragão do Mar. A entrada estava enfeitada com bexigas coloridas e deduzi que estava havendo atividades. Estava lotado! Filas para o teatro e para o cinema, exposição sobre o povo pré-colombiano maia, além de espaço para crianças pintar em cartolina, ter seus rostos pintados e assistir a apresentações circenses. Havia bonecos gigantes, como os do Carnaval de Olinda, animando a festa, um vendedor vestido de palhaço, enchendo os bolsos de dinheiro ao vender narizes de palhaço para as crianças por R$ 3,00 cada e mesa de pingue-pongue que não esvaziou até às 19h, quando as atividades encerraram-se.
Mas de tudo isso, para mim, o melhor da festa foi a distribuição de pipocas, doces e refrigerantes grátis. Tudo 0800! Claro que a gente enfrentava uma pequena filinha, mas era feriado, ninguém estava fazendo nada... para que pressa?
Numa das filas, tive oportunidade de elogiar uma mãe que impediu que seu filho jogasse lixo no chão. Deu um belo exemplo de cidadania quando, não achando lata de lixo perto dela, mandou o filho jogar o saco de pipoca dentro da bolsa dela.
Por outro lado, espero ter constrangido um pai que jogou o seu saco de pipoca no chão, sendo que tinha uma lata de lixo na frente dele. Levantei de onde eu estava, peguei o saco de pipoca e encaminhei-me até a lata de lixo. Ele fingiu que não viu, mas, quem sabe, se isso acontecer outra vez, a filha dele pergunte por que sempre tem alguém que pega o lixo dele no chão e joga no lixo.
No fim da festa, comentei com o faxineiro sobre a falta de educação das pessoas e ele me respondeu:
- É que tem muita criança. É difícil controlar criança.
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Greghi pensando |
É verdade, mas se os pais não derem o exemplo correto, fica ainda mais difícil. Se fosse só criança que jogasse lixo no chão, era mais fácil de corrigir. Mas tem muito adulto sem educação fazendo isso. Depois fiquei pensando... Hoje é feriado e esse faxineiro está ganhando o dobro por hora. Pode ser que ele tenha problemas em casa e o trabalho é uma excelente fuga. Poxa... se as pessoas não sujassem, coitado desse cara! Fiquei até com vontade de também jogar papel no chão.
A segunda melhor coisa do dia foi brincar de bola com umas crianças e ouvir Carlos Alberto, 10 anos, dizer que eu corro como uma criança. Aproveitei para filosofar sobre a importância de não deixar a criança interior morrer, pois “não paramos de brincar quando envelhecemos, envelhecemos quando paramos de brincar” (Oliver Wendell Holmes). Depois, quando me despedi dele, ele me disse “Feliz Dia das Crianças, pois você também já foi uma” e eu respondi “eu ainda sou. Feliz Dia das Crianças pra você também. Deus abençoe a sua vida, garoto. Boa sorte!”